31 outubro, 2018

Mais um feriado no papo? Desejo-vos "Boa Ponte!"


Em puto, fazia o que faziam os outros. "Pão, por.. Deus", pedia eu. E não pedia muito. Bastavam uns tantos doces e um rebuçado no fundo do saco e aí me detinha, sentado num qualquer degrau, com outros, a fazer partilha.

Depois de puto, ainda não muito crescidote, ficava a uma qualquer esquina, mãos nos bolsos, a roer-me de inveja observando os que, então, se entregavam à tradição. Foi assim, até deixar de ser assim. Palavra que não dei pela chegada do Halloween, primeiro em filmes e desenhos animados, depois em campanhas dos supermercados e, por fim, nas salas de aula, onde alguns professores salvam a tradição enquanto outros explicam o "dia das bruxas"...

Mas porque escrevo eu sobre isto? É que, para além das diversas explicações, o calendário não perdoa pois a seguir a um 31 há sempre um dia 1. E, quanto à origem das coisas, o nome Halloween surgiu em época há muito passada, nomeada num tipo de inglês arcaico All-hallows, que significa all saint’s day (dia de todos os santos). 

E pronto, aqui chegado, saúdo o reposto feriado.
(que, no seu tempo, PSD e CDS-PP suprimiram)

Desejo-vos "boa ponte"

30 outubro, 2018

Brasil, a ratolândia onde os ratos passaram a miar

Ontem, na tertúlia que se seguiu ao meu post, começou por dizer a Teresa: «Na TV alemã vi mulheres, pretos e homossexuais a festejar o novo presidente brasileiro vestindo T-SHIRTS com a cara dele. É difícil de compreender.» Respondi ao meu estilo, «Teresa, Pois é, os ratos votaram no gato! Como? O gato oleou a engrenagem e fez passar a mensagem
"Eu, gato, me declaro herbivero!"
e os ratos acreditaram nisso...
E a Teresa, que não desarma, voltou à carga: «Olha que estás a insultar os gatos!!!»

E se ela não desarma, também não desarmo eu lembrando-lhe discurso antigo (tem a minha idade). A diferença entre a fábula antiga e a do Brasil, é que nesta ratolândia os ratos aprenderam a miar...

28 outubro, 2018

Conversas cruzadas (ao Domingo) - 3

Talvez já esmorecido, o Bruno não me citou ontem, sábado.
No seu "Da peste à centelha" desde há muito se cala. Talvez... talvez por isso, hoje, a vitória da peste.
Mas eu lhe digo:
a centelha tarda, mas um dia chega

26 outubro, 2018

Hoje, n"O LADO OCULTO "

AUTORRETRATO DE BOLSONARO EM DISCURSO DIRECTO



Luís O. Nunes, Rio de Janeiro; com The Intercept Brasil

“Lula e Haddad vão apodrecer na cadeia” e “a faxina agora vai ser muito mais ampla”, porque “esses marginais vermelhos vão sair da nossa pátria”. Estas foram algumas promessas do candidato à Presidência do Brasil, Jair Bolsonaro, proferidas na Avenida Paulista, em São Paulo, precisamente a uma semana da segunda volta das eleições, a realizar no domingo. Fascista, xenófobo, homofóbico, racista, Bolsonaro é tudo isto não porque os adversários o digam no calor de uma campanha eleitoral. É um autorretrato autêntico que ele vem construindo em mais de 20 anos de carreira política na Câmara dos Deputados e com uma coerência assinalável. Quem votar em Bolsonaro jamais poderá dizer que se enganou. Eis Jair Bolsonaro em discurso directo:

“Sou a favor sim de uma ditadura, de um regime de excepção”
 

1999, Câmara dos Deputados

Entrevistador: “Se fosse eleito hoje Presidente da República fecharia o Congresso Nacional?
“Sem a menor dúvida, daria o golpe no mesmo dia! Não funciona! E tenho a certeza de que pelo menos 90% da população ia fazer uma festa, iria bater palmas, porque não funciona. O Congresso hoje em dia não serve para nada, só vota o que o Presidente quer. Se ele é a pessoa que decide, quem manda, que tripudia sobre o Congresso, dê logo o golpe, parta logo para a ditadura! 
Programa Câmara Aberta, 23 de Maio de 1999

24 outubro, 2018

O LIVRO DE CAVACO - No relançamento do passado, algo saiu errado (faltou "bolsonaro"?)

