31 julho, 2020

Canções para o desconfinamento - 24

Quando uma interpretação
dá ainda mais sentido à canção

Obrigatório ver
ouvir e ler

O que lhe dói...

O que lhe dói é que pense que o pudesse fazer
O que lhe dói é que não tenha argumento que a desdiga
O que lhe dói é a dor que sente, por sua amiga
o acusar de o ter feito
sem que aceite seu desdizer

Acontece
mas não devia acontecer

30 julho, 2020

5 Leis Fundamentais da Inteligência Humana


Li, num blogue que muito prezo , que que existem 5 leis, ditas fundamentais, da estupidez humana.
Contestei.
Primeiro, porque a estupidez não existe no cérebro do ser humano, como posso provar por milhentas rogériografias aplicadas a milhares de pessoas. No cérebro a única localização, de algum modo relacionada com a estupidez, é a inteligência.
Segundo, a estupidez não é mais que o valor mais baixo da escala que mede a inteligência (sendo que valor mais elevado corresponde ao génio).

Assim, as leis que se referem a comportamentos estúpidos são uma verdadeira desnecessidade desde que não se relacionem com a inteligência.

Falemos então das 5 Leis Fundamentais da Inteligência Humana:

  1. Sempre e inevitavelmente, cada um de nós sobrestima e valoriza o número de indivíduos inteligentes que há no mundo.
  2. A probabilidade de que uma determinada pessoa seja inteligente não é independente de qualquer outra característica dela mesma, patente no seu comportamento
  3. Uma pessoa é inteligente se ela percebe que só gente chico-esperta pode causar um dano a outra ou a um grupo procurando obter beneficio para si mesmo.
  4. As pessoas inteligentes nunca subestimam o potencial nocivo das pessoas estúpidas; nunca esquecem que em qualquer momento e lugar, e em qualquer circunstância, uma associação de indivíduos estúpidos constitui inevitavelmente um custoso risco.
  5. A pessoa inteligente é o tipo de pessoa mais perigosa que existe para o sistema onde a estupidez reina.

29 julho, 2020

O verdadeiro ego do Pablo

auto-retratos de Picasso

Ontem foi-me pedido para não exagerar nas qualidades humanistas do pintor espanhol e afirmava-se que Pablo teria um ego maior do que o mundo.
Não tendo essa ideia, mas não sendo um vasto conhecedor da sua (imensa) obra, fiz alguma pesquisa orientado pelo pouco que sabia do Pablo (e que até tenho publicado neste meu espaço) e aprofundei várias coisas das quais tinha já percepção:
  • Primeira, a capacidade de Picasso desenvolver profunda amizade e amor pelo outro. O caso de Carlos Casagemas é apenas um exemplo disso reflectindo um profundo humanismo;
  • Segunda, o seu empenhamento pelas causas da paz. Nenhum carácter egocentrista, faz dessa luta um objectivo de vida;
  • Terceira, na sua obra, a quase totalidade retrata humilhados, ofendidos, denúncias e carinhos. E é curioso, em qualquer (dos muitos) auto-retratos ele não se endeusa.
Percebo quando se fala em ego dando a entender que o seu carácter irascível seria insuportável... Percebo...

28 julho, 2020

Picasso. Mestre Universal


A imagem acima é uma montagem minha. O post é da Teresa e lá dá conta da dupla notícia: a exposição, em Algés, de algumas obras de Picasso e o que é suposto eu ir fazer. 
Deixei lá este comentário, sob a forma de agradecimento:
Obrigado pelo pré-anúncio, ainda sem data marcada. Meti-me nisto como me meto em tudo em que me envolvo. Serei eu próprio a guiar a visita pois não quero deixar o grupo que se venha a inscrever a ficar sujeito a considerações meramente estéticas enquadradoras das fases em que se situam as obras, das datas e das correntes... tentarei ligar cada obra à vida do artista, ao seu humanismo, ao seu empenhamento cívico e politico e aos valores que são inseparáveis da obra produzida... prepararei tudo com cuidado e ainda esta semana farei , eu só, uma visita prévia...

