«Antes de prosseguir qualquer argumentação, que me espanta ser ainda necessária, recomendo vivamente (...) a leitura do livro “Jovens e Educação Sexual. Contextos, Saberes e Práticas”. (...) Talvez a leitura deste estudo (...) tivesse sido importante para a tomada de decisão, antes de se vociferar chavões sobre “amarras ideológicas” e de se retirar, de forma quase total, a referência à sexualidade da educação formal dos jovens. (...) A educação sexual tem provas dadas no combate à violência no namoro, à gravidez na adolescência, à prevenção de doenças sexualmente transmissíveis, à homofobia. A violência doméstica continua a fazer vítimas mortais, é normalizada nas famílias e é na escola que se podem quebrar os ciclos de normalização destes comportamentos.
25 julho, 2025
ALEXANDRE, O PEQUENO ( ele, que Montenegro apelida de grande)
(post integralmente roubado ao "Ladrão..."
(...) Não surpreende completamente que, num arranque de legislatura em que praticamente todas as prioridades de Luís Montenegro sejam as mesmas da extrema-direita, este movimento irresponsável seja mais uma etapa da fusão integral das agendas do Governo com as dos radicais da direita antidemocrática. (...) Querem voltar aos tempos em que a pornografia era a única fonte de conhecimento dos jovens sobre sexualidade? É esse o modelo?
Prefere-se o empreendedorismo à educação sexual. Mas esquece-se que, muito dificilmente, uma adolescente grávida, uma namorada sistematicamente agredida, um jovem vítima de bullying pela sua orientação sexual ou um jovem adulto com HIV terão a liberdade para poderem criar o seu negócio, porque o seu tempo estará ocupado com as consequências daquilo que lhes foi amputado. As amarras ideológicas não estão numa escola que promove conhecimento e liberdade. Estão no atavismo e no retrocesso de uma proposta que pode amarrar muitos jovens a um futuro sem esperança, porque menos esclarecido e mais sofrido».
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Imagino quão delicadamente este assunto tenha de ser abordado quando o público alvo são crianças do ensino básico, mas acredito que a educação sexual pode e deve fazer parte do ensino curricular, sobretudo nos tempos que correm e em que, tanto quanto tenho lido e ouvido, os jovens iniciam cada vez mais cedo a sua vida sexual, quantas vezes sem a menor preparação para o fazerem conscientemente e sem terem conhecimento do enorme risco que são as DST.
ResponderEliminarUm beijinho da tua velha avó
Como se interroga no texto "Querem voltar aos tempos em que a pornografia era a única fonte de conhecimento dos jovens sobre sexualidade?
EliminarBjinho do neto-velho
Eu li tudo, neto meu. Bjs
EliminarA sexualidade é um tema muito importante e delicado.
ResponderEliminarPelas informações que tenho , parece-me que talvez se tenha iniciado o tema em idades demasiado precoces. E teria sido bom fazer uma formação específica à classe docente.
Dito isto, é uma estupidez retirar a educação sexual do Ensino e assim provocar um enorme retrocesso. Para cúmulo , substituindo-a por literacia financeira e afins, que não é nem de perto nem de longe o aspecto mais importante no desenvolvimento humano.
E, no entanto, o casal que proibiu as suas crianças de frequentar a disciplina ainda considera que o governo fez pouco. Espanta-me ( talvez despropositadamente, porque está nas mãos da Direita) que a comunicação social tenha questionado aqueles pais , mas tivesse ignorado completamente as restantes famílias.
Abraço preocupado, bom fim de semana.
Com esta acasalamento entre governo-imprensa, iremos de mal a pior!
EliminarAbraço igualzinho ao teu