«O livro de memórias de Aníbal Cavaco Silva, "Quinta-feira e outros dias" foi apresentado ao final da tarde no CCB, em Lisboa. Veja as imagens da "Sábado"
Bem mandado, fui onde me mandava a "Sábado" e percebo, que se algo estava para acontecer, não aconteceu. Alguém que estaria para aparecer, não apareceu.
Porque é que eu penso isso? Porque a preparação estava a ser bem preparada. Com antecedentes... Sigam a imagens abaixo...
Depois da homenagem em Sernancelhe, depois da sua senhora se ter guindado a onde a colocou Marcelo com seu abraço, acho que falhou alguém ao lançamento... eu acho... que... faltou um "bolsonaro".

23 outubro, 2018

1,2,3,4,5,6,7, com a net ninguém se mete! (e o legado vai por água abaixo)


Andei à procura na net de algo sobre o legado, que acrescentasse algo ao por mim já publicado e dei com este texto. Tem dois anos e proíbe que de lá se tire o quer que seja. Isso, proíbe.

Livre, a net, só para o apoio "voluntário" dos "apoiantes" de Bolsonaro.
Será que está livre para um link?

Bom... e agora dou a palavra à bolsonara,
que de bruxa não tem nada...

21 outubro, 2018

Conversas cruzadas (ao Domingo) - 2

Por obrigação contratual, esta de cruzar conversas, cito o Bruno.


A imagem acima é terrível?
Ser, é! Mas não mais que outras que diariamente nos entram casa adentro, sem explicação, nem enquadramento. Dos conflitos armados que se apresentam, fosse a nossa imprensa alinhada com a paz e não deixaria de apresentar o balanço das vítimas, das armas vendidas, da origem das ditas, do que está por trás, das causas de milhares de vítimas civis...

Assim, não sendo possível desviar os olhos das crianças que a tanto assistem, sugiro que passe nas escolas o vídeo abaixo. Talvez a professora Eurídice pegue na ideia. Ela ou outra professora. Ou um Director de Escola. Ou, até, sei lá, porque não o Ministro? Pois não é verdade...
...que é no banco da escola que tudo começa
aí se poderá ensinar a amar a paz
e a odiar a guerra?

Não será difícil encontrar informação semelhante sobre outras guerras, Vietname, Guerra Colonial, etc, etc, dos tantos etecetera que subsistem, para além do silenciamento criminoso. Não será difícil encontrar quem disso fale (ontem, só organizações foram 45, e presenças mais de setecentos militantes da PAZ)

Mas... em tudo isto, onde entra o Bruno?
Foi do sítio dele que retirei o vídeo.

20 outubro, 2018

ENCONTRO PELA PAZ (Pela paz todos não somos demais)


Há cerca de 20 anos que não se realizavam iniciativas co-organizadas pela CPPC e por movimentos católicos. Mas, lutando pelo objectivo da paz, «fazia todo o sentido haver uma organização conjunta, e foi isso que veio a acontecer» hoje, em Loures. O encontro surgiu, assim, da convergência 12 organizações e entidades iniciais: Câmara Municipal de Loures; Confederação Geral dos trabalhadores Portugueses – Intersindical; Confederação Portuguesa das Colectividades de Cultura, Recreio e Desporto; Conselho Português para a Paz e Cooperação; Federação Nacional de Professores; Juventude Operária Católica; Liga Operária Católica – Movimento de Trabalhadores Cristãos; Movimento Democrático das Mulheres; Movimento Municípios pela Paz; Movimento Pelos Direitos do Povo Palestino e Pela Paz no Médio Oriente; Pastoral Operária; União de Resistentes Antifascistas Portugueses.
As estas organizações promotoras juntar-se-iam mais 33 organizações e o movimento, hoje iniciado, não pára.

Estive lá, e das mais de 50 intervenções escolhi colocar o vídeo na intervenção de Eurídice, uma professora. Porquê esta escolha? 
Porque é no banco da escola que tudo começa
aí ou se ensina a amar a paz
ou a aceitar a guerra


19 outubro, 2018

Sobre como (realmente) vai o Mundo, ler tudo no "LADO OCULTO" - 7

 

AMEAÇA PARA LEVAR A SÉRIO

A edição Nº7 de O Lado Oculto  está à disposição dos leitores e nela divulgamos dados e factos sobre as crises agudas do neoliberalismo e do globalismo que merecem ser levados a sério.

Em primeiro lugar a ameaça fascista. A democracia formal, mesmo que expurgada da intervenção dos cidadãos, deixou de ser suficiente para saciar a gula inerente às "leis do mercado" e o neoliberalismo regressa gradualmente às origens, ao regime onde incubou: o fascismo. Exemplos flagrantes são o Brasil, através da candidatura de ódio, mentira e fundamentalismo cristão de Bolsonaro, assente numa conspiração que parece ultrapassar tudo quanto já se viu em falsificação política; e na Nicarágua, onde os Estados Unidos continuam a multiplicar ameaças enquanto o país regressa à paz.