Uma nota de esclarecimento, tal iniciativa irá inscrever-se e somar-se a tantas outras da Associação "Desenhando Sonhos" a cuja direção pertenço e cuja dinâmica e actividades podem ser apreciadas consultando (aqui) o nosso canal no youtube.

A seu tempo darei mais detalhes...

Obrigado Teresa por me ter anunciado neste seu espaço!

27 julho, 2020

...e depois de lá estar fui ter com os Ladrões (de Bicicletas)


Houve aquele dia histórico e depois de lá estar fui ter com os "Ladrões de Bicicletas" e por lá andei até tropeçar neste post ...

«O dinheiro da UE não compensa o que não se investiu na última década

Como se tem dito nos últimos dias, Portugal vai receber uma pipa de massa da UE, para gastar nos próximos anos. É tanto dinheiro que há quem tema que não haja onde o gastar bem. É uma conclusão apressada, por três razões. Primeiro, porque a dimensão da crise que estamos a viver não tem precedentes e é preciso mesmo muito investimento público para a combater. Segundo, porque o dinheiro que aí vem, sendo muito, não é assim tanto se comparado com os primeiros anos da integração europeia. Terceiro e não menos importante, porque o investimento público em Portugal tem estado pelas ruas da amargura.

O gráfico ao lado permite perceber o terceiro ponto. Segundo aos dados da Comissão Europeia (base AMECO), nos últimos 10 anos o investimento público em percentagem do PIB em Portugal foi sistematicamente inferior à média da UE. Se tivesse sido idêntico àquela média, o Estado português investido mais 16,2 mil milhões de euros do que investiu de facto. Isto é mais do que o montante que o novo Fundo de Recuperação Europeu destina a Portugal (cerca de 15,3 mil milhões de euros).

Ou seja, na última década houve muito investimento público importante para o desenvolvimento do país a prazo que deveria ter sido feito e não foi. Trata-se agora de tentar recuperar algum do tempo perdido. Em querendo, não faltarão oportunidades para usar bem este dinheiro.»

26 julho, 2020

Um conto ao Domingo - XXIII (A Machadinha)

Ele não era agrário proprietário, apenas rendeiro. A herdade, tendo de tudo um pouco, tinha na boa qualidade da vinha o provento do qual pagava a renda e do qual lhe sobrava algum dinheiro. Vinho de talha era raro e a qualidade produzida era afamada. 

Face à notícia do noivado da filha promoveu o rendeiro a um evento para festejar tão feliz acontecimento. A reduzida família tinha, assim, já assegurada a descendência e resolveu partilhar a felicidade,  com toda a gente convidando meio-mundo para um bem regado banquete. 

A mesa queria-se grande, e os talheres quase não chegavam para tanta gente. O lugar escolhido, pois que aquele Julho ia bem quente, foi a adega onde a frescura associada ao leve odor a mosto, afigurou-se o lugar certo.

Enquanto a mulher ia pondo a mesa e cuidando do assado ele procurou o jarro e foi enche-lo na talha onde guardava a melhor safra. Abriu a torneira com cuidado e, em pequeno caudal para não agitar o pé do fundo, deixou o vinho correndo em pequeno esguicho. 
Pegou num pequeno púcaro de barro e tirou um pouco para dar um trago. Ao soltar um estalo, olhou o tecto e deu por uma coisa de que nunca antes se dera conta: pendurada, uma velha machadinha já bem enferrujada e de cabo carunchoso baloiçava levemente, quando lhe dava o vento. 

Ele olhava e ia pensando na filha que ia casar, que iria ter uma criança e no perigo que seria a criança escolher aquele lugar para ir para ali brincar, pois mais dia menos dia a machadinha cairia e se a machadinha caísse nesse dia, seria um desfecho trágico, a morte, certamente. Enquanto tinha tal pensamento, o vinho ia correndo.
Chegado ao pé um convidado e ele contava o perigo que tinha adivinhado. Contava, apontava a machadinha, e o vinho corria.
Um e outro, após outro e outro, se achegavam e era já meia-aldeia comentando o risco descoberto, e o vinho ia correndo.
Até que alguém terá gritado, mas já a talha jazia vazia...

