Passando por uma montra, vi esse mosaico e logo no dia em que a levei ao "pica-no-dedo" (análises). Tirando o que está mal, está tudo bem. (embora as queixas e medos tenham crescido...)
Passando por uma montra, vi esse mosaico e logo no dia em que a levei ao "pica-no-dedo" (análises). Tirando o que está mal, está tudo bem. (embora as queixas e medos tenham crescido...)
Abre os olhos e vê.Sê vigilante
A reacção não passará diante
do teu punho fechado contra o medo
[...]
pois quando o povo acorda é sempre cedo
Cabe agora acrescentar que a coerência, a verdadeira, exige e determina que actos que repetem sejam repetidos respeitando os mesmos princípios e os mesmos elementos. Está confuso? Talvez um exemplo ajude:
Forças políticas fecham acordo em Lisboa: PS, BE, Livre e PAN avançam em coligação para defrontar PSD;
Forças políticas fecham acordo em Loures: BE, Livre e PAN avançam em coligação para defrontar o PS.Aceito o contraditório!
«Antes de prosseguir qualquer argumentação, que me espanta ser ainda necessária, recomendo vivamente (...) a leitura do livro “Jovens e Educação Sexual. Contextos, Saberes e Práticas”. (...) Talvez a leitura deste estudo (...) tivesse sido importante para a tomada de decisão, antes de se vociferar chavões sobre “amarras ideológicas” e de se retirar, de forma quase total, a referência à sexualidade da educação formal dos jovens. (...) A educação sexual tem provas dadas no combate à violência no namoro, à gravidez na adolescência, à prevenção de doenças sexualmente transmissíveis, à homofobia. A violência doméstica continua a fazer vítimas mortais, é normalizada nas famílias e é na escola que se podem quebrar os ciclos de normalização destes comportamentos.
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Vá lá, toca a comprar o livro e veja se está de acordo comigo! |
E depois conta muito onde tenho estado ao longo dos tempos, para fazer o que foi feito:
· Junto da minha comunidade
o No meu bairro, há mais de 50 anos
o No meu bairro, para que a memória não se perca
o No meu bairro, 50 anos depois
o No "Alto da Barra" lançando um livro, perante uma sala cheia
o Na paróquia, não há muito
· Junto de crianças e professores
o Com outro livro, que me fez percorrer 12 escolas
o Com uma peça de teatro que ainda vai ter caminho a percorrer
· Junto de jovens adultos e professores
o Num Dia da Poesia (dos tantos celebrados)
o Dando uma lição que não chegou ao fim
· Junto a movimentos em luta
o Organizando o Movimento Fundição de Oeiras
o Trazendo para aqui a dinâmica de outros movimentos
· Junto dos Micro, Pequenos e Médios Empresários
o Em ações de rua (onde a luta continua)
o Na Assembleia da República (onde também se luta)
Devo parar, depois de ter andado por tudo o que é lado?
"O Nobel da Literatura José Saramago defendeu hoje a necessidade de rectificar com urgência a situação dos "excluídos" na Europa, dando-lhes condições de vida dignas, para evitar, de futuro, novos confrontos como os de Paris.Saramago falava em Lisboa, no Teatro Nacional São Carlos, durante o lançamento de "As Intermitências da Morte", o seu novo romance.O Prémio Nobel da Literatura de 1998 mostrou-se preocupado com a forma como o fenómeno da imigração ilegal está a ser gerido na Europa e lamentou que muitos imigrantes não possam "viver uma vida que valha a pena".Para José Saramago, os protestos do Maio de 68 em Paris acabarão por parecer insignificantes face à gravidade que podem vir a atingir as manifestações dos que se sentem excluídos, dos que vivem à margem, sobretudo "nas periferias das grandes cidades".Perante as cerca de 800 pessoas que se deslocaram ao São Carlos, o escritor revelou também a sua apreensão com o rumo de Portugal, dizendo não ter a certeza se o país - que vive um período de "cinzas" - continuará a existir dentro de meio século."
E porque saí de lá rejuvenescido? Olhem só tanta juventude e tanto sorriso!...
Quem são? Se querem saber, ora espreitem...
Se também sou candidato? Falarei disso, um dia destes! Pode ser?
Chegado à Voz do Operário o coração bateu forte pela corrente que se prestara à entrada. Só encontrei lugar na galeria. Escolhi a primeira cadeira, ainda vaga, pois teria que sair a tempo de ir fazer o que tinha de ser feito. Ao meu lado, à direita de mim, gente idosa. À minha esquerda, sentados num degrau, um jovem casal, com discreto comportamento de namoro. Ela segurava um sorriso. Ele, dois cravos vermelhos. Provoquei-os e por resposta tive a oferta de um dos cravos. Em troca, dei-lhes 20 dos meus 80 anos e senti-me rejuvenescido, sentimento reforçado pela dominante predominância de tanta juventude, espalhada pela sala.
