30 abril, 2023

HOUVE UM DIA EM QUE PUBLIQUEI ESTA HOMILIA (Sim, era domingo dia da "minha missa")

Houve um tempo em que todos domingos publiquei uma homilia, citando Saramago. Foram mais de uma centena, semanas a fio, em cada domingo. Hoje recordo esta:
 

 HOMILIA DE HOJE
"Tive um sonho aos sete ou oito anos, que consigo recordar como o sonhos mais belo de toda a minha vida. Era um riacho, uma corrente de água, muito transparente, muito límpida; no fundo, umas pedrinhas pequenas, muito brancas; de um lado, numa margem, um campo, um campo de erva; do outro lado, outro campo de erva; e, ao fundo, bosques. Eu, nu, dentro de água, corria em direcção à fonte. Era uma viagem linda. Gostaria de voltar a sonhá-lo..." 
José Saramago (retirado daqui)

29 abril, 2023

AS NOSSAS CANÇÕES DE ABRIL E O TAL ALMOÇO COM OS "CAPITÃES DE ABRIL"

A minha querida amiga Lídia Borges "obrigou-me" a emendar a mão: as canções que tenho vindo a referir como minhas não devem por mim serem apropriadas, são nossas. 

Como tenho vindo a anunciar, estive hoje a convite da Associação 25 de Abril e da Rede de Cidadania de Oeiras no almoço celebrando Abril, no meio de muitos que o fizeram. A anteceder o almoço, Mário Simões Teles, à data, Capitão de Mar e Terra e dirigente daquelas associações, fez uma incisiva intervenção caracterizando a complexa situação que estamos vivendo. 

A assistência era plural e diversa, desde a "DESENHANDO SONHOS", a Evoluir Oeiras, a Vamos Salvar o Jamor, a Espaço e Memória e a MAPA.

No fim, a iniciativa foi encerrada com aquela histórica e nossa canção.

Eu juntei a minha voz, a todas aquelas que se juntaram (eu, mais ou menos a meio, estou levantado a recolher imagens...)

 

AS MINHAS CANÇÕES DE ABRIL - III

 

 Todas as palavras que poderia acrescentar, servirá apenas para vos distrair... é mesmo só para ouvir!
(hoje participei num almoço com os "capitães de Abril", quando tiver imagens, publico)

28 abril, 2023

AS MINHAS CANÇÕES DE ABRIL - II


Eis uma canção, outra, de Chico Buarque,  desta feita interpretada por Georges Moustaki. A primeira vez que a ouvi então entendi como Abril tocara fundo a tantos povos do Mundo. E arrepiei-me. 

Georges Moustaki (Alexandria, 3 de maio de 1934 - Nice, 23 de maio de 2013), nascido Giuseppe Mustacchi, foi um compositor e  cantor francês.

Nascido no Egito, de pais judeus gregos originários de Corfu, cresceu em um ambiente multicultural (judeu, grego, italianoárabe, francês) e cedo se apaixonou pela literatura e pela canção francesas - particularmente por Édith Piaf.

Transfere-se para Paris em 1951, onde trabalha como jornalista e depois barman em um piano-bar, o que o leva a conhecer personalidades do mundo musical da época, como Georges Brassens, que terá grande influência sobre sua carreira e de quem adota o nome. 

Em 1958, encontrará Édith Piaf. Para ela escreverá uma das suas canções mais conhecidas - Milord - e com ela viverá um rápido e intenso romance. 

Em 1974, em homenagem à Revolução dos Cravos, gravou a canção Portugal, versão do Fado Tropical de Chico Buarque e Ruy Guerra, composta dois anos antes para a peça Calabar.




27 abril, 2023

O DIA 27 DE ABRIL, CELEBRANDO A DATA EM QUE OS PRESOS DE CAXIAS FORAM LIBERTADOS, LOGO APÓS A REVOLUÇÃO DO 25 DE ABRIL


Hoje estive em Caxias assistindo à iniciativa. Ia contar-vos, tim-por-tim-tim aquilo a que assisti e descrever a emoção transmitida por tudo aquilo que foi ali evocado. Contudo, ao ouvir a intervenção do meu ex-colega do ISEL (na altura, ainda Instituto Industrial de Lisboa) e meu camarada de sempre, desisti e pedi-lhe que me enviasse o texto. Eis o seu discurso:

Caros Amigos, Senhoras e Senhores

Hoje, como temos feito, assinalamos a libertação dos presos políticos, na madrugada do dia 27 de Abril de 1974. 