No mês seguinte o agrário deu ordem de despejo ao rendeiro por incumprimento do contrato de arrendamento, pois fora-se toda a safra e com ela o meio de pagamento!
Meu pai contava vezes sem conta este conto que hoje recordo. Eu aprendi a lição mas, apesar de conto antigo, há muitos que ainda não

25 julho, 2020

Bruxelas: “pegue lá esta esmola mas não gaste em vinho.”

Foto do Público

«Precisávamos do dinheiro? Claro que sim, mas não a este preço. O princípio de que quem paga manda é uma receita para o desastre, vai alimentar o populismo, tornar indiferente em quem se vota, erodindo a democracia, e, se há lição que se possa tirar da História, é que dá sempre torto mais tarde ou mais cedo. Os novos estrangeirados que nos governam nunca levantarão um dedo, como se viu com a história dos corredores turísticos, em que temos que aceitar que a Espanha ou o Reino Unido possam ser “seguros” e o Algarve ou o Douro não, sendo que Portugal tem instrumentos para defender os seus interesses mas não os usa. Por exemplo, os acordos finais com o Reino Unido dependem dos votos dos países da União Europeia. Uma coisa é ser pequeno e fraco e outra é ser subserviente.

Depois há toda uma outra história com o dinheiro. O dinheiro não vem para um país que subitamente se tornou capaz, com uma varinha mais que mágica, ou que se transformou na Noruega ou na Finlândia. E se há coisa que se pode dizer desde já é que exactamente o dinheiro funciona contra a mudança, tende a solidificar tudo o que está mal. 
(...)
Já que estamos na vergonha de pedir, seria pior ter que ouvir uma frase muito portuguesa dita aos nossos “pobrezinhos” por alguns próceres da caridade: “pegue lá esta esmola mas não gaste em vinho.”»
José Pacheco Pereira, in Estátua de Sal

24 julho, 2020

Canções para o desconfinamento - 23

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O que será que será
O que não tem descanso, nem nunca terá
O que não tem cansaço, nem nunca terá
O que não tem limite

Chico Buarque

22 julho, 2020

ESTE DIA FICARÁ NA HISTÓRIA!


Micro, Pequenos e Médios Empresários e as suas estruturas (Federações e Associações) disseram na Assembleia da República
"NÓS VIEMOS PORQUE ISTO É CONNOSCO". 
Este dia ficará na história dos MPME, da CPPME e também na minha!


A encerrar a iniciativa, o Presidente da CPPME anunciou na sua intervenção a entrega de um documento dirigido à Assembleia da República, que se transcreve na integra:

21 julho, 2020

Não, nada disso!


BREVE AUSÊNCIA
Não, não era agora
que me ia embora
fugindo
da nuvem negra
nem ela 
me está perseguindo  

apenas choveu, 
que é aquilo que as nuvens
fazem 
quando não estão apenas
de passagem 

E eu?
Eu não sou nuvem
nem estou de passagem!

Não, não seria agora
que me ia embora
Rogério Pereira

19 julho, 2020

Portugal perde 236 milhões de impostos para a Holanda


«Fechemos a loja, não há nada p´ra ninguém!» terá dito Ângela Merkel. Em comunicado oficial ter-se-á exprimido numa linguagem mais institucional considerando que o acordo pode ser inalcançável no momento. Ou seja, o plano da União Europeia para impulsionar as economias abaladas pela pandemia de coronavírus entrou num impasse.
Entre outras coisas não há entendimento sobre a quantidade de "massa" que será necessária para combater a crise.

Enquanto dura a contenda, centro o meu pensamento no quanto a Holanda canta de galo. É que a Holanda lucrou com a pandemia. 
«O país que tentou até à última bloquear uma ajuda europeia à pandemia do coronavírus é o que mais lucra com políticas fiscais. Os Estados-membros da UE mais afetados pelo novo coronavírus estão a perder mais de 9 mil milhões de euros de impostos por ano para a Holanda.(...) Uma investigação feita por uma rede internacional independente indica ainda que Portugal perde em impostos de empresas, que deslocaram a sua sede para aquele país, cerca de 236 milhões de euros/ano.»
Ler tudo, aqui
PS: Um dia, não há muito, preguei uma peta de pronto desmentida. Hoje não me atrevi a brincar...