Na plateia, já bem cheia, ainda ia chegando gente. E vi, por ali, inesperadas pessoas que se iam juntando aos que estavam, designadamente "Capitães de Abril". Reconheci-os, mas não tinha presente o nome e socorri-me do jovem que me dera o cravo para o questionar. "Quem é?" e, da ponta-da-língua, lhe saiu o nome.
Postos os actos formais e o discurso de abertura, veio a esperada intervenção.
E não foram apenas as palavras ouvidas por parte de quem as disse, foi por todo o contexto, pelos aplausos e cânticos, pela transbordante confiança e pela presença de tanto jovem, que saí da Voz do Operário cheio de esperança e com a convicção: "Mudar o Mundo não nos custa muito, leva é tempo".
Fui cedo e escolhi o caminho. De entre tantos, só o escolhido iria mexer comigo. Optei por aquele que me faria passar por memórias de infância e juventude.
De Oeiras ao Saldanha, nada a acrescentar. Tudo começou na subida da Rua Morais Soares, não resistindo a passar por aquela transversal, a mesma em que vivi e em que viveu Saramago. Depois desse atinado desvio, entrei na Praça Paiva Couceiro, olhando a esplanada do Café Chaimite. E lá estava, certamente renovada, a mesa de tantas, tantas tertúlias, tidas e bem vividas em tempos de juventude e tantas, tantas com a presença do Mário de Carvalho. Da Paiva Couceiro à Graça foi-me obrigatório seguir pela Avenida General Roçadas onde pude rever a bela fachada de uma das escolas da minha vida, aquela em tive orgulho das minhas mãos e fui actor numa peça de teatro onde, além de a ter escrito, fui defenestrado, em ato muito aplaudido.
Feito este percurso, cheguei à Graça bem cedo e a tempo de beber um descafeinado. Sentei-me no largo, com a Igreja ao meu lado mas esta projectando a sobra que de mim fugia. Senti a mágoa de a Guidinha não se vir sentar comigo para que me sentisse Rogérito (ia a reclamar a Sttau Monteiro, mas contive-me a tempo).
Falando em tempo, estava na hora. E lá fui à Voz do Operário assistir a um ato extraordinário. Porque saí de lá, não só rejuvenescido, mas também esperançado?
Depois conto, pois este texto já vai extenso.
"O filme egípcio "O Outro Pai", com apenas 2 minutos e 31 segundos de duração, ganhou o prêmio de melhor curta-metragem em um festival de cinema. O diretor tem 20 anos. O filme mostra como as pessoas se isolam na tecnologia e esquecem uma das melhores coisas da vida, a convivência humana com amor e fraternidade. Esse vídeo é sublime! Por favor, assista!!!!* Vídeo adorável. Ainda bem que o repetimos em todos os lugares. Vamos fazer o nosso melhor para não perder esse vínculo, fazer a sua parte todos os dias, em todos os espaços de nossas vidas (casa, trabalho, reuniões entre amigos, etc...)".
Já tomei a decisão de este filminho vir a encerrar as futuras representações da minha peça. Lembram-se que já vos falei dela?
“Soneto exposto”(ou uma certa ideia de memória do país)A eterna crise com os dentes afiados.Um país de paisagens marítimas e vinícolas,em que uns são filhos e outros enteados.O recorte da serra na distância.Os pardais semoventes sobre as praças.Alguns homens sombrios com a ânsiade não serem roídos pelas traças.O redil organizado como um caos.Uns quantos menos bons e outros muito maus.Uma planície, uma cidade, um chaparral.E em volta disto o mar, sempre indiferentedo que queira ou não queira a sua gente.E fica no soneto exposto Portugal.Amadeu Baptista_____________________Poema "roubado" ao Cid Simões
Rir? Sorrir?Sorrir de um medo?Desse medoque resultado nosso próprio enredo?Em criança, nesse tempo
o medo fazia parte do crescimento
Vencíamos o medo, íamos crescendo
Hoje, ao certo, não sei definir o medo
Só sei que gostaria
que o medo pudesse ser
qualquer coisa de tangível,
de apalpar, de cheirar e de se ver
E se o fosse, que fosse redondo,
que ao rolar o fizesse com estrondo
E que se tivesse cheiro,
que fosse o do sebo salazarento
E que ao tacto se sentisse a impressão
do fogo vivo das fogueiras da inquisição
Depois, o medo podia ser apontado
e, sei lá, esmagado ou até cortado
Ver-se-ia que o medo
Não tendo nada dentro
Se libertaria o Mundo
deste medo tão profundo
Rogério Pereira
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Imagem publicada no blog da EMATEJOCA AZUL |
"Quando li o título, ocorreu-me Kafka e, de facto, todo o PROCESSO é labiríntico, intricado, obscuro .Quanto aos socráticos, serão menos os amigos e muitos mais os seguidores... Quanto à imagem, diria duas coisas "ele nada bem nestas águas" e..."quem nada, não se afoga"
Comenta-me ela:
"Certamente, estabeleci uma alusão entre o título e Kafka, destacando o carácter labiríntico e intricado do processo, o que remete de maneira bastante precisa ao estilo kafkiano de explorar a complexidade e a obscuridade. Quanto aos socráticos, a tua observação de que há mais seguidores do que amigos é bastante perspicaz, refletindo a influência duradoura e a disseminação das suas ideias ao longo do tempo. As imagens que tu evocas, de alguém que nada habilmente nas águas e a frase “quem nada, não se afoga”, são bastante elucidativas, sugerindo que a habilidade e a confiança na navegação podem evitar dificuldades e perigos."