A ameaça fascista sob mil e uma capas - populismos, nacionalismos - expande-se num mundo onde os que dizem defender a democracia não a travam, antes pelo contrário. A acumulação de armas nucleares atingiu níveis de extermínio total da vida na Terra. E a NATO continua a multiplicar guerras a que não põe fim. Por exemplo, há 17 anos que está no Afeganistão para "instaurar a democracia" e derrotar os talibãs; porém, democracia nem vê-la e os talibãs estão mais fortes do que nunca, ocupando a maior percentagem do território desde 2001.

O assassínio do espião e jornalista saudita Jamal Khashoggi exemplifica o tipo de aliados que a "civilização ocidental" escolhe no Médio Oriente, onde os Estados Unidos e Israel começaram a aplicar o "Acordo do Século" contra os palestinianos, mesmo sem o terem apresentado publicamente.

Entretanto a China vai fazendo o seu caminho nesta instabilidade mundial e acaba de adquirir a concessão dos portos de Israel e de Atenas - facto que pode ter repercussões em toda a região mediterrânica capazes de ultrapassar a mera questão comercial.

18 outubro, 2018

Bolsonaro, Presidente? Será, certamente!


Quando há dez dias atrás a RTP entrou na campanha a favor de Bolsonaro, o filho do candidato, ao ser entrevistado, foi claro: "meu pai será o primeiro Presidente brasileiro a ser eleito pela internet". Ele sabia o que o jornal "A Folha de São Paulo" hoje veio confirmar: a toda a hora centenas de milhões de mensagens anti-PT estão chegando, via whatsapp, ao eleitorado.

De nada adianta ter o legado de 13 anos do PT melhorado a situação do povo brasileiro e dado ao Brasil, como nação, outro crédito. Em 2016, a BBC Brasil procurou especialistas e levantou 6 indicadores internacionais para entender o legado dos governos do PT, até ao processo de impeachment, que afastou Dilma. No que foi apurado, o Brasil melhorou em 4 e não regrediu em 2... mas que adianta?

Diz-se que a mentira tem a perna curta, mas com Bolsonaro ela usa andarilho, a passada é larga e ninguém a agarra.

17 outubro, 2018

O peso do PCP e do BE nas negociações do Orçamento é inversamente proporcional ao tempo de antena que lhes é concedido pelos média


A foto acima é histórica e conta cerca de três anos (é de 10 de Novembro de 2015). A imagem marca o inicio da luta pela reposição de salários, pensões e direitos. Curioso o texto então publicado pela RR onde se  escrevia:
"Num gabinete do PS, a ordem de assinatura do entendimento à esquerda foi a inversa da chegada a acordo entre socialistas e as diversas forças políticas: primeiro os dirigentes do PCP, depois de "Os Verdes" e, finalmente, Bloco de Esquerda." 
Assim escrito, o jornalista deixava passar a mensagem subliminar de ter sido o PCP quem dera mais luta, nas negociações para o acordo. Isto é, foi o primeiro a assinar, terá sido o último a fechar as negociações. Desde essa data, a imprensa castiga-o pois ou pouco tempo lhe dá, ou omite-o. 

Passados três anos, com o conhecimento do Orçamento de Estado para o próximo ano, escreve a insuspeita Helena Garrido:
«O aumento das despesas com prestações sociais assume um especial peso já que absorve dois terços da subida dos gastos públicos excluindo juros (quase mil milhões de euros). Esta evolução, apesar da conjuntura favorável do emprego que reduz os encargos com a segurança social, é fundamentalmente explicada pela actualização automática das pensões por via da aplicação da lei (357 milhões de euros), a que se somam a actualização extraordinária acordada com o PCP (que custará 154 milhões em 2018 e terá ainda efeitos em 2019) e os aumentos nas carreiras longas por acordo com o Bloco de Esquerda (48 milhões de euros).
Os pensionistas são os ganhadores inequívocos deste Orçamento do Estado para 2018, já que todas as dúvidas que se levantam em relação aos efeitos da descida do IRS dificilmente lhes são aplicadas. É o caso do vale educação que poderá minorar os efeitos da descida do IRS nos rendimentos de escalão mais elevado.»
O que Helena Garrido escreveu bate certo com o que disse. Chamada à Antena 1, deixa a opinião no "vídeo" que aqui vos trago. Oiça tudo, de fio-a-pavio pois ela fala... de eleitoralismo.

