17 junho, 2018

Uns desenham sonhos, outros constroem pesadelos


O rectângulo, a vermelho, assinala a localização da"Caixa", cá perto do meu bairro. O Macedo vai fecha-la e o Governo, que tem confiança no Macedo, deixa. Macedo, presidente da Caixa, redesenhou a nova rede de balcões e agências da "Caixa" segundo os cânones de Bruxelas. São cerca de menos 70, incluindo a "minha", que vai na leva. Bruxelas impõe à "Caixa" critérios de rentabilidade, os mesmos que se aplicam à banca privada.

Bruxelas está-se nas tintas para o que seja serviço público. O Governo, também assim, está-se nas tintas para o que seja lá isso de serviço público.

Macedo, que é um cumpridor zeloso das ordens de Bruxelas e do Governo, desenhou o pesadelo de dezenas de milhar de idosos, detentores de pequenas contas que movimentam magras pensões e reformas ou, quanto muito num caso ou outro, do seu pequeno pé-de-meia, amealhado durante uma vida inteira. Eles, os reformados, pensionistas e idosos, que paguem a gestão danosa!
«Empréstimos de dezenas de milhões de euros, ou por vezes mesmo de centenas de milhões de euros, concedidos com garantias frágeis, investimentos em aquisições de participações sociais e uma elevada exposição, através de crédito, a empresas espanholas que se relevou ruinosa, foram algumas das decisões que estão ainda hoje a pesar nas contas da Caixa. Acresce a este cenário uma investida no mercado brasileiro — um banco e uma corretora —, onde a Caixa acumulou prejuízos nos últimos anos. E uma operação em Espanha que se tornou desastrosa, obrigando inclusive à criação de uma espécie de ‘banco mau’, para separar os créditos tóxicos da atividade bancária e embelezar o banco. Espanha teve prejuízos de €488,4 milhões em 2011, devido a provisões e imparidades no valor de €1,6 mil milhões. Foram anos de euforia.»
Se há tantos a construir pesadelos, temos de continuar pela rua a combate-los e a desenhar sonhos (por gestos), para que se não lhe acabe o sorriso...

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