19 junho, 2025

COMO SE TRANSFORMOU O HAMAS NA ORGANIZAÇÃO QUE HOJE SE DIZ SER? E QUEM CONTRIBUIU PARA TAL?


Um dos principais atores do conflito no Oriente Médio é o Hamas, grupo que liderou o ataque contra Israel no dia 7 de outubro, sendo considerado uma organização terrorista por países como Estados Unidos, Reino Unido, Japão e nações europeias. Para entender a guerra atual na Palestina, é preciso conhecer as origens e história dessa organização. 

O Hamas, palavra que significa “Movimento de Resistência Islâmica”, foi fundado em 1987 após o início da primeira Intifada, que foi uma ampla revolta palestina contra a ocupação israelense em seus territórios. O grupo foi criado a partir da Irmandade Mulçumana que, até então, fazia um trabalho de assistência social na Palestina.

A partir dos anos 2000, Hamas passou a disputar eleições e, em 2006, conquistou a maioria no legislativo (76 das 132 cadeiras), em um pleito considerado limpo por observadores internacionais. Porém, Israel, Estados Unidos e potências europeias não aceitaram o resultado e a disputa entre Fatah e Hamas separou o território palestino, com Fatah controlando parte da Cisjordânia e Hamas ficando com toda Faixa de Gaza. Desde então, Gaza vive um bloqueio imposto por Israel, que monitora a entrada e saída de pessoas e mercadorias. 

Para entender melhor a história desse grupo islâmico, a Agência Brasil entrevistou dois especialistas no assunto, eis alguns extratos: 

Agência Brasil: Qual o atual objetivo do Hamas? Há espaço para negociação?   

José Arbex: Ao contrário do que dizem, o Hamas quis, ao longos dos anos, entrar num processo de negociação. Quem não quer é israel. A própria OLP, por exemplo, era chamada de terrorista antes do acordo de Oslo e isso não impediu Israel de negociar.  

Rashmi Singh: Hamas sempre mostrou capacidade para negociação. Temos que separar o que é narrativa e o que é comportamento. Apesar de sempre ter existido essa narrativa de não aceitar Israel, na prática eles sempre mostraram capacidade de diálogo, diferente da Jihad Islâmica, que é bem mais radical e não tem capacidade de negociar.  

Foram muitas vezes que eles sugeriram parar de usar violência, desde que Israel aceitasse determinadas condições, mas essas condições nunca foram aceitas, como o retorno dos palestinos para suas terras. Temos que entender que Israel não aceita a solução dos dois estados.  

Nós perdemos a oportunidade de moderar o Hamas quando ele ganhou as eleições em 2006 e o resultado foi rejeitado. Foi um grave erro nessa época.  

Agência Brasil: O que aconteceu depois da vitória do Hamas em 2006? 

José Arbex: Aconteceu que Israel e os EUA não reconheceram as eleições, considerada limpa por observadores internacionais. Como não aceitaram o resultado, iniciou-se uma disputa que deu ao Hamas o controle da Faixa de Gaza, com a Cisjordânia ficando com a Autoridade Nacional Palestina (ANP) [entidade que administra parte da Cisjordânia e, até 2006, administrava Gaza].  

Mas essa foi uma crise provocada por Israel e Estados Unidos. Afinal, Benjamin Netanyahu [primeiro-ministro de Israel] achava bom o crescimento do Hamas porque isso dividia os palestinos.   

Por isso, Israel fechou os olhos para o fato de o Hamas receber verbas e dinheiro do Catar e de outras fontes sunitas. Durante todo esse período, Israel permitiu que Hamas recebesse fundos, mantendo a política terrível chamada de ceifadeira. Essa política deixava o Hamas crescer e se armar. Depois de crescer um pouco, Israel vai lá e dá uma “podada” na grama. Isso explica os ataques à Gaza de tempos em tempos.  

Rashmi Singh: O Hamas herdou uma situação de guerra e de muita violência. Havia também muita corrupção na Autoridade Nacional Palestina. O sentimento da população, depois de dez anos de Oslo, era de que a ANP não tinha capacidade de garantir a paz ou os dois estados.  