Um ano antes, na campanha eleitoral de 1973 fui preso, e para esta prisão enviado juntamente com cerca de três dezenas de democratas e antifascistas da CDE (Comissão Democrát. Eleitoral) por distribuirmos nas ruas de várias localidades do Distrito de Lisboa um apelo ao voto. 

Nessa ocasião, em plena época eleitoral, num período em que Marcelo Caetano queria mascarar a sua política repressiva, com o permitir a realização de eleições, estas prisões, deram brado especialmente na Comunicação Social estrangeira dado que, em Portugal, a censura, que passou a ser denominada de exame prévio, não permitia a divulgação destes acontecimentos. 

A PIDE que, tal como a censura, mudou de nome, não mudando de objectivos, meios e formas de repressão, passou a designar-se DGS – Direcção Geral de Segurança.
O Forte de Caxias, foi a prisão por onde passaram mais mulheres e também celebrizada pela fuga de um grupo de prisioneiros comunistas que fugiu num carro blindado de Salazar que fora oferecido por Hitler. 

Foi neste forte que estive preso, a meses do 25 de Abril de 1974.

Do pouco tempo que lá estive, recordo com mais emoção a solidariedade entre os presos, ao ponto de, perante as manifestações de apoio das nossas famílias e muitos democratas e antifascistas, no exterior, a PIDE querer libertar alguns de nós de forma discreta, isolada e espaçadamente. 

Logo foi espalhada a palavra de ordem; ou saímos todos ou não sai ninguém! E assim acabou por acontecer. 

Não saiu ninguém e, mais tarde, acabámos por sair todos juntos.

Recordo, desses dias na cela, ver das janelas pessoas ao longe acenando, carros buzinando em saudação e manifestações de solidariedade para com os presos. Sabia, por ter ido muitas vezes visitar ou acompanhar famílias nas visitas, que do lado de fora, se viam nas janelas fortemente gradeadas, os braços de prisioneiros que se agitavam. 

 

Apesar do isolamento a que estávamos submetidos, verificava que havia formas de se obterem informações que, embora escassas partilhávamos muito cuidadosamente, no recreio e nos contactos que tínhamos uns com outros.

Senti no ambiente que havia, uma grande confiança em todos os que fomos presos. Éramos muitos e entre nós havia bastantes candidatos às eleições que o regime apresentava como eleições livres. 

Vi que nos Pides havia nervosismo e alguma desorientação ou insegurança. Exigimos a presença de Advogados nos interrogatórios o que, contra todas as nossas expectativas, acabou por acontecer.

Provavelmente adivinhavam que o regime estava enfraquecido e com pouca esperança de vida. As prisões de um grupo tão elevado de pessoas incluindo muitos candidatos a deputados da Assembleia Nacional, em tempos de uma campanha eleitoral, não lhes augurava bons resultados. 

O Forte de Caxias é mais um símbolo, para nós inesquecível, da luta que ex-presos políticos e muitos democratas e anti-fascistas tiveram e, por isso, queremos que este período negro da nossa história, não seja hoje esquecido, como coisa sem importância, para que as novas gerações compreendam os sacrifícios porque passaram, não só quem aqui esteve preso, mas toda a população trabalhadora do país que viveu reprimida e pobremente. 

A liberdade que hoje temos foi uma liberdade conquistada, e terá que ser defendida. 

O Forte de Caxias tal como Peniche, Tarrafal, Aljube, a cadeia da PIDE do Porto, e tantas outras prisões espalhadas pelo país, e nas antigas colónias, em territórios inóspitos, de Guiné e Angola a Timor e, muitas outras prisões, em postos da GNR e da Policia que mantiveram presas muitas pessoas e especialmente trabalhadores, operários e camponeses que defendiam seu direitos, a melhor vida, são todas elas, símbolos de um sistema de várias formas repressivo que foi vencido na Revolução de Abril. 

