21 maio, 2010

Moções de censura de ontem, igualmente não aprovadas

O presidente do Conselho Económico e Social (CES), Silva Peneda, avisa que as previsões de crescimento para Portugal não dão "grandes esperanças à criação de emprego", temendo por isso um aumento da conflitualidade.
Silva Peneda considera assim que, nesta altura, o problema de crescimento económico obrigará a um "grande esforço de concertação social".
Não é um problema que possa resolver pela acção de um só agente "por mais poderoso que seja", mas sim pela iniciativa conjugada pelo governo, dos sindicatos e das empresas, disse.
"Se o sistema for os parceiros pronunciarem-se apenas sobre as propostas do Governo, penso que então ela não preenche os requisitos. A concertação não serve apenas para ouvir, para isso cria-se um conselho consultivo. Com a actual composição política, há espaço para uma maior intervenção da concertação social. Estão longe de se terem esgotado as virtualidades da concertação".


"Prometer e não cumprir é pecado", diz Belmiro de Azevedo. O patrão da Sonae, que discorda do aumento de impostos previsto no plano de austeridade aprovado pelo Governo, alerta que o Executivo "está a brincar com o fogo" porque "o povo quando tem fome tem o direito de roubar".

O PCP já fez as contas a todas as medidas de austeridade anunciadas pelo Governo e não tem dúvidas de que para o ano "muitas famílias" vão ter menos um mês de salário. É contra o impacto das medidas anticrise que o PCP sai hoje à rua para contactar com a população, na véspera da moção de censura no Parlamento.

Lições do Brasil
O ministro da Fazenda, Guido Mantega comentou que o modelo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva se baseia “na redução da pobreza e ascensão da classe média” e criou um “mercado de massas” advindo de um “círculo virtuoso” do mercado interno, que permitiu manter o consumo elevado e resistir à crise global.

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