Porém, Israel, Estados Unidos e União Europeia não aceitaram o resultado da eleição democrática. Esses países começaram a apoiar a ANP para dividir o movimento palestino. Mahmoud Abbas, que perdeu as eleições, viu a chance de continuar no poder e também não aceitou a vitória do Hamas.  

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16 junho, 2025

A LÍDIA JORGE TEM TODA A RAZÃO, SÓ FALHA NA DIMENSÃO


 Foi uma importante e oportuna intervenção, mas... Minha Alma Celta,  Meu Coração Luso e Meu Sangue Mouro, gritam em coro:
"10% é pouco! Quantos séculos estivem por cá os mouros?
Responde esta "costela alentejana": Cinco! E anos, não foram poucos! 

14 junho, 2025

ACREDITEM, OU NÃO, SANTO ANTÓNIO FOI CAMPEÃO (em 2012)


A desgarrada mais bela que me foi dada 


  ENTÃO, MEU DESAFIO, FOI ASSIM
Ora dá cá uma quadra
Que eu te dou um manjerico
Terás tua alma perfumada
E eu ficarei bem mais rico 
FOI ASSIM, DESGARRADA 
E eu ficarei bem mais rica
E melhor acompanhada
Seremos dois passarinhos
Em conversa adocicada
Da Fê Blue-bird

Uma quadra lhe vou dar
Gostava que a achasse bonita
Seu manjerico me perfuma
Fique com o perfume da Janita.
Da Janita

Ao Rogério deixo uma quadra
e vou levar um manjerico
não levo mais nada
mas deixo um beijito!
Da Manuela

Os líricos, ai os líricos
Não quero amor imenso
Não quero imensa paixão
Quero apenas um manjericão!
Da ematejoca

Meu amigo Rogério
Quero dois manjericos
Do seu lindo e vasto império
Sem imaginar namoricos.
Da Catarina

Uma quadra é muito pouco
Para um poeta tão querido
Mas se o pedido são quatro versos
Deixo-os e levo o manjerico.
Da Gisa

Era uma vez um santinho
Que gostava de pregar.
Não lhe deram cavaquinho…
Contra a maré, foi remar.
Do Rui Pascoal

Santo António sem saber 
era muito pobrezinho
Desde sempre ouviu pedir
Para si um tostãozinho

Sem nunca ver o fruto
De peditório tão antigo
Santo António está de luto
e a bem dizer... Perdido!
Da Lídia Borges (2)

Uma quadra enquadrada
num espaço que é janela
por feia e mal engendrada
acaba por ficar bela
Da Manuela Araújo

O manjerico levo, então
Vou daqui mais perfumada
A caminho do S. João
E de mais uma noitada
Da Filoxera

A minha negação para rimas
Abstém-me de participar
Desculpa lá Rogérito
Os manjericos não levar
Da Tite

Rogerito, meu amigo,
Até me pões a rimar!
Cheguei tarde e já tenho
Manjerico p'ra levar...
Da Carol
... E VENHA DE LÁ MAIS UMA QUADRA,
AGORA COM OUTRO  MOTE

Cantigas de portugueses
São como barcos no mar —
Vão de uma alma para outra
Com riscos de naufragar.
___________________________________________________________________Fernando Pessoa

04 junho, 2025

UM SERÃO EM CHEIO!



O serão começou com uma distribuição, muito bem recebida...

Adeus Alemanha 


... e depois fui ver pontapés e xutos
para tudo terminar com os "Xutos e Pontapés"


29 maio, 2025

E O PAPA FRANCISCO TAMBÉM VAI ESTAR NO MEU TEATRINHO


Sim, estará nas palavras que deixou escritas e serão a deixa para que uma convidada para a mesa-redonda pegue nela. Ora leia:

7. Desafios para a educação*

O desenvolvimento duma tecnologia que respeite e sirva a dignidade humana tem implicações claras para as instituições educativas e para o mundo da cultura. Ao multiplicar as possibilidades de comunicação, as tecnologias digitais permitiram encontrar-se de novas formas. Todavia continua a ser necessária uma reflexão contínua sobre o tipo de relações para onde nos estão encaminhando. Os jovens estão a crescer em ambientes culturais impregnados de tecnologia, o que não pode deixar de pôr em causa os métodos de ensino e formação.