18 julho, 2020

PORRA!, AO QU´ISTO CHEGOU...


Grupo Pestana substitui refeição dos trabalhadores por sandes de pão de forma

Ao substituir as refeições por sandes, o Hotel Pestana Alvor Praia (Grupo Pestana) alegou uma orientação da Direcção-Geral da Saúde. O Sindicato da Hotelaria do Algarve já pediu a intervenção da ACT.
Ler tudo em AbrilAbril

17 julho, 2020

O medo dos ricos é que aconteça deixar de haver pobres e passe a haver demasiados miseráveis...

«"A Humanidade é mais importante do que o nosso dinheiro", diz o apelo de 83 milionários que exigem pagar mais impostos porque "os problemas causados pela covid-19 não podem ser resolvidos com caridade, por muito generosa que seja"»
Há três ou quatro dias atrás não houve jornal ou televisão que não desse a notícia com  elevo e destacado (ou tímido) elogio à nobreza da posição, relacionando-a com a crise provocada pela pandemia. Pura ilusão. Há muito que os donos do Mundo andam dizendo isso. Ainda o vírus não era menino e mesmo antes de  Bill Gates o ter dito já outros o vinham dizendo (ver vídeo).

Nem sequer há má consciência nisso. Há sim a inconfessada  percepção de que se aproxima a queda do capitalismo. É que, na verdade, eles sabem que "O capitalismo pode auto-destruir-se" 


14 julho, 2020

Ricardo Salgado, há mais de 5 anos já se teria adivinhado...


Há mais de 5 anos, Tiago dizia fazer-lhe confusão e se não haveria um grande aparelho montado...
Há um Conselho Superior informal, respondeu-lhe Salgado.
Tiago, não sendo, parece bruxo "adivinhando" a acusação ...

13 julho, 2020

Nós vamos ao Teatro! E você vai ficar a fazer o quê?

A campanha solidária da Desenhando Sonhos com os artistas e com todos os trabalhadores que se entregam à nobre arte teatral começou há cerca de um mês atrás. Trata-se de incentivar a ir ao Teatro e a apelar ao reforço de bilheteira pois, por razões de protecção sanitária, a oferta incide apenas sobre 1/3 da lotação da sala. Este reforço faz-se mediante a aquisição de um simpático peluche - um "Garrett" - o que corresponde a mais um lugar... Depois do Teatro Independente de Oeiras (lembram-se?) o Grupo Intervalo já está em palco e já temos as reservas em marcha, o Teatro Nova Morada já se prepara e sobre a Companhia de Actores ainda não sabemos nada, mas estará aí, não tarda!
Não se limite a ficar atento, vá ao teatro!

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Ler tudo sobre a DESENHANDO SONHOS

12 julho, 2020

Canções para o desconfinamento - 21


ÀS VEZES...
Às vezes
Basta uma imagem
Para nos dar coragem
E continuar

Às vezes
Basta uma palavra
Para soltar a raiva
E enlouquecer

Por vezes
És tu, outras sou eu
E o que se viveu
Não é fácil, nunca é fácil
(...)
PODE ASSISTIR, OUVIR 
E APLAUDIR
LÁ ONDE SE ASSISTE, 
OUVE E APLAUDE OS XUTOS
E OUTROS, ENTRE MUITOS

11 julho, 2020

Que terá o medo dentro?