Como já referido, Portugal foi uma imensa prisão, onde se viveu durante muitos anos, com mêdo, sem liberdade e de onde muitos milhares de portugueses fugiram, clandestinamente, para emigrar quer para trabalhar no estrangeiro, quer para escapar à miséria, à guerra, à perseguição da PIDE e à repressão. 

O fascismo foi vencido mas não está “morto e enterrado”, espreita novas oportunidades para dominar e explorar como no passado. 

Hoje as ameaças são reais e, as novas gerações que não conheceram esse passado, as situações que vivemos, precisam de conhecer e compreender a história para não se deixem iludir por saudosismos falsos ou contos, não de fadas mas, de lobos vestidos com pele de cordeiro. 

Neste dia 27 de Abril, em 1974, dois dias após a gloriosa Revolução, foram libertados os presos políticos que, pela sua coragem e sacrifício - tal como o de muitos antifascistas, - ajudaram a alargar a luta pela liberdade. 

Nesta luta não esquecemos também a Comissão de Socorro aos Presos Políticos, que muito apoiou não só os presos como a suas famílias e, mais tarde, já neste Portugal de Abril, deu origem à URAP que tem vindo a fazer um imenso trabalho de recolha de informação, desses tempos, base essencial para a nossa História. 

É também preciso reconhecer a contribuição da Câmara Municipal de Oeiras, do seu Departamento Cultural, pelas diversas iniciativas que tem tido connosco para que a memória destes tempos não se perca e seja conhecida por todos e em especial pelas novas gerações.  

A URAP continua a sua acção de pesquisa de todos os documentos que ajudem a fazer a História do fascismo. Realçamos que, por iniciativa da Câmara Municipal de Oeiras e da URAP foram gravadas entrevistas a ex-presos políticos do Forte de Caxias – num trabalho que vai continuar – para memória futura e, sobretudo, para que as famílias e professores, possam preservar a nossa História e transmiti-la aos jovens estudantes. 

Este trabalho pelo registo e divulgação das memórias, para que nunca mais se repitam tempos como estes, da ditadura fascista de Salazar e Caetano, tem tido a contribuição de muitos que também não devem ser esquecidos. 

Deve ser também referida a cooperação que tem havido com a Associação 25 de Abril, nomeadamente nas cerimónias de homenagem aos Libertadores e Libertados.

Falta um ano para as comemorações dos 50 anos da Revolução de Abril. Temos que fazer dessas comemorações mais uma luta para que a Democracia e a Liberdade, valores que custaram muito a conquistar, continuem a ser defendidos.

O sonho de um mundo melhor porque lutámos não está cumprido, foi parcialmente suspenso. 

Por isso, a luta continua, todos os dias, em casa, no trabalho e na rua, para que não mais voltemos a sofrer o que sofremos, não da mesma forma - certamente - mas, mesmo com formas mais ou menos habilidosas ou discretas, não nos possam retirar a liberdade alcançada e impedir de lutar por um futuro melhor, diferente deste presente, em que os portugueses empobrecem a trabalhar. 

A luta continua!

25 de Abril Sempre, fascismo nunca mais!

Caxias, 27/04/2023

 

 

 


 

26 abril, 2023

AS MINHAS CANÇÕES DE ABRIL - I

 

 Palavras para quê? A canção diz tudo o que poderia mais dizer?
 (a escolha de Chico Buarque, que só ontem recebeu o Prémio Camões, não foi escolha à toa)
E antes de Tanto Mar ouvimos outra canção que guardo na memória e no coração!

25 abril, 2023

"Continuar a construir Abril, todos os dias, nos pequenos e nos grandes gestos é o que nos resta."

Um comentário da minha querida amiga Lidia Borges deixado no meu post anterior dá titulo a este, editado agora. 