A educação para o uso de formas de inteligência artificial deveria visar sobretudo a promoção do pensamento crítico. É necessário que os utentes das várias idades, mas principalmente os jovens, desenvolvam uma capacidade de discernimento no uso de dados e conteúdos recolhidos na web ou produzidos por sistemas de inteligência artificial. As escolas, as universidades e as sociedades científicas são chamadas a ajudar os estudantes e profissionais a assumir os aspetos sociais e éticos do progresso e da utilização da tecnologia.

A formação no uso dos novos instrumentos de comunicação deveria ter em conta não só a desinformação, as notícias falsas, mas também a recrudescência preocupante de «medos ancestrais (...) que souberam esconder-se e revigorar-se por detrás das novas tecnologias». [13] Infelizmente, encontramo-nos mais uma vez a combater «a tentação de fazer uma cultura dos muros, de erguer os muros (…), para impedir este encontro com outras culturas, com outras pessoas» [14] e o desenvolvimento duma coexistência pacífica e fraterna.

 * Para leitura integral do texto ver https://www.vatican.va/content/francesco/pt/messages/peace/documents/20231208-messaggio-57giornatamondiale-pace2024.html

27 maio, 2025

A FISÍOLOGIA DO CÉREBRO FACE AO USO INTENSIVO DO TELEMÓVEL

REQUISITOS DE LEITURA DESTE POST: Em primeiro lugar o leitor deverá ler só depois de olhar atentamente as imagens. Em segundo, é importante (mas não indispensável) que aceite que cada cérebro é aquilo que a comunidade dos relacionamentos próximos e mais envolventes determina que seja. Um terceiro requisito, implica que o leitor admita, ainda que remotamente, que todos os cérebros e os seres ao quais pertencem, nascem iguais e que as anormalidades aparecem depois e dependem de outras anormalidades envolventes...

Duas Rogériografias em confronto: a de um anormal, da direita (salvo-seja) com a minha
(sempre do lado esquerdo de qualquer coisa).
Observe as notórias diferenças numa visão geral, antes da minha explicação

VISÃO GERAL - As imagens acima, são o resultado de "rogériografias" ampliadas dos cérebros de indivíduos adultos. Duas grandes zonas (hemisférios), por onde proliferam os tais processos de alto e de baixo nível são comuns aos dois cérebros, mas existem dissemelhanças: O cérebro do gajo da direita tem processos ocultos no hemisfério da esquerda (zonas tapadas) que assumi representarem processos sem nível nenhum. O hemisfério direito, tem assinalados processos interditos. São interdições que antes existiam em actividades de cérebros de tenra idade mas à medida que a tecnologia se banaliza se regista igualmente em muito cérebro adulto.

ANÁLISE DETALHADA DO HEMISFÉRIO DIREITO - Nesta "Rogériografia" as várias interdições assinaladas podem ser totais (nenhuma actividade permitida) parciais ou intermitentes, isto é, umas vezes estão, outras não. Vejamos cada uma delas:
  • Interdição de acompanhar, conviver ou socializar (par de bonequinhos, na região frontal) - o adulto tem a anormalidade de só o fazer de forma muito selectiva com a classe a que pertence. Desde cérebro jovem que lhe são reprimidas "más companhias" e grandes conversas com cérebros que não sejam similares aos do agrupamento onde este cérebro se desenvolve;
  • Interdição de ver em volta -Este cérebro é muito viajado. Alguns que analisei registam viagens desde muito pequeninos. Contudo, olham sem que tenham autorização para ver. Usam o "o telescópio" (representado na imagem) desde que não vejam e guardam do Mundo a visão do bilhete postal, muito animadas por reels apropriados à galhofa.
  • Interdição de ler para conhecer - Leituras só as indispensáveis para progredir nos estudos e em temas obrigatórios. Estes cérebros manifestam sérias dificuldades em saber quantos Cantos tem "Os Lusíadas", confundem autores (Thomas More com Thomas Mann) e nutrem uma relutância enorme por outros (com Saramago em grande destaque)...
  • Interdição na comunicação com o hemisfério esquerdo - É, em qualquer cérebro, um processo crítico. Contudo, estes anormais registam fortes intermitências nesta função. Assim, este hemisfério deixa de ser alimentado regularmente por processos que resultam da aprendizagem lúdica, da observação do Mundo, convívio com os outros e do saber dos livros...

