24 maio, 2011

Afinal apareceu... nem sei como aconteceu (os comentários é que se esfumaram...)

Lembram-se do post que me deu trabalho e desapareceu roubado? Deu à costa. Nem sei como foi. Apareceu e pronto. Não é de um gajo ficar tonto? Porque o reconstruí parcialmente (ver aqui), apenas repito a introdução com nova pintura de Jerónimo...Bosch.
"Chama-se a atenção para os valores da ética. Quem deve paga. Paga o que deve, quem deve. Mas quem deve? Não é conhecido o motor gerador de tanta dívida, nem os seus operadores. Alguns dizem, com veemência, que terá sido quem viveu acima das suas possibilidades e que todos somos culpados. Outros, que terão antes sido os que fomentaram e promoveram a cultura do consumismo, lucrando com os negócios. Estes terão grande parte das culpas dentro da culpa geral. Os negócios, esses, foram dentro da ética e em conformidade com os seus valores. O problema terão sido os excessos. Quem assim não pensar sai fora do paradigma do entendimento normal, passa a ser um anormal e, como tal, deverá ser ou marginalizado ou omitido, porque tudo o que dirá (por repetitivo) deixa de fazer sentido. Chegamos assim, perto da bancarrota e, mais uma vêz com toda a límpida ética, foi "negociado" o resgate da dívida. Foi um bom acordo, dizem uns. Foi o acordo possível, dizem outros. Atendendo à crise, foi uma inevitabilidade, dizem em coro uns e outros. Quem assim não pensar sai fora do paradigma do entendimento normal da inevitabilidade inevitável. Reestruturar a dívida? Sabem o que isso significa? Significa a catástrofe e, pior, significa deixar de ser reconhecido nas relações internacionais como país com ética. Seriamos um país caloteiro. Quem pensar o contrário nem merece ser falado quanto mais escutado." - Foi exactamente isto que escrevi.

PORQUE O TEMA VEM A CALHAR, VEJA-SE TAMBÉM ISTO E MAIS ISTO (a pouco e pouco vamos sabendo o que aconteceu à nossa economia)

18 comentários:

  1. Caro amigo,

    falar da reestruturação de dívida é próprio de "garotos" que não gostam de honrar os seus compromissos!

    Vem-me à cabeça o nome de um que lançou tamanha asneira, Francisco Louçã! Se fosse no Japão antigo já um qualquer samurai lhe tinha mostrado o caminho para o céu, esse não porque ele é agnóstico, era antes o caminho para a terra!

    Grande abraço

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  2. Quer saber o que eu penso sinceramente? Então aí vai: não há inocentes.
    Toda a gente tem a sua parte de responsabilidade.Embora por razões bem diferentes.

    O blogger impede-me de comentar , pelo menos, em três blogues : Caminhos do meu Navegar, Isa T e Catarina. Qualquer um dos três tem a janela: escolha uma opção...para mim, neste momento, não me permitem nenhuma!!

    Pedem-me para iniciar a sessão(que já está iniciada, obviamente) e para abrir um blogue( tenho vários).

    Fique bem

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  3. A honra no Japão feudal só estava em causa quando não havia como pagar. Que saiba, nenhum sacrificio era exigido para que um samurai negociasse as condições impostas pelo seu senhor.

    Cito-lhe parte do post (que não leu) a própósico da ética da reestruturação da dívida:

    "O capitalismo tem, na sua génese, a tomada de risco e em consequência a possibilidade de insucesso. No caso de iniciativas empresariais esse insucesso pode-se traduzir em processos de saneamento ou falência, que geralmente resultam na reestruturação de dívida dos credores da empresa. Ou seja, o processo de reestruturação de dívida é intrínseco a economias de mercado. Além desse exemplo note-se que, em economias de mercado, os bancos regularmente reestruturam os créditos que detêm sobre empresas e famílias em dificuldade. De facto, os bancos (e outras empresas) incluem na sua demonstração de resultados uma previsão das imparidades, que não é mais do que uma previsão dos hair-cuts que irão sofrer quando reestruturam a dívida dos seus clientes. É parte do dia-a-dia do negócio bancário." -
    economista Ricardo Cabral , Semanário Expresso

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  4. Os comentários também aparecerão. Pelo menos os meus apareceram ainda que com vários dias de atraso. lol
    Estou com o mesmo problema da São, também me pedem para iniciar sessão e não consigo comentar na maior parte de blog's amigos.
    Beijinho

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  5. Não se ofenda, caro Rogério!

    E quanto ao Japão feudal eu só oferecia a espada ao ...Louçã, não a si!

    Abraço

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  6. Rogério
    Desde ontem que esta coisa está esquisita (2ª versão) neste momento já foi tudo reposto, apenas há blogues em que não se consegue comentar.
    Espero que não ande para aqui "mãozinha de reaça"

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  7. O blogger tinha este e outros a pesarem-lhe na consciência. Acabou por ceder.

