19 agosto, 2010

Perguntaram-me porque me sentia português... (2)

Continuei silêncioso, pensando na resposta,
pois não se é daqui por se ter nascido neste lado.
É porque alguma coisa aconteceu e vai acontecendo,
para além daquela depressão, tão portuguesa, que me anima...
Talvez que nas novas sonoridades de gente jovem,
trazendo-me as raizes, as memórias,
e as saudades do futuro,
eu encontre a resposta por tanto querer ser daqui:

Nestes sons reencontro este meu coração em forma de guitarra a rimar Lisboa com Goa...



... e nestes, um sangue inquieto, alegre e renovado que alimenta meu corpo...



... e a minha alma é a memória de todas as almas que à alma lusa e celta se fundiram num movimento que me faz sentir inteirinho nele!

Todos os vídeos foram tirados daqui

13 comentários:

  1. Amigo Rogério!

    Excelentes as opções musicais para explicar as tuas razões!

    Não te sabia ligado a Goa...
    pois já sei, não sei muita coisa!
    Lá chegarei!

    Beijinhos

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  2. Caro Rogério

    Uma conterrânea minha que anima o blogue "conspirata" escreveu há dias um post com o titulo
    "Um blogue sem música? Não pode ser!"
    Eu digo: a vida sem musica, não pode ser. Sim tambem eu sinto que apesar de tudo vale a pena ser Português, porque ainda se vão fazendo em muitos campos, coisas que nos vão mantendo o orgulho de o sermos.

    A propósito li ontem uma entrevista de Carlos do Carmo que sugiro.

    Ver em: www.jornaldeleiria.pt
    Clicar na capa e ver em pdf.
    Abraço

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  3. Estava eu na Suíça,ia caminhando mais umas pessoas amigas, e ia-mos todos a rir muito, um casal chega ao pé de mim, e procurou de onde eram-mos eu disse que eram-mos portugueses,eles começaram a rir também, ainda hoje não sei porque é que eles se riram.

    Ia andando no meu caminho
    sorrindo mesmo sozinho
    alguém procurou quem és
    respondi sem levar a mal
    eu nasci em Portugal
    sou naturalmente português

    um abraço,
    José

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  4. Rogério,
    Ouvi com atenção. Mas se calhar bastavam as palavras.
    Ouvindo-se as musicas percebem-se tendencias e reconhece-se um Portugal treste, alegre e multifacetado...

    Um beijo

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  5. Adorei as escolhas Rogério, não conhecia nem os "Diabo na Cruz" nem os "Monte Lunai". Muito bons!

    beijinho

    P.s.[já respondi ao e-mail]

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  6. Caro Rogério Pereira
    Já nos temos cruzado na blogosfera e hoje cumprimento-o positivamente pelo seu excelente trabalho. Muito particularmente, gostaria de lhe deixar um breve comentário.
    Jorge Dias defende que "o português é um misto de sonhador e de homem de acção, ou, melhor, é um sonhador activo, a que não falta certo fundo prático e realista (...), poque há no português uma enorme capacidade de adaptação a todas as coisas, ideias e seres, sem que isso implique falta de carácter (...)O português tem vivo sentido da Natureza e um fundo poético e contemplativo estático diferente do dos outros países latinos (...) o português não degenerou (...) no momento em que o português é chamado a desempenhar qualquer papel importante, põe em jogo todas as suas qualidades de acção, abnegação, sacrifício e coragem e cumpre como poucos (...) para o português, o coração é a medida de todas as coisas (...)".
    Por outro lado, é necessário identificar a dialéctica do local e do universal, do nacional e do transnacional e, nessa medida, citar Afonso Duarte em versos lapidares "Quero ser europeu num canto qualquer de Portugal".
    Sobre o ser português e captando as nossas especificidades relativas a práticas sociais, económicas, políticas, culturais e, naturalmente a sua conversão em potencialidades universalizantes...não me restam dúvidas do carácter excelentemente "português" do Caro Amigo Rogério Pereira, embora admita sempre a dúvida metódica cartesiana.
    Obrigada,um abraço amigo e votos de dias felizes e inspirados.
    Ana Brito

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  7. gostei muito dos videos e das músicas!

    o texto, porém, é admirável.
    gostei muito.

    abraços

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  8. Fernanda
    Querida Ná

    Saiba-me ligado a todos os horizontes e caminhos. Terá sido de Goa, praça onde se leiloavam viagens para a Terra do Sol nascente que se chegou de pois de Ormuz e antes de Malaca. è território meu. Quase esquecia, até que essa primeira canção do post me lembrou, tão bem lembrado...

    Somos um pouvo tão viajado quanto esquecido disso...

    Beijo sem gracejo

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  9. Folha Seca, fui ler a entrevista do Carlos (sempre o segui) mas surpreendeu-me. Diz ele "que nos corre nas veias sangue salazarento", eu não possso concordar com isso. Posso compreender as razões porque ele diz isso, mas não posso concordar. Nas nossas veias, corre-nos o sangue sempre moço desse segundo meu cantar seleccionado. Somos assim... Um pouco assim e outras coisas. Salazarentos são outros e não é por terem nascido cá que pertecem aqui...

    Abraço Amigo

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  10. Ariel, também não conhecia
    agora que os conheço não preciso de ficar preso a recordações de outros cantares. Saudades só do futuro e o futuro está aí...

    Boa?

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  11. Caro Amigo José

    Diz-me

    "Ia andando no meu caminho
    sorrindo mesmo sozinho"

    Não há muitos povos a ter sorrisos assim... enquanto a depressão os anima!

    O alentejano tem desse esse ar de "dessofrimento" troçando da sua desdita e abandono...

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  12. Ana Brito,
    São oportunas as suas palavras, não só pelo incentivo como pelos contributos. Não é para preencher espaço que escolhi este tema. Julgo que de há uns tempos a esta parte nos estamos a descaracterizar, a perder valores e a alienar patrimónios intangiveis preciosos. citar Afonso Duarte em versos que considera lapidares "Quero ser europeu num canto qualquer de Portugal" e tão importante como as palavras do embaixador Japonês que diz (o texto exacto estão uns posts mais abaixo) que os destinos nossos seriam bem acolhidos no Brasil em África e no Japão e, pasme-se, considera Portugal o Japão da Europa...

    Irei conhecer melhor quem citou...

    Obrigado pelo seu contributo e pelas palavras bonitas com que comentou o meu trabalho...

    Abraço Amigo

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  13. Maiuka e Heretico

    Meus caro-os
    apenas palavras breves aos vossos amáveis comentários

    Aco que estou a aprender a fazer uso delicado das palavras um tanto gastas e estafadas de serem usados nos relatórios de consultoria, que produzia...
    Escolhi bons mestres nesta arte e espero ter progressos significativos...

    Obrigado pelo incentivo

    Abraço

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