ANÁLISE DETALHADA DO HEMISFÉRIO ESQUERDO - Dispenso-me de o fazer. A imagem vale mais que mil palavras. Só uma chamada de atenção: Os poucos processos que aí se encontram desenvolvidos são do mais alto nível que a "Rogériografia" é capaz de captar. Talvez por isso estes anormais ocupem cargos também de elevado nível.

DESAFIO AO LEITOR

Para além dos comentários que queiram fazer, desafio a que identifiquem grupos sociais portadores deste cérebro anormal. Deixo ainda o desafiante desafio de, no próximo domingo, ir assistir ao meu teatrinho.

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NOTA: esta publicação, sendo antiga, foi devidamente actualizada


24 maio, 2025

O MEU TEATRINHO VAI, ENFIM, SUBIR AO PALCO



“QUANDO A CABEÇA NÃO TEM JUÍZO, 
O FUTURO É QUE PAGA”
Autor: Rogério Pereira / Encenação: Nuno
Sinopse: O tema da peça liga-se com a crescente dependência do uso do telemóvel. No decurso da representação são lançados teatrais alertas, ao som de uma conhecida composição de António Variações, sobre os efeitos de tais dependências e, também, sobre a necessidade de se incrementarem hábitos de leitura. Sobre este relevante aspecto, serão lidos em palco extratos de um livro de contos para crianças (da autoria, também, de Rogério Pereira) e do conto “A Maior Flor do Mundo” de José Saramago (Prémio Nobel da Literatura).
A peça desenvolve-se, num primeiro ato, no pátio de recreio entre crianças, sendo estas representadas por fantoches e, num segundo ato, no decorrer de uma refeição em família, representada por atores amadores que fazem parte do elenco do GTNM.
No decorrer da peça, cuja duração é estimada em cerca de 40 minutos, há frequentes momentos de interação com o público.
No final da peça, após descida do pano, haverá debate com professores e psicólog@s convidados.

20 maio, 2025

A QUARTA AULA, FOI POR MIM DADA


                    GUIÃO QUE VIRIA A SER SEGUIDO*


19h25 – Abertura, pelo coordenador do Centro Qualifica, Prof. António Martins

19h30 – Inicio com a passagem do vídeo “Vivíamos Assim” (ver aqui) seguido da leitura, pelos alunos do Centro Qualifica, do texto de Mário de Carvalho. Este texto (ver aqui) irá ser objeto de apreciação prévia em sala de aula e de molde a poder ser lido pelos alunos, no início da sessão

20h00 – Tema: “A Guerra Colonial” – Participação de Ana Vargas abordando as questões na perspetiva humanística, fazendo anuncio do lançamento do livro “Querido Pai” que foca aspetos da separação, causada pela guerra, entre os pais e os filhos (ver aqui). Este módulo termina com um apelo “Paz, sim! Guerra, não!”

20h30 – Intervalo para jantar

21h00 – Tema: “Contributo do Movimento Associativo e Popular para a Revolução de Abril” - Augusto Flor, ex-Presidente da Direção da Confederação Portuguesa da Coletividades de Cultura, Recreio e Desporto fará exposição sobre o papel da cultura e dos movimentos e das organizações populares de base, tiveram na Revolução de Abril. A fim de poder antecipar tal abordagem e a título de mero exemplo veja-se este documento.

21h15 – Tema “Os três “dês” da Revolução de Abril” - Rogério Pereira, com base na sua experiência profissional, na qualidade de consultor industrial foca o “D” de Desenvolvimento dando conta do caminho percorrido até aos nossos dias com foco nas profundas alterações na economia (desindustrialização e cultivo intensivo na agricultura) e seu impacto nas alterações da composição social do nosso País. Inicia a sua participação com este vídeo e finaliza fazendo a ligação entre o neoliberalismo e a Paz.