15 outubro, 2018

Hoje dou a primazia à Agência ECCLESIA e ao poema


Diz a Agência ECCLESIA, segundo uma nota que lhe foi enviada:
«Com o tema «Pela Paz, todos não somos demais» vai realizar-se, dia 20 deste mês, em Loures (Patriarcado de Lisboa) um encontro que pretende uma mobilização e intervenção em defesa da paz.
Esta iniciativa, a realizar no Pavilhão Paz e Amizade, resulta de um trabalho conjunto do Conselho Português para a Paz e Cooperação (CPPC) com diversificadas organizações sociais, entre elas a LOC/MTC, a JOC e a Pastoral Operária,(...)
Estas organizações na sua prática quotidiana, tomam “clara e inequívoca posição pública contra a guerra e manifestam sincera determinação em defender os valores da paz, conscientes de que é imperioso encontrar as respostas mais adequadas para enfrentar as sérias ameaças à paz que, no momento presente, pairam sobre a humanidade”(...)
«Paz e Desarmamento»; «Cultura e Educação para a paz» e «Solidariedade e cooperação» são temas a refletir nesta a que começa às 09h30 e encerra às 16h45.»
Disse este poeta, declamando outro, hoje, num encontro:
Pela verdade, pelo riso, pela luz, pela beleza,
Pelas aves que voam no olhar de uma criança,
Pela limpeza do vento, pelos actos de pureza,
Pela alegria, pelo vinho, pela música, pela dança,
Pela branda melodia do rumor dos regatos,

Pelo fulgor do estio, pelo azul do claro dia,
Pelas flores que esmaltam os campos, pelo sossego dos pastos,
Pela exactidão das rosas, pela Sabedoria,
Pelas pérolas que gotejam dos olhos dos amantes,
Pelos prodígios que são verdadeiros nos sonhos,
Pelo amor, pela liberdade, pelas coisas radiantes,
Pelos aromas maduros de suaves outonos,
Pela futura manhã dos grandes transparentes,
Pelas entranhas maternas e fecundas da terra,
Pelas lágrimas das mães a quem nuvens sangrentas
Arrebatam os filhos para a torpeza da guerra,
Eu te conjuro ó paz, eu te invoco ó benigna,
Ó Santa, ó talismã contra a indústria feroz.
Com tuas mãos que abatem as bandeiras da ira,
Com o teu esconjuro da bomba e do algoz,
Abre as portas da História,
                               deixa passar a Vida!
"Ode à Paz", de Natália Correia, 
in "Inéditos (1985/1990)"

14 outubro, 2018

Sessão evocativa dos 20 anos da atribuição do Prémio Nobel da Literatura a SARAMAGO (no seu Centro de Trabalho) - II

«Foi nesta sala, faz agora vinte anos que, num ambiente de efusiva alegria e com um justificado sentimento de orgulho, os comunistas portugueses festejaram a atribuição a José Saramago do Prémio Nobel da Literatura e o envolviam num simbólico e fraterno abraço de homenagem e reconhecimento de todo um Partido que era também o seu. 

Era a primeira vez que um escritor português e da Língua Portuguesa recebia tal distinção e isso calou fundo no coração dos portugueses. Era com profunda emoção que os portugueses viam a obra de um grande escritor português ser reconhecido mundialmente. Era a primeira vez que viam um nosso grande escritor consagrado, à escala planetária, como figura maior da Literatura. 

Hoje, aqui regressamos, para celebrar os 20 anos do Prémio Nobel e, desta vez, sem a sua presença física, mas connosco porque foi essa sempre a sua vontade e decisão até ao dia em que nos deixou por imperativo da lei da vida que nos faz mortais e fazendo jus às suas palavras nesse inesquecível Outubro de 1998 que ecoam ainda na nossa memória de companheiros de combate por um mundo melhor:- "Eu hoje com o prémio posso dizer que, para ganhar o prémio, não precisei de deixar de ser comunista."
Sim, Saramago não precisou de se esconder, nem se quis esconder e a sua notável e reconhecida obra, para lá do Nobel, expressão de um sensível e humano olhar sobre os problemas do homem e da humanidade e o seu destino (futuro), seria outro sem a visão do mundo dessa sua condição que com orgulho assumiu.

Sessão evocativa dos 20 anos da atribuição do Prémio Nobel da Literatura a SARAMAGO (no seu Centro de Trabalho) - I




A sala era pequena para tanta gente, mas percebe-se a opção, há 20 anos foi ali que Saramago se dirigiu antes de ir para outro lado. Fez questão disso.