Não podia estar mais de acordo pois e é isso mesmo que venho fazendo, na qualidade de membro da direcção da Associação Desenhando Sonhos. O vídeo que vos trago ilustra isso, num conjunto de iniciativas que levou, em 2019 às escolas de Oeiras, a memória que os jovens não conseguem ter na actualidade. 

Este ano regressamos a essa dinâmica e, na passada sexta-feira foi montada a exposição que o vídeo abaixo tão bem detalha. Amanhã mesmo, de manhã, tal exposição vai ser montada numa outra escola e aguardo a confirmação de uma terceira.

Ah, como é gratificante esta actividade intergeracional!

Hoje, as celebrações foram um passo importante e registo, com agrado, a crescente participação das novas gerações na grande manifestação que desceu a Avenida da LIBERDADE!

22 abril, 2023

REDACÇÕES DO ROGÉRITO (reeditado) - "DIA DO PAI"


Hoje é dia do pai e a stora pediu que eu fizesse uma escrita em que reflicta porque é que eu acho que esta data é tão bonita e ela sugeriu que escrevesse sobre o significado do dia e é disso que eu vou escrever prometendo não divagar sobre o que pensaria e os palavrões que diria o senhor Anacleto lá da loja da esquina se o dia do pai não der para facturar aquelas bujigangas todas e mais os cartõezinhos cheios de desenhinhos de pais e de meninos mas também de pais com meninas pois ele sabe escolher a mercadoria em conformidade com a sua freguesia e se assim não fosse o senhor Anacleto seria apontado por não respeitar a igualdade de género.

Eu gosto muito do dia do pai pois se não houvesse dia do pai também não podia haver dia da mãe nem do avô nem da avó o que era muito mau para todas as crianças que assim teriam de ser todas institucionalizadas.

Mas o que eu gostava muito é que juntassem o dia da mãe com o dia do pai porque assim podia acontecer que ao festejarem pudesse haver mais meninos a nascer coisa que não vai acontecer se continuarem a separar os pais das mães e é por isso que há muitos divorciados.

Rogérito

21 abril, 2023

A 2ª EDIÇÁO DO MEU LIVRINHO... JÁ VEM A CAMINHO!


É verdade, a reedição do meu livrinho vem a caminho! A 1ª edição esgotou com a oferta, do último exemplar, aos netos do Presidente dos Bombeiros Voluntários de Oeiras, na expectativa que a sua neta mais velha conte um conto aos irmãos mais novos... 


Como já antes referi, houve troca da editora, que passou a ser a Câmara Municipal de Oeiras a qual aceitou financiar toda esta nova edição. Tenho quase garantida a distribuição em todas as escolas do Município. Vai ser tão giro, voltar a sentir rodeado de crianças pequenitas ansiosas de ler, de ouvir contar os meus "Contos para serem contados". 


20 abril, 2023

...E O BLOGGER APERTA O CERCO.... TENTO, TENTO E... NÃO ENTRO


 Hoje aconteceu o que nunca tinha acontecido, ao querer entrar apareceu-me uma tela assim, como esta. Fiz uma tentativa escrevendo os caracteres que o blogger mandava e nada. Depois, repeti escrevendo outros caracteres que apareciam. Repeti e repeti e repeti e não saí daqui! Depois de me censurar uns quantos posts e de me impedir, sucessivamente, de ir comentar os posts de gente amiga, que muito me estima. Estou num cerco muito apertado. Acho que vou desistir de tudo isto!

Quem me salva?

17 abril, 2023

PORTUGAL: UMA DIVERSIDADE BEM PLURAL




 Portugal apresenta na sua cultura, na sua gastronomia, na sua expressão comunicacional uma diversidade assinalável. Um só povo, mas muitas comunidades diversas e plurais. Temos uma só língua mas muitas e diversas pronúncias. Por vezes assim me defino: Minha Alma Celta; Meu Coração Luso; Meu Sangue Mouro. E talvez isso explique tudo. O (excelente e divertido) vídeo, embora polarizado num só arquipélago, ilustra bem isso ao fazer a ponte com o sul e com o norte!