O medo
(versão actualizada)
Rir? Sorrir?
Sorrir de um medo?
Desse medo
que resulta
do nosso próprio enredo?
Em criança, nesse tempo
o medo fazia parte do crescimento
Vencíamos o medo, íamos crescendo
Hoje, ao certo, não sei definir o medo
Só sei que gostaria
que o medo pudesse ser
qualquer coisa de tangível,
de apalpar, de cheirar e de se ver
E se o fosse, que fosse redondo,
que ao rolar o fizesse com estrondo
E que se tivesse cheiro,
que fosse o do sebo salazarento
E que ao tacto se sentisse a impressão
do fogo vivo das fogueiras da inquisição
Depois, o medo podia ser apontado
e, sei lá, esmagado ou até cortado

Ver-se-ia que o medo
Não tendo nada dentro
Se libertaria o Mundo
deste medo tão profundo
Rogério Pereira

10 julho, 2020

O trabalho de um consultor que ou é ingénuo ou propõe que algo mude para que tudo fique na mesma...


«É crucial prestar atenção às pequenas e médias empresas (PME), porque representam mais de 95% do tecido empresarial português e empregam mais de 75% das pessoas. A saída da economia do estado de coma, a sua recuperação e a criação de condições para o crescimento económico, implica ter empresas mais saudáveis, ajudá-las a resolver problemas de financiamento e considerar a possibilidade de aliviar a sua carga fiscal, que é muito elevada e torna o país menos competitivo”»

Não podia estar mais de acordo com esta consideração do  consultor António Costa Silva no documento "Visão Estratégica para o Plano de Recuperação Económica e Social de Portugal 2020-2030" citado pelo Expresso.
Contudo, tendo assistido a uma sua conferência (ver vídeo) o homem demonstra uma ingenuidade atroz (e contradição) ao admitir que são os ricos a quem compete investir para com isso salvar do coma uma economia em que 95% do tecido económico são micro e pequenas empresas, sempre pobres e, agora, ainda mais empobrecidas.
Dito de outro modo, ele crê, que é numa boa, que as empresas do PSI 20 poderão voltar a ter sede em Portugal e aqui sediarem os seus impostos. O homem acredita, que para um maior equilíbrio e justa distribuição da riqueza não se deva dar luta aos ricos pois eles, de mão beijada, injectarão seu espólio onde haja carência dele . E mais, os ricos irão abdicar dos mecanismos do sistema que lhes tem permitido apropriarem-se da riqueza produzida e, assim, passarem a ser cada vez mais ricos...
Haja Deus!

09 julho, 2020

A «greatness of America» – aquela que o Trump quer trazer de volta – está baseada em tudo aquilo que torna impossível de nela viver. Os EUA são um país construído em cima de uma série de mitos.


«Verdade seja dita, não sei se é possível argumentar que a América alguma vez teve justiça… E muito menos paz. Como pode um país nascido da expansão colonial, de um crescimento económico ilimitado, construído à base do trabalho escravo e que durante anos alimentou.»

08 julho, 2020

Canções para o desconfinamento - 20



Ontem foi-me perguntado
"E a Festa, Pá, como é?
Vai Avante ou não vai...?"
Ao que me foi perguntado,
respondo com a voz de fado

07 julho, 2020

Canções para o desconfinamento - 19


Só me pergunto, porque é que uma canção que me dá tanta emoção e volta ao juízo, eu nunca a tenha ouvido? 
Só o vídeo conta com quase quatro milhões de visualizações! 
Mas tenho uma boa notícia, podemos ver os "Stereossauro" em Setembro, ao vivo e a cores!
Agora adivinhe "onde?"
(...e com quem, é surpresa, também)

06 julho, 2020

05 julho, 2020

Uma "coroa poética" imperdível...

Naquela onda de querer promover a uma boa intenção, daquelas boas intenções que enchem o inferno, reduzi o tempo do vídeo que aqui vos trago e não contente com isso mudei-lhe a banda sonora. É uma forma de promover a obra, disse Eu a Minha Alma. Responde-lhe o Meu Contrário, que como é sabido é o meu juízo Devias era dar atenção ao que te disse a Maria João.
E o que me disse a Maria João? O que a nossa sonetista me disse foi que as "coroas poéticas" têm mesmo que ter 14 sonetos e que com eles se constrói uma mensagem.
E pronto, eis porque aqui apresento o vídeo todo:  


03 julho, 2020

Se a aprovação do orçamento foi um sintoma, a designação de Assis é a prova...