E fiquei eu matutando: se "só sei que nada sei", no fim disto tudo, só ficarei sabendo que nada saberei e mais, prevejo que, da cicuta, estará este Sócrates bem afastado...
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A SIC NOTÍCIAS deu assim a notícia! |
"Se eu fosse comunista votaria no António Filipe - disseram-me. E eu disse:
Se eu não fosse comunista e a minha racionalidade fosse isenta da pressão mediática e do preconceito, focar-me-ia na serenidade, na postura, na seriedade, na figura, no pensamento, no conhecimento do candidato e ver-me-ia obrigado a não ir em cantigas e a votar no António Filipe.
Se eu fosse anti-comunista e pussesse a minha honestidade intelectual acima da ideologia e do anti-comunismo primário, no fim de analisar seriamente as personalidades, os objetivos e os interesses do triste elenco de candidatos, mesmo contrariado, seria levado a admitir que o melhor de todos é o António Filipe que, por acaso, é comunista.É nestas alturas que podemos avaliar a conversa fiada da unidade das esquerdas, da consciência política dos eleitores de bem, do discernimento popular e da valorização dos homens grandes.E não vale a pena virem com a conversa da Coreia, do PCP já era ou do "votava nele mas ele não ganha", não adianta olhar para o lado, estais perante o melhor candidato: António Filipe."
Sonhei que estava de férias com a família, em terra desconhecida e tinha por morada uma vivenda e um jardim, com duas árvores, uma grande e outra, nem tanto. Estava eu, a Teresa (era ela, sem o ser) e as filhas (eram elas, sem o serem) ouvido a rádio local, passando música lá da aldeia, e nós, cada um fazendo a sua coisa. Às tantas, uma simpática voz fez anúncio na rádio, em forma de convite: "Já veio tomar o seu fresquinho chá, na rua? Venha à nossa esplanada!"Parámos todos o que estávamos fazendo e uma filha diz, sedenta: "Chá na Rua? Ó pai, eu quero!" e logo a ela se juntou um coro insistindo no pedido. Vou ligar, talvez nos tragam aqui. E não sei como cheguei a um número (nos sonhos, tudo é fácil) e lá liguei pedindo que nos levassem quatro "chás na rua" à moradia.Passados uns instantes (nos sonhos, tudo é rápido) um enorme camião entrava jardim dentro, em manobras delicadas, derrubando um pilar da entrada e a árvore pequena. Mal tinham parado, do caminhão saltam uns quantos serventes, diligentes e rápidos, abrindo as portas traseiras e tirando do seu interior primeiro uma, depois a segunda e quando iam tirar a terceira charrua:
- Eu (gritando): Parem, parem! Que é lá isso?
- Motorista (em tom calmo): Mas... foi o senhor que nos encomendou esta entrega de charruas...
Percebendo a situação fiz um discurso convincente e a equipa reagiu sorrindo voltando a repor o equipamento agrícola no enorme camião. Acordei durante a manobra de retorno e voltei a um tranquilo sono.
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E ali estou eu, tomando notas... Saiba (aqui) sobre o quê! |
Fui convidado para estar, e estive. Comecei por visitar demoradamente a arte de Serrão Faria, ora vejam...
Porque o anterior post continha afirmações que, como alguém chamaria a atenção, não corresponderia à realidade, fui investigar e achei mais contributos, acho que apreciados no seu conjunto teremos os dados necessários para a tese final.
De tal investigação (que pode ser consultada aqui) selecionei este testemunho:
“Hamas, para meu grande pesar, é a criação de Israel”, diz o Cohen, um judeu nascido na Tunísia que trabalhou em Gaza por mais de duas décadas. Responsável pelos assuntos religiosos na região até 1994, Cohen viu o movimento islâmico tomar forma, deixar de lado os rivais palestinos seculares e depois se transformar no que é hoje o Hamas, um grupo militante que jura a destruição de Israel.