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  8. A saga continua, acho que ainda vamos ter mais versões do mesmo filme ;)


    Beijinhos

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  9. Grande tema Rogério! É assim mesmo! Vigora o políticamente correcto, nem que para isso o País vá à bancarrota! ahahahah que Louçã?! quem fala nisso há muito mais tempo é o dr. Garcia Pereira! O homem é evitado pelos Media, pertença dos donos do poder, porque pode abalar a pirâmide dos ladrões de colarinho branco! Dá-me cá uma vontade de rir!
    É como a ecologia... vamos todos ser ecológicos e comprar um carro a "vapor"! e pagam-se 25.000 euros para as corporações possam activar o consumo e ter enormes lucros... eheheheheheh em vez de estarem caladinhos e andar de moto ou bicicleta. Mas viajam de avião... Pronto tá bem. Voltando à reestruturação... ai Rogério... que tabú! Isso fica-lhe mal! então?! Não vê que o País tá mais preocupado em pagar aos banqueiros, safar a "pele" da má fama do calote, entrar em violência por falta de emprego, dinheiro?! Então Rogério... o português é muito políticamente correcto! A tróika impõe-nos um governo e a Democracia foi à vida, para não falar em Soberania! Não temos Justiça... mas faça-se justiça e pague-se aos credores!
    Post do dr. Garcia Pereira lá no seu blogue:
    Quinta-feira, 5 de Maio de 2011
    SUBLEVEMO-NOS CONTRA O PACTO DE TRAIÇÃO!
    O pacto de traição acabado de firmar entre o governo Sócrates e a Troika e FMI representa, antes de mais, o roubo da soberania e da capacidade de decisão do Povo Português, ao pretender impor-lhe que nada poderá decidir nas eleições de 5 de Junho, pois que, qualquer que seja o governo que delas saia, as medidas que ele terá de aplicar seriam sempre as que já estão antecipadamente decididas e definidas neste pacto.

    Mas representa também – agora sob o argumento de que nessas eleições a única coisa a escolher é o partido que melhor sirva para aplicar essas medidas – procurar impôr aos cidadãos eleitores a ideia de que só têm a escolher entre o PS e o PSD, que são os únicos Partidos que interessa à Troika que ganhem.

    Finalmente, este pacto é uma autêntica declaração de guerra aos trabalhadores e ao Povo Português. Ao contrário do que mentirosamente Sócrates quis fazer crer, o subsídio de desemprego vai diminuir, os salários e pensões serão congelados, todos os principais bens e serviços de primeira necessidade subirão de preço, os impostos que cada cidadão comum tem de pagar, a começar no IRS e a acabar no IVA, serão bem mais elevados, os despedimentos serão brutalmente facilitados, as indemnizações serão diminuídas, os horários e tempos de trabalho aumentam e os pagamentos, designadamente das horas extra, são drasticamente encurtados.

    Conclamamos, por isso, cada trabalhador português a compreender que um voto no PS ou no PSD é um voto de traição em si próprio e a sublevar-se e combater decididamente contra todas e cada uma destas medidas!

    Agora o comentário:
    GP disse...

    Caro António,

    A questão é que, com o "resgate" que vem de fora, o dia em que as pessoas não têm dinheiro no multibanco ou nada podem comprar no supermercado chegará mesmo e em força sobretudo para a sua filha.

    Convém recordar, ainda e uma vez mais, que foi exactamente isso, e por virtude das políticas impostas pelo FMI, que sucedeu na Argentina (cortes salariais e das pensões, aumento dos impostos, encerramento de empresas e despedimentos em massa e, por fim, indisponibilidade de movimentação e imediato confisco de parte das contas bancárias), e a situação só se começou a inverter e a especulação financeira só terminou quando o Presidente Kirchner decretou unilateralmente que a Argentina apenas pagaria 0,30€ por cada dólar da dívida e rigorosamente nada a título de juros.

    Mas naturalmente que os defensores e apoiantes da Troika não querem que o Povo Português tenha conhecimento dessa experiência...
    8 de Maio de 2011 00:31
    Se o dr. Garcia é radical?! Só o tempo o dirá!... :)

    Rogério, Rogério... está a pensar fora do quadrado! :)

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  10. Rogério,
    Entrar no universo de Bosch é ousar entrar em algo incómodo, do qual nunca temos a certeza de onde estamos. Mas sentimos que algo cola, apesar do desconforto...
    (No meu blog os comentários desaparecidos já apareceram. A seu tempo os seus chegarão)

    Abraço

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  11. Rogério... tenho a certeza que percebeu o meu tom... uma força é necessária... e a sua é muito forte! Desculpe o pleonasmo.

    "É muito melhor arriscar coisas grandiosas, alcançar triunfos e glórias, mesmo expondo-se à derrota, do que formar fila com os pobres de espírito que nem gozam muito nem sofrem muito, porque vivem nessa penumbra cinzenta que não conhece vitória nem derrota. "
    (Theodore Roosevelt)
    Um grande abraço! :)

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  12. Olá Rogério :)
    Também estou com dificuldades no blogue... não consigo responder aos comentários através da conta Google... pode sugerir-me alguma solução???
    Obrigado...
    Um abraço.

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  13. Não há inocentes. Nem na dívida, nem nas dificuldades colocadas pelo Blogger para comentar em algusn blogs.
    Felizmente, o seu não foi apanhado pelo "vírus".
    Abraço
    PS: Continuo a visitar os amigos, por isso agora tenho de ser rápido.

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  14. Nesse dia foi assim, por falha do blogger.
    Beijinhos.

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  15. E lá voltamos nós ao famoso paradigma! :-))

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  16. Caro Rogério.
    Espero que o stress dos ultimos tempos não o tenham levado à exaustão.
    Digo isto por estranhar a demora na mudança de cenário.
    Se for o caso, desejo-lhe rápidas melhoras.
    Bjo.

    Janita

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