27 janeiro, 2014

Dicas do Bruno - I (da praxe e do conformismo)

O Bruno foi dos poucos que ontem me comentou. A validade do comentário é a que resulta, não do facto de ser um jovem universitário, mas de me ter alertado para outro, o de ser muito difícil vencer a barreira do conformismo. As instituições estão talhadas para tal. Ao fim e ao cabo, a praxe não é um corpo estranho alojado no complexo sistema que forma as nossas elites. E nem sequer me refiro ao silêncio que tem pairado sobre a praxe violenta como antecâmara da sociedade da obediência...

13 comentários:

  1. para romper o silêncio e o conformismo

    é preciso ouvir os jovens, os praxados, os anti-praxe, os praxantes, os que abominam e os que adoram

    tudo isto cresceu com a complacência, estímulo e aceitação dos reitores e professores e pais, depois quando a coisa corre mal, acordamos

    qualquer praxe é uma violência, só por si



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  2. Uma sociedade domesticada agrada a qualquer Poder (Governo ou outro) , portanto até faz jeito que tenhamos nas Universidades uma Juventude Hitleriana com hierarquia fortemente definida e autoritária, sujeita à omertà mafiosa.

    Só que se esta gente mal educada pelas famílias (e pela sociedade em geral), que se sacrificam para que não lhes falte nada e se andem a pavonear pelos festivais , e que tem que maltratar colegas e andar a arrastar-se com pedras e chama a estas idiotices "experiências de vida" , acaba por chegar a ter o Poder e nem tem sequer noção de que deve respeitar compromissos e todo o ser humano.

    Aliás, como já se vê pela insensibilidade com que se manda emigrar jovens e pela crueldade gratuita (para que são os 53 milhões de euros denunciados por Manuela Ferreira Leite?) com que se ataca os velhos, só para exemplificar.

    Só espero que estas mortes do Meco se tornem exemplares em todos os sentidos e que Passos e Crato entendam que deram péssimo sinal ao terem guardado silêncio, pois isso foi tomado pelos praxistas energúmenos como lhes dando carta branca para tudo quanto lhes apeteça e assim surge o tristíssimo episódio da Universidade do Minho!

    Bom serão

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  3. Há a ideia que os abusos na praxe dos estudantes são coisas da História recente, mas não é bem assim, a violência nas praxes já era praticada no século XVII!!!

    Já reinava o conformismo naquela época, camarada Rogério?

    Mas nesse tempo, Portugal não era governado pelo PPC, vassalo da ditadora alemã!!!

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  4. Os abusos das praxes já eram praticados no século XVII, portanto é uma ideia errada, pensar que a violência é o resultado do conformismo da sociedade actual.

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  5. Os abusos das praxes já eram praticados no século XVII, portanto é uma ideia errada, pensar que a violência é o resultado do conformismo da sociedade actual.

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  6. É preciso praxar a praxe.

    Poetas mortos?!
    Hummm...
    A poesia é uma arma carregada de futuro!(Gabrial Celaya)

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  7. Não podemos comparar a Juventude, à qual pertence o meu familiar e os seus camaradas, que amam a praxe, com a Juventude Hitleriana, minha querida São.

    O meu familiar é um menino mimalho que recebe TUDO num bandeja de ouro, mas absolutamente inofensivo.

    A Juventude Hitleriana não era inofensiva, mas também nunca recebou nada numa bandeja de ouro e tinha que trabalhar no duro.

    Na minha opinião, a causa é o TÉDIO, que se apoderou de uma juventude que não faz nada, além de gastar o dinheiro dos pais.

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  8. Querida Teresa
    Seja bem bem-vinda
    Boa surpresa
    Mas sabe? Escrevi ainda há pouco, uma coisa assim:

    A desvantagem de ter péssima memória é sofrer muitas vezes com as mesmas coisas más como se fosse a primeira vez.

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  9. Fiquei por aqui a ler, a ver!

    Rituais de iniciação como nas sociedades secretas (?!)


    Beijo

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  10. O filme Clube dos Poetas Mortos é um filme que de forma simples coloca inúmeras questões importantes. Vale a pena vê-lo com atenção.

    As praxes são dos exemplos de conformismo mais ridículos que observo na nossa espécie.

    O conformismo está em todo o lado, sobretudo onde não o vemos. Ele é um mecanismo social poderosíssimo, tal como demonstra a Experiência de Asch: http://www.youtube.com/watch?v=ow2Qs_9aFfI .

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  11. Se pareceu que fiz generalizações, a intenção não era de todo essa , na medida em que quando se generaliza se cometem injustiças.

    Minha linda, é para estas Comissões de Praxes , sujeitas a um hierarquia e disciplinas férreas e exigindo obediência cega , aliada à omertà da Mafia italiana que tomo a Juventude Hitleriana como referência. Da qual eu não disse que tinha tudo de mão beijada e nem era esse o ponto.

    Que poder têm estas criaturas que se permitem ameaçar publicamente quem quebrar o silêncio?!

    Por mim, acabaria com todas as praxes, exceptuando Coimbra.

    Abraço não praxístico,EMATEJOCA rrrss

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  12. enojado com a abjeção que as televisões têm mostrado...

    só vejo aí banalidade e perversão.

    mais que elites - estas praxes são uma verdadeira montra do "estado de sítio" em que vivemos...

    quanto aos "poetas mortos", o JRD é que os topa! rss

    abraço fraterno

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  13. Lembrei-me de um texto seu que li há algum tempo, encimado com um rosto de uma mulher chamada "Resignação".
    Que nunca façamos parte desse grupo de resignados, a quem abafaram a voz.

    Abraço Rogério!

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