18 março, 2024

"O PÃO QUE SOBRA À RIQUEZA, DISTRIBUÍDO PELA RAZÃO, MATAVA A FOME À POBREZA E AINDA SOBRAVA PÃO"

O que a banca lucra, em cada minuto, é um susto!

O que o lucro da SONAE cresceu, até me estarreceu! E o do CONTINENTE até me deixou dormente!

E a moral disto tudo é que são taxados porque comem do mesmo tacho... 18,9%? É obra!

Vamos ver o que acontece, a partir de agora!



17 março, 2024

GOLPE DE ESTADO

Hà 45 anos, assalto à sede do PCP, em Famalicão (ver artigo)
 

Se o leitor não fez as contas saiba que a IL, o salazarismo snob, cresceu oito vezes, de um para oito deputados, em 2022, mantendo agora esse grupo: o salazarismo caceteiro, tão acarinhado pelos meios de intoxicação social levando em triunfo o trauliteiro da bola reconfigurado em picareta falante sob os sorrisos babados de oligarcas e especuladores domésticos e estrangeiros, cresceu doze vezes em 2022 e quadruplicou a sua representação no passado domingo, atingindo 48 deputados. 

 Entre eles vêem-se operacionais e herdeiros do banditismo de 1974 e 1975 que assassinaram democratas e destruíram bens e instalações de partidos democratas, principalmente do Partido Comunista Português, alvo principal da sua sanha e também inimigo a abater pela cáfila de comentadores e analistas, deuses infalíveis da opinião única que chocam com desvelo os ovos da besta fascista. Caceteiros, admiradores, amigos e seguidores dos envolvidos na vaga terrorista de 1974 e 1975 são agora respeitáveis «eleitos», «senhores deputados» que, por muito que haja juras de serem mantidos à margem dos círculos governamentais – diz o povo que quem mais jura mais mente – são figuras que nunca deixarão de se fazer convidadas em cada recanto por onde se move a renovada classe política. Além de integrarem a miríade de cenários políticos que a comunidade informativa, opinativa e censória vai obrar com fartura durante uma cegada que parecerá interminável.

(...)

Os exemplos recentes deste ramo essencial da estratégia golpista de inspiração fascista é o tratamento factualmente mentiroso e omisso das posições do PCP em relação ao problema ucraniano. A intoxicação mediática conseguiu o milagre de fazer crer que os comunistas portugueses estão ao lado do capitalismo oligárquico russo que, com a ajuda ocidental, arrasou a herança económica e social da União Soviética. Alcançar a quadratura do círculo é um feito só ao alcance dos que fazem da mentira, da censura, da liquidação do pluralismo e da liberdade de opinião o seu modo de vida. A defesa da paz na Ucrânia e em todo o mundo pelo PCP é interpretada como um apoio a Putin. Fazer do absurdo verdade é, desde sempre, uma trama do nazifascismo.

(...)

O PS, parte essencial do 25 de Novembro e da estratégia para apagar o país do mapa e de manter a maioria do povo em níveis de desenvolvimento muitas vezes indignos, vítima da política insultuosa e totalitária de Bruxelas, está prestes a tomar conhecimento de que a direita em bloco, falando já em revisão constitucional à sua revelia, não tenciona agradecer-lhe os serviços prestados.

Na comunicação social corporativa, entretanto, os socialistas começaram a perceber logo na noite eleitoral que a música vai tocar de maneira diferente daqui em diante. A agressividade de comentadores contra representantes do PS é um sinal que não deve ser negligenciado.

(...)

O cenário mudou completamente no domingo e o fascismo não é representado apenas pelos chegas e il’s; no interior do PSD, sem falar no CDS agora por ele engolido, acoitam-se um sem número de salazaristas que não hesitarão em dar a cara se o momento se proporcionar.

É preferível prevenir que remediar. O golpe foi dado, porém está longe de consolidado. Abril está aí e não é apenas uma efeméride, uma memória: é um instrumento. Nunca é cedo demais para resistir e para demonstrar ao fascismo, insuflado por ventos que sopram de feição, que a democracia, para o ser verdadeiramente, terá de ser antifascista.

É para restaurar essa realidade que os antifascistas devem estar disponíveis e prontos. Ainda vamos a tempo. Tornemos o próximo 25 de Abril inesquecível."

Ler tudo no AbrilAbril


16 março, 2024

BALANÇO QUE DÁ ESTÍMULO


 Recentemente fui inquietado por uma suposição, a do meu CONVERSA AVINAGRADA não servir para nada... Cheguei a pensar que a sua utilidade estava limitada às tertúlias tidas e havidas com quem me comentava. 72 já não seria pouco. Contudo, e fazendo o que nunca faço, consultei as estatísticas e... em média sou visto por 200 mirones... e, por vezes, quase chego aos 400!

Nada mau!

O CHEGA, O VOTO DE PROTESTO E... O RESTO - III (Fim, desta etapa)



Não posso encerrar esta etapa, onde procuro reflectir porque o Chega cresce à brava, sem falar do Alentejo pondo em evidência que as condições de desespero de quem trabalha no campo estará na base desse voto desesperado e de protesto. Oram pensem:

"A população ativa no setor primário no Alentejo sofreu uma diminuição evidente de década para década, nos anos 80 ainda 36,6% da população trabalhava no setor, passadas mais de 30 anos, o dados relativos aoprimeiro semestre de 2016 contabilizam no Alentejo apenas 7,7% de população ativa. O trabalho agrícola aparece nas estatísticas como predominantemente familiar e a tempo parcial, no entanto, o crescimento das empresas no setor e o aumento da sua produtividade, conduzem-nos a acreditar que o os números reais relativamente aos trabalhadores se encontram por descortinar. Principalmente no que se refere aos trabalho sazonal protagonizados por população imigrante, estima-se que o Alentejo recebe milhares de imigrantes em épocas sazonais, mas as estatísticas disponíveis são insuficientes para aprofundar esta questão."
in "Cidades e Campos [AT] Alentejo e Trabalho Agrícola ..."

"Sendo o Alentejo uma Região em processo rápido de desertificação, nomeadamente, desertificação humana, há que tentar travar esse processo, através de estratégias de fixação das suas populações. Para tal, e porque se trata de uma região essencialmente rural, é preciso, não só, desenvolver a sua agricultura, mas também, criar condições de vida ás populações agrícolas, para que uma parte significativa do seu rendimento possa ter origem em outras actividades ligadas, directa ou indirectamente, à agricultura e/ou em actividades fora do sector, desde que praticadas em meio rural. Mais concretamente, há que, se necessário, recorrer à pluriactividade."

 in Famílias agrícolas e desenvolvimento

“Eu acho isto muito natural porque, em 50 anos de democracia, há muita coisa com as quais as pessoas não estão contentes, com os governos, e querem mudar. Aconteceu que agora foi o Chega e as pessoas se calhar foram mais [votar] por uma demonstração de revolta. Depois também há muita gente nova, já não está associada a uma aldeia que é comunista. As coisas evoluem, umas vezes para bem, outras vezes para menos bem. Isto foi a vontade dos votantes e nós temos de respeitar, não há que ver de outra maneira”