21h50 – Encerramento, pela Presidente da Associação “Desenhando Sonhos”, Dr.ª Olívia Matos.

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* Como é referido no vídeo, Rogério Pereira teve que reduzir a a sua aula

19 maio, 2025

17 maio, 2025

PENSANDO A TRAÇO FINO... A VERDADEIRA REFLEXÃO


Em dia de reflexão vejamos o que é verdadeiramente isso!
Impõe-se que se faça uso do juízo!
Pense sobre tudo o que o incomoda e atormenta em termos de causa-
-efeito ou seja: 
  • se os ventos não lhe estão de feição... de onde lhe foram sopradas as más rajadas?
  • se sua vida parou no tempo, que relógio a fez parar?
  • se seu bem-estar entrou em queda, o que aconteceu para a empurrar?
Pense, pense em tudo e no seu contrário sem ideias feitas e sem esquecer o que tem vindo a ignorar. 
Pense sem fulanizar!
 

15 maio, 2025

RAIMUNDO TAMBÉM TEM ESTA FACETA...

IN MEMORIAM: JOSÉ MUJICA (1935-2025)

O Pepe Mujica, partiu e deixo palavras dele publicadas por mim, aqui, com o título que agora repito:

JURO QUE NÃO FUI EU QUEM ESCREVEU ESTE TESTEMUNHO DE MUJICA (mas até parecia...)



Na verdade, há muita gente a dizer o que Pepe Mujica veio dizer.
Só que Mujica disse como eu diria!

11 maio, 2025

REDACÇÕES DO ROGÉRITO - 61 (quando for crescido meu voto está garantido)

Tema da redacção: As eleições de domingo

A stôra deu-nos um tema à escolha e eu que gosto de estar na moda escolhi as eleições pois a televisão não se cala e é só disso que fala até para me interrogar a mim próprio porque é que já houve tanta gente a ir pôr aquele papelinho com cruzinha lá na caixinha e agora passado tanto tempo muita dessa gente fica em casa ou a preencher a raspadinha lá no café da esquina a comentar em tertúlia viva que as
eleições deixaram de poder influenciar a vida de quem trabalha a começar pela vida da stôra que tem andado sisuda e desencantada da vida pois o seu salário embora tenha engordado não acompanha a alta da renda que ela paga nem a subida do preço da gasolina nem o preço dos ovos estrelados que cada vez estão mais caros.
Mas não é só a stôra que suspira desencantada da vida também o meu vizinho do lado que na vida já foi operário e agora está velho e
reformado até grita por maldita vida pois a reformazita nem dá para mandar cantar um cego a ele que andou na Sorefame a construir carruagens e agora se quer ir de Paço de Arcos a Lisboa vai ter de ir
de pé pois não há lugares sentados e os comboios estão cada vez mais raros.

Quando eu for crescido meu voto está garantido mas para já só vos digo que como vou ser trabalhador formiguinha jamais votarei no insecticida.

Rogérito

NOTA: No Jornal de Paço de Arcos, vai ter uma página quase assim

08 maio, 2025

A GREVE E... O RESTO

...se não tiver efeitos, qual é o objectivo da greve?

Filipe Tourais: 
"Luís Montenegro diz que tem um país cheio de maravilhas para oferecer a quem queira retribuir presenteando-lhe o voto. Não é o país dos comboios. Estão parados. Os trabalhadores da CP estão fartos de ser gozados por governantes que poupam nos seus salários. Estão e estarão em greve. 
Também não é o país da Saúde. O país da Saúde também está parado, em greve nuns casos, com urgências paradas noutros. A greve é por melhores condições de trabalho, compatíveis com um SNS que funcione todos os dias. 
E também não é o país do crescimento económico, nem o país da Habitação, nem o país da Educação. Todos eles estrebucham pelos mesmos motivos que pararam os comboios e motivaram a greve na Saúde. 
Será o país dos espertalhaços. O país dos favores. Nenhum trabalhador da Spinunviva está em greve."