Em vez de tentar conter os islâmicos de Gaza desde o início, diz o Cohen, Israel os tolerou por anos e, em alguns casos, encorajou-os como um contrapeso aos nacionalistas seculares da Organização para a Libertação da Palestina (OLP) e sua facção dominante, a Fatah de Yasser Arafat.
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LUTA DE UMA VIDA Líder da OLP, Yasser Arafat era reconhecido como o grande líder do povo palestino e, por isso, era o alvo preferido de Israel |
Um dos principais atores do conflito no Oriente Médio é o Hamas, grupo que liderou o ataque contra Israel no dia 7 de outubro, sendo considerado uma organização terrorista por países como Estados Unidos, Reino Unido, Japão e nações europeias. Para entender a guerra atual na Palestina, é preciso conhecer as origens e história dessa organização.O Hamas, palavra que significa “Movimento de Resistência Islâmica”, foi fundado em 1987 após o início da primeira Intifada, que foi uma ampla revolta palestina contra a ocupação israelense em seus territórios. O grupo foi criado a partir da Irmandade Mulçumana que, até então, fazia um trabalho de assistência social na Palestina.A partir dos anos 2000, Hamas passou a disputar eleições e, em 2006, conquistou a maioria no legislativo (76 das 132 cadeiras), em um pleito considerado limpo por observadores internacionais. Porém, Israel, Estados Unidos e potências europeias não aceitaram o resultado e a disputa entre Fatah e Hamas separou o território palestino, com Fatah controlando parte da Cisjordânia e Hamas ficando com toda Faixa de Gaza. Desde então, Gaza vive um bloqueio imposto por Israel, que monitora a entrada e saída de pessoas e mercadorias.
Agência Brasil: Qual o atual objetivo do Hamas? Há espaço para negociação?
José Arbex: Ao contrário do que dizem, o Hamas quis, ao longos dos anos, entrar num processo de negociação. Quem não quer é israel. A própria OLP, por exemplo, era chamada de terrorista antes do acordo de Oslo e isso não impediu Israel de negociar.
Rashmi Singh: Hamas sempre mostrou capacidade para negociação. Temos que separar o que é narrativa e o que é comportamento. Apesar de sempre ter existido essa narrativa de não aceitar Israel, na prática eles sempre mostraram capacidade de diálogo, diferente da Jihad Islâmica, que é bem mais radical e não tem capacidade de negociar.
Foram muitas vezes que eles sugeriram parar de usar violência, desde que Israel aceitasse determinadas condições, mas essas condições nunca foram aceitas, como o retorno dos palestinos para suas terras. Temos que entender que Israel não aceita a solução dos dois estados.
Nós perdemos a oportunidade de moderar o Hamas quando ele ganhou as eleições em 2006 e o resultado foi rejeitado. Foi um grave erro nessa época.
Agência Brasil: O que aconteceu depois da vitória do Hamas em 2006?
José Arbex: Aconteceu que Israel e os EUA não reconheceram as eleições, considerada limpa por observadores internacionais. Como não aceitaram o resultado, iniciou-se uma disputa que deu ao Hamas o controle da Faixa de Gaza, com a Cisjordânia ficando com a Autoridade Nacional Palestina (ANP) [entidade que administra parte da Cisjordânia e, até 2006, administrava Gaza].
Mas essa foi uma crise provocada por Israel e Estados Unidos. Afinal, Benjamin Netanyahu [primeiro-ministro de Israel] achava bom o crescimento do Hamas porque isso dividia os palestinos.
Por isso, Israel fechou os olhos para o fato de o Hamas receber verbas e dinheiro do Catar e de outras fontes sunitas. Durante todo esse período, Israel permitiu que Hamas recebesse fundos, mantendo a política terrível chamada de ceifadeira. Essa política deixava o Hamas crescer e se armar. Depois de crescer um pouco, Israel vai lá e dá uma “podada” na grama. Isso explica os ataques à Gaza de tempos em tempos.
Rashmi Singh: O Hamas herdou uma situação de guerra e de muita violência. Havia também muita corrupção na Autoridade Nacional Palestina. O sentimento da população, depois de dez anos de Oslo, era de que a ANP não tinha capacidade de garantir a paz ou os dois estados.
Porém, Israel, Estados Unidos e União Europeia não aceitaram o resultado da eleição democrática. Esses países começaram a apoiar a ANP para dividir o movimento palestino. Mahmoud Abbas, que perdeu as eleições, viu a chance de continuar no poder e também não aceitou a vitória do Hamas.
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