16 abril, 2023

UMA BELA FOTO TIRADA PELA MINHA NETA MAI-VELHA


As minhas lindas e queridas! À minha frente, as minhas filhas: da minha mai-velha à mai-nova, passando pela minha-do-meio (que está no centro) e no plano dianteiro a minha neta mai-nova. Que tal? Nada mal!

Ontem, foi um dia como há muito não tinha, lá na quintinha, rodeado de toda a família, no dia 54ª aniversário do meu genro que com a minha mai-velha é casado. Que dia extraordinário!

Que bela terapia, saí de lá quase curado!

13 abril, 2023

ASSINE A PETIÇÃO!





Petição pública “Nenhuma mulher portuguesa com cancro do ovário deixada para trás”
MOG apela aos portugueses para se unirem em defesa de todas as mulheres com cancro do ovário

O Movimento Cancro do Ovário e outros Cancros Ginecológicos (MOG) tem em curso uma petição pública “Nenhuma mulher portuguesa com cancro do ovário deixada para trás”, com o objetivo de levar à discussão em plenário, na Assembleia da República, os constrangimentos que as mulheres portuguesas enfrentam no acesso à inovação terapêutica. A petição pode ser lida e assinada aqui. A MOG pretende entregar a petição no Parlamento antes do Dia Mundial do Cancro do Ovário, que se assinala a 8 de maio.

“Em pleno século XXI, não é aceitável que as mulheres portuguesas que enfrentam um cancro do ovário não tenham acesso aos mesmos cuidados e tecnologias de saúde que todas as outras mulheres que vivem no espaço europeu. No entanto, é isso que acontece. Apelamos a todos os portugueses que se juntem a nós nesta causa e nos ajudem a sensibilizar os órgãos de soberania para esta injustiça. Cada dia que passa, é um dia que faz a diferença em quem vive com esta doença”, defende Cláudia Fraga, presidente da MOG e sobrevivente de cancro do ovário. “Neste momento, há mulheres a morrer porque não têm acesso a um tratamento que está acessível noutros países da Europa e isso não é aceitável”, conclui Cláudia Fraga.

O cancro do ovário é o sétimo tipo de cancro mais comum entre as mulheres, com cerca de 314 mil novos casos por ano. É a quinta causa de morte por doença oncológica entre as mulheres, sendo o cancro ginecológico com maior taxa de mortalidade.


11 abril, 2023

A TODOS OS MEUS AMIGOS/AMIGAS

Suponho que já um dia foram à Quinta da Atalaia, à Festa, aquela que não há outra como ela. 

Vão e levem as vossas crianças, eu estarei nesse Espaço que lhes é dedicado, a voltar a apresentar o meu livrinho "Contos Para Serem  Contados", desta vez em 2ª edição.

Tenho EPs comigo. O EP significa Entrada Permanente, agora também chamado "Título de Solidariedade", para quem não possa ir mas aceita dar uma contribuição ao meu Partido.

Tem o meu contato, ligue-me de seguida. Se não já, que seja agora 😉.



09 abril, 2023

BOA PÁSCOA E NÃO ESQUEÇA...ALWAYS LOOK ON THE BRIGHT SIDE OF LIFE



Tenho, desde sempre e hoje mais uma vez, assinalado este dia pela parte que a muitos esquece. Mas tal insistência, embora já canse, não desisto dela. Cá vai:
Se Israel condiciona a população de Gaza a visitar Jerusalém durante as comemorações da Páscoa,  não ligue a nada.
always look on the bright side of life
Se agora, tal como já aconteceu, a NATO está em vias de «melhorar a rapidez e a capacidade letal das forças norte-americanas na Europa» e isso significa ter a guerra à porta, que importa? 
always look on the bright side of life
Se este mês, tal como no passado, recebeu magro salário, e ainda assim não tem emprego assegurado, deixá-lo. 
always look on the bright side of life
Se ontem, tal como no outro dia, soube de gente faminta, siga.
always look on the bright side of life
Se neste ano, tal como no ano passado, centenas de bombas terão rebentado, passe ao lado.
always look on the bright side of life
Se cada vez mais menos se liga  no Direito Internacional, qual o mal?
always look on the bright side of life
Se há está instalado o medo de tudo e de nada, do pequeno comércio à venda de estrada e você vê reduzir o seu pé-de-meia, esqueça talvez nada aconteça
always look on the bright side of life

Se há milhões de crucificados neste dia...
Diga aquela frase cínica "É a vida"...
... e olhe sempre pelo lado bom que ela tem ainda.

