08 maio, 2012

Jerónimo de Sousa, ontem, no Prós e Contras: "(...) Nós defendemos uma ruptura com este caminho para o desastre (...) não resolvemos o problema do deficit; não resolvemos o problema da dívida; não resolvemos o problema do desemprego; não resolvemos o problema da justiça. São factos (...) a renegociação da dívida permitiria dar-nos alguma folga para o desenvolvimento (...) "

Ontem aconteceram coisas raras e gratas. Primeiro, haver uns "Prós" verdadeiros prós e uns verdadeiros "Contra" o que, atendendo ao tema, é só por si evidência de que há outros caminhos, para além deste que está a ser imposto, vendido como único e inevitável. Segundo, aconteceu conhecer "novos" personagens, até ontem omitidos e silenciados por força do "pensamento único", que lhe tem retirado a voz, escondido o pensamento e o argumento. Por último, estes (pensamento e argumento) estão longe de serem irresponsáveis, incoerentes, pouco consistentes  ou ilógicos, o que por si só era merecedor de maior aprofundamento e discussão pública, para além do combate politico-partidário.

Jerónimo de Sousa, embora estreante nos P&C, não é figura completamente escondida e totalmente omitida. Passa até com frequência nos jornais televisivos para lhe captar palavras que logo a seguir são distorcidas e desvalorizadas. É que se é verdade que Jerónimo é por vezes mostrado o seu discurso tem sido afastado das páginas dos jornais, das antenas e telejornais. Aposto que quem visualize o programa não deixará de estranhar a sensação de quem o está ouvindo pela primeira vez. O que diz assenta numa lógica muito clara e forte: Suas palavras, que dão titulo ao post, surgem, não como consequência de coisas que passem pela mente dos comunistas num negativismo sistemático e ortodoxo, mas como corolário do próprio debate, confundindo-se com uma sua conclusão. O que lhe redobra a força.

António Avelãs Nunes, é um "ilustre" desconhecido do grande publico. Seu discurso descasca a realidade. Coloca-a a nu. Pergunte-se onde andaria tal homem metido, mas mais valerá a pena perguntar porque o querem calar.

Sobre os restantes figurantes, António Capucho e Rui Machete? Foram isso mesmo: figurantes. De inicio, ou mesmo em quase toda a 1ª parte, assumiram com arrogância as posições conhecidas da ideologia dominante. Na 2ª parte, passaram a excelentes entrevistadores barricados na trincheira da asneira. 


10 comentários:

  1. Acabei de o ouvir outra vez. E digo-te que vale a pena, hoje de uma forma diferente.
    Sobressairam os dois.

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  2. Caro Rogério
    Não assisti pela simples razão de que antes adormeci. Também aqui onde estou não consigo abrir os links. Vou tentar mais logo e se achar algo para comentar, comento.
    Abraço
    Rodrigo

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  3. Eu gostei de ouvir Jerónimo de Sousa, mas fiquei encantada com António Avelãs Nunes.

    Bom resto de tarde.

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  4. Foi assim, como diz que vi o programa, ontem. Gostei muito... de todos! «uns "Prós" verdadeiros prós e uns verdadeiros "Contra"»


    um beijo

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  5. Jerónimo de Sousa: contundente;
    Avelãs Nunes: brilhante;
    Rui Machete : atrapalhado;
    António Capucho - sou alérgico.
    No final, palmas para Jerónimo de Sousa. A plateia entendeu-o.

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  6. De um lado o discurso consequente, do outro a vacuidade de quem nada acrescenta a nada.

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  7. Olá amigo que confusão. Uns tentam dizer uma coisas e os outros para se mostrarem dizem outras. São meras palavras, que com certeza nos vão deixar na mesma. Beijos com carinho

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  8. Ontem o trabalho não me deu oportunidade sequer de ligar a TV e, pelos vistos, terei perdido o primeiro Prós e Contras plural dos últimos três anos ( estou a ser condescendente, eu sei..) e logo com duas pessoas que admiro ( JS e AN)
    Mas, pelo que me relata, o governo esteve representado em dose dupla por intermediários que de quando em vez dão umas bicadas ao Coelho para disfarçar e criarem a ideia que saõ independentes.

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  9. "António Avelãs Nunes, é um "ilustre" desconhecido do grande publico. Seu discurso descasca a realidade. Coloca-a a nu. Pergunte-se onde andaria tal homem metido, mas mais valerá a pena perguntar porque o querem calar."

    Destacada pelo seu interesse e partilhada no FB.

    Também ouvi o debate. Repito OUVI, não vejo televisão.
    Tiro as minhas ilações.

    Beijinho.

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  10. Sr. Jerónimo de Sousa tenho 50 anos trabalho desde os 14 quando tive idade para votar votei sempre no partido comunista hoje em dia ponho em causa essa minha escolha, passo a explicar porquê a minha entidade patronal actualmente é a misericórdia de Alhos Vedros cujos membros que gerem a instituição são membros do partido comunista que atropelam os direitos dos trabalhadores sem qualquer escrúpulos obrigam-nos a trabalhar sobre ameaça inclusive não respeitando as 11 horas que temos que estar fora do local de trabalho obrigam algumas colegas a fazer 12 horas consecutivas devido a outras trabalhadoras estarem de baixa de seguro porque se aleijaram no respetivo local de trabalho e não contratam ninguém para a respetiva falta desse mesmo trabalhadora, ora bem como a instituíção não tem quaisquer encargos com os trabalhadores que se encontram no seguro esse dinheiro é posto ao bolso á custa do sangue e suor de quem trabalha e quando do nosso trabalho dependem pessoas enfermas isto é um crime que se faz a quem paga com bastante dificuldade um apoio que precisam como pão para a boca visto esta situação deplorável eu lhe peço encarecidamente se pode intervir e ver com os seus próprios olhos o que se passa nesta instituíção visto haver já alguns trabalhadores que ponderam denunciar á comunicação social esta situação o que não abona em nada o partido. atenciosamente uma trbalhadora revoltada

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