30 abril, 2022

30/4/1975 - O DIA EM QUE TERMINOU A GUERRA DO VIETNAME

No dia 30 de Abril de 1975, a rendição de Saigão (actual Ho Chi Minh) pôs fim à Guerra do Vietname que durou quase duas décadas e se saldou, como se sabe, por uma estrondosa derrota dos norte-americanos. 

Sendo quase impossível perceber como é que os americanos alguma vez acreditaram que podiam ganhar aquela guerra, apesar dos dois milhões de mortos que ficaram para trás, é mesmo impossível que alguém acredite que hoje possa haver quem ganhe uma guerra!

(copiado de quem teve tal lembrança)

29 abril, 2022

GUTERRES APARECE EM CENA QUANDO TODOS QUEREM A GUERRA


Hoje, indo eu de um lado para outro lado, ia ouvindo rádio. Antena 1, não por acaso. O programa ("contraditório") leva uma porrada de tempo e, suponho, vivendo num mundo apressado, ninguém terá disposição de ouvir tudo aquilo de fio a pavio. Ora abra lá este link e coloque o cursor nos 18 minutos e 37 segundos e oiça o que a jornalista convidada veio dizer. E se não quiser lá ir, cito (ao meu jeito):

"Guterres aparece num momento em que ninguém quer a paz: os EUA porque a guerra dá a ganhar uma pipa de massa à sua indústria de armamento, a Ucrânia porque se sente encorajada a ganhar a guerra e a Rússia porque, tendo iniciado a coisa, luta desesperadamente para não a perder"

28 abril, 2022

A CLASSE MÉDIA, A UCRÂNIA E ... A GUERRA

Milhares de russos à porta dos bancos...

O texto que trago é mais extenso, mas aqui cito a definição exacta da finalidade da guerra que, hoje mesmo, foi, por coincidência (ou não), assim mesmo definida na reunião de onde saí há pouco:

«A guerra na Ucrânia tem por finalidade defender um mesmo modelo de sociedade de exploração e acumulação pelos dois contendores, os Estados Unidos, que têm o seu modelo em crise política (populismo), económica (pobreza) e social (racismo e etnicidade) e a Rússia que pretende passar de uma sociedade típica do terceiro mundo, exportadora de matérias-primas, para uma sociedade de capitalismo desenvolvido e de consumo.»
Carlos Matos Gomes, in ESTÁTUA DE SAL

25 abril, 2022

25 DE ABRIL, RELEMBRANDO O CHICO...


Sim, hoje a avenida encheu-se de esperança e de manifestação de disposição para a luta para que Abril se cumpra... mas o que me vem à memória são as palavras de Chico!

24 abril, 2022

DIZEM QUE SOMOS UM PARTIDO ENVELHECIDO... DESMINTO!


Há quem mande calar! A Marta (16 anos) preparava-se para falar e era preciso ouvir. Ela, depois de agradecer a oferta do meu livro, o que disse encheu a sala... 

Celebrávamos o 25 de Abril. Foi hoje, sem saudosismo. Para além desse dia libertador falámos do presente e do futuro, falámos da paz e da guerra e alguém terá lembrado que se todas as almas não se deixassem fardar não haveria mais lugar para a guerra!

Dizem que somos um Partido envelhecido... desminto! Querem a prova? Ora vejam!


 

22 abril, 2022

UMA PONTA DE ESPERANÇA SE LEVANTA [e a sondagem de que ninguém fala]

Depois da Europa, em peso, fazer cortejo a Kiev afastando-se de qualquer possibilidade de dar um mínimo passo no caminho da paz, Guterres avança com agenda apontada nesse sentido e vai sentar-se com o invasor.  Vale-lhe a dimensão de ser o Secretário Geral das Nações Unidas.

Uma ponta de esperança se levanta, pois não há solução militar que resolva esta tragédia...

E AGORA A SONDAGEM DE QUE NINGUÉM FALA:


 (Ler tudo, aqui)

21 abril, 2022

A PERGUNTA QUE NINGUÉM FAZ!

Bombardeamentos sobre a Faixa de Gaza, 16 de maio de 2021

«Quando os conflitos armados são em África ou no Médio Oriente, os líderes europeus são os primeiros a pedir o cessar das hostilidades e a urgência das negociações de paz. Por que é quando a guerra é na Europa os tambores da guerra tocam incessantemente e nenhum líder apela a que se calem e a voz da paz se ouça?»