NOTA: ESTE TEXTO FOI ROUBADO À "OUTRA MARGEM

 

04 maio, 2025

REDACÇÕES DO ROGÉRITO - 60 (em Dia da Mãe)


 Estranhamente a stora nunca nos pediu uma   redacção sobre o dia da mãe pois que a dela seria também Mãe querida mãe querida O melhor que a gente tem Não há outro amor na vida Igual ao amor de mãe e como ela só nos pede para fazer redacções sobre o dia do pai ou ela é órfanzinha ou mãe dela é uma galdéria e o amor por sua mãe já morreu dentro dela.

Mas escrevendo agora sobre o dia da mãe claro que teria de haver mães porque senão não fazia sentido haver pais nem havia dia mundial da criança pois não haveria a reprodução da espécie e a humanidade já tinha ido para o caraças o que está em risco de acontecer pois são cada vez mais as mães que dizem adeus aos filhos a partir para a guerra de onde regressam apenas no dia de são nunca mais.

Não quero acabar sem deixar uma palavra celebrando a memória de minha querida mãe e de uma outra mãe querida que também já partiu desta vida e deu à luz três lindas filhas.

Ó minha mãe Minha mãe Ó minha mãe minha amada Quem teve uma mãe teve tudo Quem não teve mãe não teve nada!

Me assino 
Rogérito


03 maio, 2025

E PELA CULTURA, TAMBÉM SE LUTA!


E porque se clicar no "ver mais" pode não ver coisa nenhuma, transcrevo o texto:
"O concerto teve a participação de vários músicos convidados, actuais e antigos alunos e professores encheram a Casa do Alentejo, em Lisboa, em defesa de um espaço digno e com condições necessárias ao ensino artístico, no centro de Lisboa. Esta instituição centenária tem actualmente mais de 300 alunos dezenas de professores e trabalhadores que fazem um trabalho de excelência na área do ensino artístico. O PCP e a CDU acompanha e tem intervindo, nos últimos três anos, na CML, na AML e na Assembleia da República para se encontrar uma solução definitiva para a Academia, uma vez que o seu edifício histórico tem como futuro a consequência da política de especulação imobiliária que reina na cidade de Lisboa e no país.

01 maio, 2025

INCRÍVEL: NESTE 1º DE MAIO FUI TESTEMUNHA DE HABILIDOSA MANIPULAÇÃO!


Porque um octogenário já não é aquilo que já foi, não participei na manifestação celebrando a data.
(mas estive na Fonte Luminosa...)

Aí, testemunhei como habilidades muito hábeis foram manipulando um jornal que merece mais circulação!
Já viram?
... e vejam, também, aquilo que eu perdi
https://www.flickr.com/photos/cgtp-in/albums/72177720325802434/with/54489774181

23 abril, 2025

SE EU FOSSE CARDEAL, VOTAVA... AGUIAR


Por tudo isso, repito: Sinto-me... Aguiar! 
E acrescento: o bispo segue Francisco e, ao considerar "todos, todos, todos", não exclui o meu Partido!

E quanto a eleições, dizia ele a propósito de outras (já passadas), como se falasse das próximas:
"Não sei o que vai acontecer. Estamos aqui perante situações muito sensíveis e muito importantes, e é por isso que a Igreja tem de estar metida [na política] e os cidadãos, os católicos, os cristãos. As pessoas têm de estar envolvidas na política, porque a gestão da coisa pública é da responsabilidade de todos nós. Não podemos assobiar para o ar, enterrar a cabeça na areia e esperar que no dia 10 metade dos portugueses decidam aquilo que é responsabilidade de todos os portugueses"

21 abril, 2025

HOJE, NO DIA DA SUA MORTE, VOLTO A SENTIR-ME FRANCISCO!

