29 maio, 2015

inCoerências


Ele topa-o. Adivinha-lhe o que lhe vai na alma.
O outro sente-se topado e adivinhado.
O inquérito prossegue e quando finda ele elogia os factos apurados, o rigor do detalhe, o escrito no relatório final. Mas vota contra. Por sinal, o único que vota contra, que aponta o que aponta e afirma que as conclusões são omissas quanto às responsabilidades políticas.
Dias mais tarde Carlos Costa é reconduzido no cargo. Nada consta o contrário no seu passado que contrarie esta nomeação política. Nada! Um único voto contra, não conta. Há pegas, discordâncias, mas que se esbatem e anulam na incoerência de quem, ao fim e ao cabo, também defende o sistema não votando contra. Triste cena. Que pena...

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