21 abril, 2025

HOJE, NO DIA DA SUA MORTE, VOLTO A SENTIR-ME FRANCISCO!

Faço um apelo aos crentes:
JUNTEM UMA LÁGRIMA MINHA, 
ÀS VOSSAS ORAÇÕES
E sobre o que Francisco tem dito, enquanto vivo, relembro isto:

Na recepção institucional promovida pelo Presidente da República, no CCB, perante uma plateia onde se faziam representar os principais dirigentes políticos nacionais, membros do Corpo Diplomático e personalidades de áreas diversas, o Sumo Pontífice falou do nosso País, da forma como está a acolher a Jornada Mundial da Juventude e dos que «na sociedade portuguesa se preocupam com os outros, nomeadamente a Igreja». Em particular, referiu Lisboa, não apenas enquanto «cidade do encontro que abraça vários povos e culturas», mas a cidade de um oceano que «não liga apenas povos e países, mas também terras e continentes».

«No oceano da história, estamos a navegar num momento tempestuoso e sente-se a falta de rotas corajosas de paz», referiu o Papa, questionando a Europa: «para onde navegas, se não ofereces percursos de paz, vias inovadoras para acabar com a guerra na Ucrânia e com tantos conflitos que ensanguentam o mundo? Que rota segues, Ocidente? A tua tecnologia, que marcou o progresso e globalizou o mundo, sozinha não basta; e muito menos bastam as armas mais sofisticadas, que não representam investimentos para o futuro, mas empobrecimento do verdadeiro capital humano que é a educação, a saúde, o estado social». Uma Europa, coração do Ocidente, «que inclua povos e pessoas, sem correr atrás de teorias e colonizações ideológicas» e seja capaz de abrir «percursos de diálogo e inclusão, desenvolvendo uma diplomacia da paz que extinga os conflitos e acalme as tensões», sublinhou.

No seu discurso, Francisco definiu como tarefa prioritária «defender a vida humana, posta em risco por derivas utilitaristas que a usam e descartam», questionando «o descarte dos idosos, os muros de arame farpado, as mortandades no mar e os berços vazios», para além da oferta de «remédios rápidos e errados como o fácil acesso à morte».

O Papa referiu-se também a «uma triste fase descendente na curva demográfica», sublinhando que «a boa política pode fazer muito neste sentido», se for chamada «a corrigir os desequilíbrios económicos dum mercado que produz riquezas mas não as distribui, empobrecendo de recursos e de certezas os ânimos».

Ainda a propósito de Lisboa, sublinhou o facto de aqui ter sido assinado o Tratado de Lisboa, de uma União que «tem por objetivo promover a paz, os seus valores e o bem-estar dos seus povos», mas também o de contribuir «para a paz, a segurança, o desenvolvimento sustentável do planeta, a solidariedade e o respeito mútuo entre os povos, o comércio livre e equitativo, a erradicação da pobreza e a proteção dos direitos humanos». 

Uma das personalidades presentes no Centro Cultural de Belém foi Paulo Raimundo, para quem o discurso do Papa Francisco tem um «significado na condenação das injustiças, das desigualdades, da guerra, dos problemas ambientais, das dificuldades e da precariedade que muitos jovens enfrentam», não estando desligadas «das opções e do caminho traçado pela União Europeia». O secretário-geral do PCP, para além das «preocupações com a justiça social e o apelo à paz», destacou ainda «a esperança no futuro enunciada pelo Papa, certamente não exactamente da mesma forma como nós o fazemos, mas que tem muita relevância».

17 comentários:

  1. Não vai ser fácil encontrar um sucessor digno deste Francisco, não vai, não...


    Abraço triste, neto meu

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    1. Fácil, fácil não será
      mas estou certo
      que o Vaticano não será
      aquilo que já foi

      Abraço teste teu neto optimista

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    2. Prefiro nem me pronunciar sobre o Vaticano, neto meu. Não tenho dele a melhor das impressões e quase me atreveria a apostar que Francisco também a não teria...

      Outro beijinho triste

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  2. Ora te sentes Francisco... Ora te sentes Saramago.
    Quando te sentes Rogério Gonçalves Pereira,
    melhoras ou pioras o teu sentir?
    Sim, porque igual não ficas, pois não?

    Beijinhos.

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    1. Ora é isso mesmo
      Quanto a Gonçalves... ainda um dia espero me sentir Vasco
      Se não fico igual? Claro que me sinto diferente
      mas percorrendo o mesmo caminho... sempre em frente

      Beijinho deste Guerreiro,
      que também é Vidal e termina em Pereira

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  3. Estás com dificuldade em te identificares, Rogério? : )
    O que me vem à mente é o transtorno dissociativo de identidade... : ) Estou a brincar com coisas sérias... Sorry!!

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    1. Se tal parece
      é porque minto bem
      mas...
      Eu sou cada vez mais Eu
      Minha Alma é cada vez mais ela própria
      apenas o Meu Contrário (que é meu juízo) se identifica com o juízo de quem Minha Alma admira.
      (sei que isto é areia demais para a camioneta da Sanita...)

      Adoro brincar com coisas sérias!

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    2. Mais cedo ou mais tarde as pessoas que se debruçam demais sobre o seu umbigo, acabam por se revelar!
      Que triste e apalermada resposta, totalmente fora do contexto, deste à Catarina...
      Por acaso já calibraste a capacidade da 'minha camioneta'?
      Quanto à sanita, talvez seja lá que desagua a importância que te dou...

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    3. Janita, se Francisco fosse vivo
      não gostaria
      de te ouvir dizer isto

      Beijinho

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  4. Teresa Palmira Hoffbauer21 de abril de 2025 às 19:04

    Vamos falar sobre o sucessor do Papa:

    „Tolentino Mendonça é o candidato com sangue português. Nasceu na Madeira e com 59 anos é o candidato mais novo ao maior cargo na Igreja Católica.
    A vida do cardeal ultrapassou as fronteiras portuguesas, uma vez que parte do seu percurso foi também vivido em Angola.
    Entre a poesia e peças teatrais, o candidato nomeado em 2019 cardeal, é considerado um artista com um ângulo mais liberal para o catolicismo. Em 2020, foi nomeado pelo Papa Francisco Pontifício do Conselho para a Cultura.“

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    1. Fosse eu cardeal
      e votaria em Tolentino

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    2. Teresa Palmira Hoffbauer22 de abril de 2025 às 07:10

      Tolentino
      Tenho o maior respeito pelo cardeal Tolentino. Contudo, não tendo qualificações de "vaticanólogo", interrogo-me sobre se a insistência da nossa comunicação social no nome do cardeal português como "papabile" tem algum fundamento sólido, para além de "wishful thinking" patriótico.

      By Francisco Seixas da Costa

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    3. Teresa, obrigado pelo aviso do Seixas Costa. Assim sendo, mudo o sentido de voto e se cardeal fosse meu voto iria para o nosso Américo...
      e as razões prendem-se, desde logo, com o nome AMÉRICO!

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    4. No mais global Conclave vão sentar-se, lado a lado, cardeais com profundas diferenças pastorais e de mundividência, mas a origem geográfica não terá tanta relevância.
      O teu cardeal Américo não faz parte da lista dos candidatos.
      Tolentino é o meu favorito: liberal, intelectual, poeta.

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