A aprovação deste Orçamento Suplementar (com os votos do PS e a abstenção tácita do PSD) é sintoma de que serão os salários e o emprego a entrarem em colapso, e assim, na fase complicada de pós-pandemia serão os trabalhadores a pagar a crise.
Agora, a designação de Assis para Presidente do Conselho da Concertação Social é a prova de que assim será.
Paira a ameaça do regresso à choldra!

02 julho, 2020

Canções para o desconfinamento - 16 e 17


Fados de tempos salazarentos, em que era outro o desejado desconfinamento, lembro estes fados cantados por Amália e assim me associo à celebração do centenário do seu nascimento.

01 julho, 2020

Em dia de centenário, um fado ainda por ser cantado...


Não conheci a Rosa há muito e pouco tempo depois de a ter conhecido, de imprevisto, me ofereceu um seu livro.
Hoje enviou-me um poema, em letra de fado. Fado sentido ainda por ser cantado... 
Agora só falta encontrar quem o cante... para encorajar um projecto de uma vida que valoriza a escrita e sabe fazer uso dela.

Aurora

Guardo a lembrança no peito de quando te vejo ir embora,
Noite triste e sombria, fria de amor marcada pelo odio,
Mas a mágoa sentida, faz da partida um caminho sem fim,
Vivo presente essa noite, vivo a dor de uma vida sem ti,

Ai se eu soubesse, que naquele dia tu ias embora…
Ai se eu soubesse, que a vida sem ti é vida deitada fora…
Ai se eu soubesse, que o amor á caneca se bebe quentinho…
Ai se eu soubesse, que a vida sem ti não faz mais sentido…

Tenho a lembrança presente das palavras deitadas ao vento,
Sinto o amargo na boca, sabor ausente,
Tenho em mim a ferida, marca sentida do dia e da hora,
Tenho os meus olhos amargos, a pele enrugada, tua ausência… Aurora

Ai se eu soubesse que um dia partias pela estrada fora…
Ai se eu soubesse, que levarias contigo meu sol Aurora…
Ai se eu soubesse, que a magoa sentida seria um jardim sem flor…
Ai se eu soubesse, que não mais na vida haveria outro amor…

Guardo e meu coração a triste ilusão de te ver chegar,
Fica presente em minha mente o nosso convívio ao jantar,
Juntos à mesa estaremos, o jantar partilhemos numa malga vazia,
Mas de coração cheio alegre e perfeito deixamos para trás uma vida vazia,

Mas a vida perdeu o encanto meu e ela não voltou,
Sigo alma sombria e nesta vida a mais nada me dou,
Sinto o amargo na língua, mulher perdida falta-me o pão,
Guardo um sabor sem jeito que fere meu peito sabor a limão,

Ai se eu soubesse, que teus olhos meus alegria sem fim…
Ai se eu soubesse, que a tua luz ilumina o meu jardim…
Ai se eu soubesse, que o tempo não para e a chama acende…
Este pobre olhar, sozinho sem ar a vida a ti se prende.

 30 de junho de 2020
Por Rosa Pereira

Eu e a TAP temos a mesma idade!


Eis um Telejornal que vai buscar imagens que eu julgava não poder ver nunca mais nos Telejornais (é a partir do 7º minuto e até mudar de assunto)

E porque fala do que dizem todos menos dos que mais se têm batido, cito:
«A Proposta do PCP para a retoma do controlo público da TAP e da SPdH foi rejeitada com os votos contra de PS, PSD, CDS-PP, IL e Chega.

A TAP não precisa apenas de ser recapitalizada. Precisa de ser colocada ao serviço do desenvolvimento do País, de cumprir o seu papel na coesão do território nacional, na dinamização da actividade económica.

A cedência aos interesses dos accionistas privados, o arrastamento das decisões, a submissão às imposições da DGCom/UE, o namoro com a Lufthansa fazem temer o pior: a mobilização de recursos públicos para pagar dívidas e a entrega da companhia nos braços de uma multinacional.»