As
últimas jornadas parlamentares do PS nesta legislatura foram uma espécie
de rampa de lançamento para a campanha às legislativas de 6 de Outubro.
Depois de Carlos César, líder da bancada do PS, ter reclamado os louros
de quatro anos de uma solução política que se traduziu em avanços
sociais e económicos, foi a vez de o primeiro-ministro, António Costa,
encerrar as jornadas parlamentares, em Viseu, com um discurso de
vanglória das conquistas alcançadas, mesmo que grande parte das
propostas nesse sentido não tenha partido da bancada parlamentar do
PS.
Exemplos disso são a devolução de rendimentos,
designadamente de salários e de pensões, e a redução das desigualdades,
com António Costa a sublinhar as medidas dos manuais escolares gratuitos
e dos novos passes sociais – todas com a chancela do PCP –, salientando
o facto de «180 mil portugueses» terem saído da pobreza nos últimos
quatro anos.
Na sequência de outros remoques, Carlos César, por
sua vez, defendeu que o PS precisa de uma «maioria expressiva» nas
eleições de Outubro para «evitar bloqueios» e libertar-se de «inercias»,
reivindicando exclusivamente para o PS a responsabilidade pelos
resultados na economia e pela melhoria da credibilidade internacional do
País, como se as medidas se desligassem umas das outras.
As
resistências que César teme estão alicerçadas no caminho que o PS
pretende trilhar e que, tal como se percebeu nos últimos anos, pode
distanciar-se da ideia de progresso social. Basta ver os recentes recuos
em relação à Lei de Bases da Saúde e ao fim das taxas moderadoras, ou
as reservas em relação ao aumento do salário mínimo nacional, tendo
rejeitado a subida para 650 euros em Janeiro. Apesar disso, aproveita o
capital alcançado nos últimos quatro anos para iludir os portugueses e
embandeirar em arco a obediência à União Europeia.
«Se é verdade
que tivemos a ajuda da maioria parlamentar do PEV, do BE e do PCP para
cimentar a recuperação social, tivemos por outro lado a difícil e bem
sucedida missão de recuperar a confiança, de recuperar a economia, de
equilibrar as finanças públicas, não permitindo aventuras orçamentais
que nos levariam ao colapso e à desconfiança internacional»,
afirmou César, naquilo que é uma expressão dos compromissos do PS,
privilegiando sempre Bruxelas em detrimento dos direitos dos
trabalhadores e do povo, nem que para isso tenha de recorrer ao apoio de
PSD e CDS-PP. »
Texto do Editorial
..."... nem que para isso tenha de recorrer ao apoio do PSD e CDS-PP.", sublinho nada surpreendida.
ResponderEliminarDe saída para o laboratório de análises (clínicas e não de estratégias políticas...), partilho e deixo o abraço de sempre.
A politica para mim não existe.
ResponderEliminar.
Desejando um dia feliz
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** LÁGRIMAS DE AMOR **