Faço um apelo aos crentes:
JUNTEM UMA LÁGRIMA MINHA, 
ÀS VOSSAS ORAÇÕES
E sobre o que Francisco tem dito, enquanto vivo, relembro isto:

Na recepção institucional promovida pelo Presidente da República, no CCB, perante uma plateia onde se faziam representar os principais dirigentes políticos nacionais, membros do Corpo Diplomático e personalidades de áreas diversas, o Sumo Pontífice falou do nosso País, da forma como está a acolher a Jornada Mundial da Juventude e dos que «na sociedade portuguesa se preocupam com os outros, nomeadamente a Igreja». Em particular, referiu Lisboa, não apenas enquanto «cidade do encontro que abraça vários povos e culturas», mas a cidade de um oceano que «não liga apenas povos e países, mas também terras e continentes».

«No oceano da história, estamos a navegar num momento tempestuoso e sente-se a falta de rotas corajosas de paz», referiu o Papa, questionando a Europa: «para onde navegas, se não ofereces percursos de paz, vias inovadoras para acabar com a guerra na Ucrânia e com tantos conflitos que ensanguentam o mundo? Que rota segues, Ocidente? A tua tecnologia, que marcou o progresso e globalizou o mundo, sozinha não basta; e muito menos bastam as armas mais sofisticadas, que não representam investimentos para o futuro, mas empobrecimento do verdadeiro capital humano que é a educação, a saúde, o estado social». Uma Europa, coração do Ocidente, «que inclua povos e pessoas, sem correr atrás de teorias e colonizações ideológicas» e seja capaz de abrir «percursos de diálogo e inclusão, desenvolvendo uma diplomacia da paz que extinga os conflitos e acalme as tensões», sublinhou.

No seu discurso, Francisco definiu como tarefa prioritária «defender a vida humana, posta em risco por derivas utilitaristas que a usam e descartam», questionando «o descarte dos idosos, os muros de arame farpado, as mortandades no mar e os berços vazios», para além da oferta de «remédios rápidos e errados como o fácil acesso à morte».

O Papa referiu-se também a «uma triste fase descendente na curva demográfica», sublinhando que «a boa política pode fazer muito neste sentido», se for chamada «a corrigir os desequilíbrios económicos dum mercado que produz riquezas mas não as distribui, empobrecendo de recursos e de certezas os ânimos».

Ainda a propósito de Lisboa, sublinhou o facto de aqui ter sido assinado o Tratado de Lisboa, de uma União que «tem por objetivo promover a paz, os seus valores e o bem-estar dos seus povos», mas também o de contribuir «para a paz, a segurança, o desenvolvimento sustentável do planeta, a solidariedade e o respeito mútuo entre os povos, o comércio livre e equitativo, a erradicação da pobreza e a proteção dos direitos humanos». 

Uma das personalidades presentes no Centro Cultural de Belém foi Paulo Raimundo, para quem o discurso do Papa Francisco tem um «significado na condenação das injustiças, das desigualdades, da guerra, dos problemas ambientais, das dificuldades e da precariedade que muitos jovens enfrentam», não estando desligadas «das opções e do caminho traçado pela União Europeia». O secretário-geral do PCP, para além das «preocupações com a justiça social e o apelo à paz», destacou ainda «a esperança no futuro enunciada pelo Papa, certamente não exactamente da mesma forma como nós o fazemos, mas que tem muita relevância».

20 abril, 2025

HOMILIA EM DOMINGO DE PÁSCOA (citando Brecht)

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Tudo o que é físico, visceral e orgânico tem regras
A nossa natureza ditou-as
---------------e o jogo continua
Todos os cinco sentidos obedecem
ao jogo determinado
ao apelo do olhar, ao chamamento do momento
Oferecer amêndoas
cumprindo a regra da quadra
é uma fuga ao jogo sem regras
Por isso, toque na oferta
pois a regra é tirar uma
e a regra do saborear
faz parte deste jogo manso
A alma?------Ah, meus amigos
se ela existe, vive na excepção
A minha, em cada momento
determina seus actos, contrariando todas as regras

Estranhem o que não for estranho. Tomem por inexplicável o habitual. Sintam-se perplexos ante o cotidiano. Tratem de achar um remédio para o abuso. Mas não se esqueçam de que o abuso é sempre a regra
Bertolt Brecht