16 abril, 2015

A Dívida, o Euro e a Crise. [peço-vos algum trabalho, mas o que custa é o que Deus agradece...]

Em Dezembro, o "Económico" dava uma notícia não comentada pelos comentadores encartados e sem que qualquer outro órgão da imprensa lhe desse relevância. Era sobre a Argentina e o Equador: «Jorge Argüelo, embaixador da Argentina em Portugal, defendeu que a reestruturação da dívida naquele país foi "benéfica" e elencou os ganhos para o país ao lembrar que a taxa de desemprego passou de 24,7% para uma taxa que "não chega a 7%". Os salários reais aumentaram, o consumo subiu e o PIB cresceu, detalhou. Apesar de defender que "as reestruturações da dívida são como os divórcios" (ninguém casa para se divorciar, mas por vezes isso acontece), o embaixador deixou um aviso: "não existem receitas colectivas de reestruturação para todos os países". Ou seja, cada um deve fazê-lo à luz do seu enquadramento. Paola Pabón, deputada da Assembleia Nacional do Equador para o Movimento Alianza PAIS, veio a Portugal para falar do caso daquele país. O Equador reestruturou a dívida em 2008/2009, tendo revisto até os contratos feitos com as empresas petrolíferas. A parlamentar equatoriana afirmou que a Europa está agora a enfrentar as dificuldades que a América Latina teve há algum tempo e defende uma ruptura com o modelo neoliberal.» 

Em Março passado, o "Negócios" dava uma notícia não comentada pelos comentadores encartados e sem que qualquer outro órgão da imprensa lhe desse relevância. Era sobre a Islândia: «A crise no país foi profunda, com a riqueza a cair 10% em apenas dois anos e a taxa de desemprego a mais do que duplicar para um nível recorde de 11,9%. Mas as perspectivas agora são bem diferentes, com o FMI a antecipar uma queda da taxa de desemprego para 4% e a economia a crescer 3% ao ano entre 2015 e 2017, depois do país ter adoptada uma estratégia divergente da recomendada pelas instituições internacionais.»
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Islândia, Argentina e Equador são situações diferentes e casos isolados? Mas... em que é que se parecem? E, se são isolados, porque não são propagados?
Eu estive na terça-feira aqui, e fiquei a pensar no que ouvi, sem esperar que os comentadores encartados lhe venha a fazer qualquer referência (nem a imprensa)...

1 comentário:

  1. Talvez esses casos fossem relatados se a liberdade de imprensa em Portugal não passasse de um mito.
    Um abraço.

    À margem: Obrigado pelas indicações que tem deixado no Sexta.

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