(ou uma certa ideia de memória do país)
O desengonçado trânsito cavernícola. A eterna crise com os dentes afiados.
Um país de paisagens marítimas e vinícolas,
em que uns são filhos e outros enteados.
O recorte da serra na distância.
Os pardais semoventes sobre as praças.
Alguns homens sombrios com a ânsia
de não serem roídos pelas traças.
O redil organizado como um caos.
Uns quantos menos bons e outros muito maus.
Uma planície, uma cidade, um chaparral.
E em volta disto o mar, sempre indiferente
do que queira ou não queira a sua gente.
E fica no soneto exposto Portugal.
Amadeu Baptista
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Poema "roubado" ao Cid Simões
Sabias que Amadeu Baptista manteve um blog de poesia ( com o seu nome) entre 2011 e 2016?
ResponderEliminarAqui, ainda não tinha engordado tanto, aquela papada...ah que pena!
Mas o que te interessa a aparência se o talento continua lá?
:-))
O Cid Simões, meu camarada e amigo, colocou a foto dele a preto e branco... eu... dei-lhe cor!
EliminarBeijinhos e abraços
Belo poema mas um tanto pessimista.
ResponderEliminarHá que procurar o que Portugal tem de bom!
Abraço
Procuremos, o primeiro que encontrar.uma coisa boa (e relevante para o futuro)... apita
EliminarAbraço expectante