Rogério Pereira

E

08 abril, 2023

E VAI-SE APERTANDO O CERCO A TUDO QUE AQUI PONHO E ESCREVO...

 É verdade vai-se apertando o cerco a tudo que aqui ponho e escrevo! A blogosfera entrou em conluio com as redes sociais: nada do meu blogue entrava diretamente na minha página do Facebook já há muito que assim era... agora, recentemente, o blogger impede-me de comentar (quase) toda a gente amiga. Até na minha própria página estou impedido de o fazer... uma lástima, podem crer.

E como se tal não bastasse, agora até me censuram publicações. Ah pois!

O blogger não aceita que me confesse um "desenhador de sonhos" nem qualquer referência aos "cravos que Abril abriu" nem outras referências aos meus atos de cidadania. 

Não acreditam? Querem a prova? Ora vejam...




07 abril, 2023

"ELI, ELI, LAMA AZAVTTANI?"


"Eli, Eli, lama azavtani?"- A frase faz parte da Bíblia. Parece, mais que um lamento, um grito nesta sexta-feira Santa em que se celebra o momento em que Jesus passou a ser Cristo e o Mundo perdeu a fé que tinha nas pedras, até elas, abandonadas pelo Pai.

06 abril, 2023

HOJE, BORREI-ME TODO E... NÃO, NÃO FOI DE MEDO!

 Quando simpaticamente me cumprimentam e questionam "Então, como é que isso vai?" tenho respondido, invariavelmente "Tudo vai bem, exceto o que vai mal!" mas, a partir de hoje, vou inverter e passar a responder "Tudo vai mal, exceto o pouco que vai indo bem!". É que hoje borrei-me todo e não foi de medo. Com medo, fiquei depois de me ter borrado.

É que quase tudo parecia estar a melhorar, mas agora, as sequelas são muitas: desde a incontinência urinária, à perda de ereção, soma-se agora a incontinência fecal. Que tal?

Estou na merda!

Vou pedir à minha médica de família que me passe análises e de seguida marco consulta com o meu urologista. O ânimo é o resto que me resta... e não é pouco!

03 abril, 2023

ASSIM NOS QUEREM...

Assim nos querem... calados, cegos, surdos e mudos, alheios a uma situação que, dia-a-dia, se degrada. Contudo, nem nos calamos, nem deixamos de ver e sentir, nem de lutar. Esta realidade tem mesmo que mudar! E aos que dormem, cantemos para que acordem!

02 abril, 2023

Ó MAR SALGADO!


Ó MAR SALGADO

Ó mar salgado
Quanto do teu sal
são lágrimas
que tenho, por ela
andado a chorar?

Contudo, ó mar
Ao ver-te assim tão calmo
Ao ouvir, na praia
A elevada algazarra 
De tanta criançada
Chegou-me uma elevada
e terna calma

Se paro 
meu pranto?
Como parar
se a sua ausência
veio para ficar?

Rogério Pereira

01 abril, 2023

UMA TARDE MEMORÁVEL EM QUE CONHECI, EM TODA A SUA DIMENSÃO A SÍLVIA MOTA LOPES (A ILUSTRADORA DO MEU LIVRO, QUE PASSO A DESIGNAR POR NOSSO)


A foto de cima mostra os tantos (e bons poetas) presentes na apresentação, não do nosso livro, mas do dela. "Túnica Intima", seu último livro, dá a conhecer a faceta poética da Sílvia Mota Lopes. Na foto figura, também, quem juntou à poesia, o afinado trino de uma guitarra acompanhando uma bela voz, em canto lírico.

Na foto, com a Sílvia, a minha expressão trai o meu sentir... devia estar a esboçar um largo sorriso.

Tarde memorável, esta!