E foi, à porta, com uma multidão à minha frente, que ouvi a  Paula Oliveira cantar alguns dos "Poemas Possíveis". Escolhi este:
Circo

Poeta não é gente, é bicho coiso
Que da jaula ou gaiola vadiou
E anda pelo mundo às cambalhotas,
Recordadas do circo que inventou.

Estende no chão a capa que o destapa,
Faz do peito tambor, e rufa, salta,
É urso bailarino, mono sábio,
Ave torta de bico e pernalta

Ao fim toca a charanga do poema,
Caixa, fagote, notas arranhadas,
E porque bicho é, bicho lá fica,
A cantar às estrelas apagadas.

José Saramago

Conversas cruzadas (ao Domingo) - 1

Estas "Conversas cruzadas" resultam da minha falta de paciência em fazer "Palavras Cruzadas" para afastar de mim receios alzheimeriados.

Para cruzar conversas, fiz uma proposta ao Bruno. Porquê escolher o Bruno? Para além de outras afinidades, ele, tal como eu, diz que "Se correr muito muito depressa passa de materialista a metafísico sem passar pelos 100º C".

Quanto à proposta, ele cita-me ao Sábado, eu cito-o ao Domingo.

Sem achar que ele não terá faltado ao acordado (embora não me tenha referido no seu post de ontem, sábado) eu cito-o e trago a este espaço o que ele colocou no seu.

Faço-o com todo agrado pois, além de ter-mos uma preocupação comum, também usamos as mesmas fontes!



A finalizar, esta nota breve, a ver se o Bruno percebe...

13 outubro, 2018

"Pacheco, o pessimista irrequieto" e o Orçamento

Ao ler o Público, fui dar com o texto de Pacheco e de pronto me ocorreu o boneco. Caricatura bem esgalhada à qual nada falta, nem o traço, nem a caixa, nem a mola com que salta, nem o título de irrequieto. De facto, Fernando Campos é, para mim, um génio. De facto, de facto, Pacheco é mesmo irrequieto e, além disso, é também pessimista. Oiçamos então o Pacheco:
 «Ele é preciso estar sempre a repetir as mesmas coisas, porque há uma intencional dureza de ouvido, que ao menos vale a pena incomodar. Repito: o Orçamento de 2019 que vai ser apresentado ao Parlamento português não é nem português, nem é decidido pela Assembleia da República, nem é o que vai ser aplicado, nem é o resultado das “regras europeias”, não é nenhuma coisa daquelas com que vai ser designado. Voltando a Orwell, é um exemplo primoroso do doubletalk parecido com a designação da defunta República Democrática Alemã, que não era nem república, nem democrática, nem alemã.

Voltamos às repetições: o Orçamento não é português, é estrangeiro, subordinado aos interesses dos nossos credores e às políticas que eles impõem, que não são “portuguesas” num aspecto fundamental — é que não servem o interesse nacional, nem as necessidades de desenvolvimento do país, mas apenas a submissão às políticas alemãs e à vulgata política da troika disfarçada de inevitabilidade económica. O Orçamento serve o pagamento da dívida transformado no alfa e no ómega de toda a política de défice zero. Há outras coisas sob o mesmo céu, mas aqui o sol não nasce para todos.

12 outubro, 2018

O Mundo, visto do "LADO OCULTO"

COMO O DINHEIRO MANDA

«Na edição desta semana de O Lado Oculto, já disponível, divulgamos exemplos de como o combustível do mundo é o dinheiro, sobrepondo-se à política, à democracia, à verdade dos factos, à vida das pessoas, a quaisquer preocupações humanitárias. 

É assim que a União Europeia da austeridade, tão rigorosa com orçamentos e défices - mas não tanto com as malfeitorias da banca - vai pagar pelo menos 100 milhões de euros a uma empresa de mercenários pela segurança das suas instalações em Cabul, Afeganistão, um país que está ocupado pela NATO - que, pelos vistos, não tem meios nem competência para a tarefa.
NATO que insiste em alimentar a guerra na Síria, onde surgem, no entanto, indícios de que os terroristas ocupantes de Idleb poderão render-se sem combate, no quadro de contactos existentes coma Turquia e dos acordos entre este país e a Rússia,

É também o dinheiro, neste caso da direita espanhola e dos "nostálgicos do franquismo" em pânico com o independentismo na Catalunha, que faz o mover o ex-socialista e ex-primeiro-ministro francês, Manuel Valls, a candidatar-se à presidência da Câmara Municipal de Barcelona.
Ou o maná de dinheiro em que se movimentam as igrejas evangélicas norte-americanas e brasileiras, explorando até ao tutano os mais pobres e iludidos, que está à beira de contribuir fortemente, em colaboração com as "fake news" potenciadas pelas "narrativas fake", para reimplantar o fascismo no Brasil através da figura inqualificável de Jair Bolsonaro. 

Ou ainda os milhões da cínica "ajuda" do FMI, que agravam a crise argentina, provocada pelos Estados Unidos para que o neoliberalismo continue a reinar - mesmo quando sopram ventos de tempestade.
Onde há dinheiro há guerras e ambições expansionistas alimentando a imaginação e a criatividade com fins obscuros. Como os do Departamento de Estado norte-americano e da CIA, que induzem divisões na estrutura e hierarquia da Igreja Cristã Ortodoxa para reforçarem o poder na Ucrânia, que é fascista, ou na Macedónia ex-jugoslava, que não está livre desse risco. 
Ou os da da DARPA, agência norte-americana dos projectos avançados de defesa, que prevê utilizar gafanhotos como drones e espalhar vírus e bactérias patogénicos sobre culturas de países inimigos com o auxílio  de nuvens de insectos, tornando reais as pragas bíblicas.

Como uma praga continua a agir o sionismo que, em aliança estreita com Trump, afina a estratégia para "extinguir" o problema palestiniano partindo do princípio, por exemplo, de que a existência de 5,4 milhões de refugiados pode ser apagada da realidade.»

11 outubro, 2018

Saramago e a apropriação da sua memória


A imagem, à esquerda, é de Saramago. A da direita é da apropriação da sua memória. A imagem, à esquerda, é sem texto (pois meter nela tudo o que Saramago disse ou escreveu sobre o posicionamento dos partidos socialistas seria incomportável em tão magro corpo). À direita, a introdução do texto, é gesto obsceno.

Citemos Saramago:
"(...)A Comunidade é o Conselho de Administração de uma grande empresa chamada Europa, que tem produtores que são consumidores, consumidores que são produtores, e tudo isso planificado. A distribuição das tarefas, incumbências e obrigações é determinada por esse Conselho. A Comunidade decidiu, por exemplo, que 75% da superfície florestal de meu país será destinada à plantação de eucaliptos. Nós não decidimos. Decidiu uma potência supernacional. E decidiu sobre algo que até agora teria a ver com o que chamamos de soberania nacional. O mais interessante, porém, é o seguinte: o que antes parecia ligar-se apenas à economia, está se transformando em solução política para a Europa. Isto é, uma vez que a aplicação da política económica não pode ser decidida pelos governos nacionais, então é indiferente que os governos sejam conservadores, nacionalistas, capitalistas, socialistas, social-democratas ou liberais. Apagam-se as fronteiras do que chamávamos ideologias, porque isso não tem mais importância.
O mais importante – e eu diria, o mais trágico – é que se tira dos povos o direito de decidirem sobre o seu destino. Claro que nada no mundo é definitivo, e os povos sempre encontram as soluções melhores para os seus problemas. Mas o problema da hegemonia, que parecia resolvido com a Comunidade, não está. O que está ocorrendo agora é o surgimento da potência europeia do futuro, que será outra vez a Alemanha. A Europa será o que Alemanha decidir."
José Saramago - in "Quem é o patrão da Europa?"
(Publicado em Jornal do Brasil - 15 de Maio de 1992)
_______
NOTA: Não consta que alguém do partido a que Saramago  sempre pertenceu tenha sido convidado para as homenagens oficiais da celebração, quer na ilha, quer em Coimbra. Também as suas hormonas foram traídas, a ele, que por ironia, se definia como "comunista hormonal" ou, sem ponta de ironia, se manifestava onde sempre militou...

10 outubro, 2018

RTP ou BBC?, eu já escolhi. Agora escolha você!

Ontem denunciava estar a RTP colada ao canalha e, no final, sugeria que tivesse a independência requerida e fosse entrevistar alguém de uma família bonita.

Não verifiquei se o fez ou não, e liguei à BBC.


Ouvi o Professor Anthony Pereira. Para já juro que, embora tenha o mesmo apelido, o douto comentador nada tem a ver comigo. Não sei se o académico toma partido. Não sei se a jornalista, que o entrevista, partido toma. Mas se a linha editorial da BBC NEWS é de distanciamento informativo, ela cumpre o que a RTP não terá cumprido.   A RTP colou-se ao Bolonaro.

Oiça, veja e fique a saber alguma coisa, enquanto eu revejo o Conversa Afiada que não é isenta, é alinhada (mas não são os contribuintes quem a paga)

09 outubro, 2018

RTP entra na campanha, a favor de Bolsonaro.


Uma coisa é um repórter, por lá, apanhar uma figura pública e pumba, cá vai disto.
O resultado para o repórter pode ser imprevisto. Quem pela rua anda, procura e nem sempre encontra. Se, na altura, foi tendencioso, podemos admitir que talvez ele procurasse um e encontrasse outro... (embora se diga que um bom repórter sabe estar no lugar certo à hora certa...)

Nada disso se passou, hoje, no jornal da noite. A entrevista ao filho de Bolsonaro não foi deixada ao acaso. E não só foi planeada, como foi em exclusivo. Nem vem para o caso comentar o que o filho de Bolsonaro disse. E (talvez) nem seja significativo o impacto do dito à colónia de brasileiros que por cá pululam, pois estes já terão formado opinião ou, não ainda tendo, será pouco o seu peso.

O que me dana, dana e espanta, é esta colagem a um lado. E, pior, é estar-se a escamotear uma situação complexa e a fazer com que um perfil fascista esteja a ser promovido junto do nosso eleitorado.

Espera a RTP o quê? Um bolsonaro-luso?

Diga, desminta, ou entreviste alguém desta família bonita!


08 outubro, 2018

Eleições no Brasil: A Direita deu uma surra. Mas a Esquerda não acabou.



Haddad obteve 28,26% dos votos, enquanto Bolsonaro lidera com 46,79%. Em terceiro lugar está Ciro Gomes (PDT), com 12,5%. O baixo desempenho de nomes já tradicionais na disputa presidencial surpreendeu desta vez, como é o caso de Geraldo Alckmin (PSDB), que ficou em quarto lugar com apenas 4,8% dos votos, e Marina Silva (Rede), que figura atrás até mesmo do novato João Amoêdo e do evangélico Cabo Daciolo, com 1% do eleitorado.

Basta ver a foto acima (retirada do Portal Vermelho) para concluir que a se a direita deu uma surra, a esquerda não acabou. A luta não está fechada, e será taco a taco.

Mas há uma eleição já fechada, a Câmara dos Deputados. 
Olhemos os resultados, segundo o Conversa Afiada:
- PT perdeu 5 mas continuar a ser a maior bancada, com 56 deputados;
- o partido de Bolsonaro ganha 45 deputados em relação à bancada atual e se torna a segunda maior, com 53 deputados;
- o maior fracasso, retumbante, é o do PSDB: perdeu 20 deputados e passou de quarta a nona maior bancada - quem mandou dar o Golpe?;
- o MDB, o centro do Golpe, partido do presidente ladrão, do gatinho angorá, do Eliseu Quadrilha (segundo o ACM), do Geddel boca de jacaré (o irmão dele não se reelegeu...), do essa porra Jucá (que não se reelegeu), do Índio Eunício (que não se reelegeu)... essa quadrilha, na Câmara, perdeu 17 deputados;
- perderam também outros partidos golpistas: PP, DEM (que tomou uma surra na Bahia do ACM Neto), PPS (do ex-comunista Roberto Freire, que não se elegeu...); e PTB, do Bob Jefferson e filhinha;
- ganharam o PDT do Ciro (mais 8 deputados), o PSB do França (mais 6) e o Novo do Amoêdo, cujos 8 deputados devem abraçar com doce constrangimento o Paulo Guedes...

A Direita deu uma surra. Mas a Esquerda não acabou.

Assim:
As novidades mais evidentes nas eleições brasileiras de 2018 são o facto de um candidato de extrema-direita ter chances reais de ser eleito presidente e o facto de uma linha divisória de género se apresentar como clivagem central nas intenções de voto.

07 outubro, 2018

Saramago a poucas horas de se saber o resultado

Soube da carta entregue na ONU. Não sei se vai ser lida em português, no congresso que decorre em Coimbra,«José Saramago: 20 Anos com o Prémio Nobel». 

Se for (e não se compreenderá que não seja), será tarde ou não a tempo de corrigir o quer que seja no acto que agora decorre e onde se admite que o fascismo possa regressar ao Brasil, pela mão do povo que esquecerá os seus deveres e obrigações, tal como Lula os terá esquecido... 



06 outubro, 2018

Embrulha para a viagem... até à assembleia de voto


O vídeo acima é a resposta à anunciada medida de Bolsonaro. Para além da referência explicita a que os brasileiros se armem, ele fez integrar na campanha a proposta no local apropriado, a Taurus.

Com mais de 3 mil trabalhadores, a fabricante brasileira de armas Forjas Taurus S.A. possui quatro fábricas, sendo três no Brasil e uma nos Estados Unidos.

05 outubro, 2018

5 de Outubro passado com o Brasil no pensamento


A foto não é de um brasileiro, mas de um italiano. É maestro. Ricardo Mutti. Escolho a foto desse homem pois a ele se deve uma das mais ousadas (e belas) manifestações anti-fascistas na Itália de Berlusconi.
Dizia ele:
«Não terei mais 30 anos e já vivi a minha vida, mas como um italiano que percorreu o mundo, tenho vergonha do que se passa no meu país. Portanto aquieço a vosso pedido de bis para o Va Pensiero. Isto não se deve apenas à alegria patriótica que senti em todos, mas porque nesta noite, enquanto eu dirigia o côro que cantava "Ó meu pais, belo e perdido", eu pensava que a continuarmos assim mataremos a cultura sobre a qual se assenta a história da Itália. Neste caso, nós, nossa pátria, será verdadeiramente ‘bela e perdida. [aplausos retumbantes, incluindo os artistas da peça].
Reina aqui um ‘clima italiano’, eu, Mutti me calei por longos anos. Gostaria agora... nós deveriamos dar sentido a este canto ; como estamos em nossa casa, o teatro da capital, e com um côro que cantou magnificamente, e que é magnificamente acompanhado, se for de vosso agrado, proponho que todos se juntem a nós para cantarmos juntos.»
Veja o vídeo, e cante baixinho pelo Brasil
Talvez lá se faça ouvir

04 outubro, 2018

A imprensa anda pior do que aquilo que se pensa. Mas tem alternativas

As alternativas? Escolhi as que se seguem, mas tem lá mais...

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Maria João Brito de Sousa2. Oktober 2018 um 19:57 Descubra as diferenças ;) Bom restinho de Terça-Feira, Teresa. ematejoca2. Oktober … Mais

03 outubro, 2018

Passe único. Esperar 19 anos... tarde vem o que nunca chega


A luta é antiga.

Que me lembre (e a net ajuda) o Carlos Carvalhas já bradava, a ouvidos surdos, a necessidade de mexer nos passes pugnando pelo alargamento do passe social intermodal da região de Lisboa. Em 2000, as propostas foram chumbadas.

16 anos depois, a comissão parlamentar de Economia rejeitou dois projetos de lei do PCP que implementavam o passe social intermodal em todos os transportes coletivos de passageiros e atualizavam as coroas nas áreas metropolitanas de Lisboa e do Porto. Ambos os projetos foram rejeitados com os votos contra do PS e PSD, a abstenção do BE. Verdade!

Foi preciso esperar 18 anos para o Costa surgir ufano a anunciar a "inovação radical" com a introdução do passe único de transportes em Lisboa e Porto.Esperar 19 anos... tarde vem o que nunca chega! Para já temos o anúncio.  Não falta tudo!

Há diferenças entre estes dois compinchas?


Descubra as diferenças ;)

Bom restinho de Terça-Feira, Teresa.



  1. Há diferenças entre estes dois compinchas???

    Boa noite 🌃 em beleza.

A imagem foi caçada num outro espaço. Depois arrastei o diálogo entre a Maria João e a Teresa. Achei oportuno fazê-lo... pois enquanto Egas & Becas se entendem...
O panorama é mau: o emprego aumenta mas a produtividade por empregado diminui; o investimento (FBCF) é inferior ao consumo de capital fixo e parte do pouco investimento público previsto não é executado para melhor “cumprir as metas do défice” com que Centeno brilha em Bruxelas à custa do atraso do país; accionistas predadores sacam os lucros e transferem-nos para o estrangeiro sem pagar impostos sobre dividendos; e a desigualdade na repartição do rendimento agrava-se.
Quem diz? Saiba quem e leia tudo (aqui)...

01 outubro, 2018

Universitários hoje! Outros jovens, outros tempos, outras escolas... II

«Se fores obediente e lamberes o chão, podes vir a mandar, quando for a tua vez, e, nessa altura, podes escolher um chão ainda mais sujo, do alto da tua colher de pau. És humilhado, mas depois vingas-te.
Pacheco Pereira, in "A abjecção das praxes"

«Ao fim e ao cabo, a praxe não é um corpo estranho alojado no complexo sistema que forma as nossas elites.»
Rogério Pereira (eu), in "Dicas do Bruno"

«Bateram-se pel' «o dia inicial inteiro e limpo»? Passaram as passas do Algarve por tempos renovados, livres e em progresso? Tiveram-nos, sem dúvida, pelo menos em parte. Ganharam. Mas a «revanche» do miserável Portugalório analfabeto, submisso e mendigo, aí está a instalar-se de ano para ano. A praxe estudantil»
Mário de Carvalho, na sua página