20 abril, 2022

MAIS VALE SÓ QUE MAL ACOMPANHADO (e não sou só eu que o digo)

Era para avançar com um texto meu. Recuo nesse intento. Há quem diga, melhor que eu, o que neste contexto deve ser dito. E cito:

«O PCP não participará numa sessão na Assembleia da República concebida para dar palco à instigação da escalada da guerra contrária à construção do caminho para a paz, com a participação de alguém, como Volodymyr Zelensky, que personifica um poder xenófobo e belicista rodeado e sustentado de forças de cariz fascista e neonazi, incluindo de carácter paramilitar, de que o chamado Batalhão Azov é exemplo.»
in "Entre as Brumas da Memória"

«Mais de 30 convidados ouvem Zelensky - Sessão solene na quinta-feira em que o Presidente ucraniano falará perante as mais altas figuras do Estado, foi aprovada pela maioria das bancadas, tendo apenas a oposição do PCP.»
in "As Palavras São Armas"

«Esta guerra está a ter efeitos alucinogénios: mesmo aquilo que está à vista de todos é negado por idiota conveniência ideológica. A Ucrânia, em 2014, era considerada um alfobre de neonazis pela insuspeita BBC que mandava jornalistas investigar e que publicava vídeos como aquele que deixo abaixo. Tal facto é hoje vergonhosamente ignorado e o discurso dominante coloca Zelensky no altar da democracia. E já agora, não me venham dizer que o vídeo é falso ou que foi o PCP que o inventou.»
in "Estátua de Sal"

19 abril, 2022

HOJE, À MINHA JANELA, SENTI-ME ECONOMISTA! BOA?


Olho pela minha janela e mais uma vez o pensamento se solta. Solta-se, voa e na primeira coisa em que poisa é na notícia de o sector do turismo ter recebido um apoio de 150 milhões. Olho aquele "hotel navegante" trazendo carga pagante. Não duvido de que, "em menos de um fósforo" o turismo voltará a ser aquilo que vinha sendo.

Dessa constatação voa agora o meu pensamento para uma reflexão sobre outros sectores e vou lamentando o que percebo ser uma estrutura económica muito dependente de outros países, não só quanto à satisfação das necessidades básicas e alimentares, como também de suporte às estratégias de desenvolvimento do país, como sejam, por exemplo o sector da construção e reparação naval, o sector das pescas, o sector da metalomecânica pesada com particular efeito na dependência da construção de material rolante e ferrovia.

Cabe lembrar palavras recentes do Ministro do Mar e da Economia ao referir ser preciso uma estratégia de médio e longo prazo para garantir o crescimento do país e ser preciso avançar com uma "transformação fundamental" do tecido produtivo do país para sair da actual crise.

A referência expressa de ser preciso pôr de lado o modelo de baixos salários não deixará de granjear o apoio de todas as forças progressistas bem como da classe trabalhadora.

18 abril, 2022

LUA CHEIA, FORÇA PLENA!

Foto minha

Falarei da força, antes que a lua se envaideça
(ela, que assim pousa, em frente da minha janela)
Quanto à força, falemos de ânimo
Quanto ao ânimo, falemos de empenho
Quanto ao empenho, falemos do que me toma o tempo
Repetir a celebração de Abril
O meu livro, pronto a imprimir
e o mais que se encontra apalavrado

16 abril, 2022

EUNICE, NO DIA EM QUE TROCÁMOS SORRISOS

 

Ao saber da sua partida, recordei aquele momento e vem-me à memória os sorrisos trocados. Nem importa a razão da cerimónia. Recordo, a propósito do poema de Herbert Hélder então dito, a passagem:

O actor que subtrai Deus de Deus, e
dá velocidade aos lugares aéreos.
Porque o actor é uma astronave que atravessa
a distância de Deus.
Eunice passou toda a sua vida atravessando tal distância e deixa-me a doce recordação de uma vida plena.


15 abril, 2022

SEXTA-FEIRA SANTA E UMA ACTUALIDADE TRÁGICA QUE TANTO ESPANTA!



Tenho, desde sempre e hoje mais uma vez, assinalado este dia pela parte que a muitos esquece. Mas tal insistência, embora já canse, não desisto dela. Até porque tudo o que em 2018 escrevia, mantém uma actualidade... trágica. Cá vai:
Se Israel condiciona a população de Gaza a visitar Jerusalém durante as comemorações da Páscoa, e até mata, não ligue a nada.
always look on the bright side of life
Se agora, tal como já aconteceu, a NATO está em vias de «melhorar a rapidez e a capacidade letal das forças norte-americanas na Europa» e isso significa ter a guerra à porta, que importa? 
always look on the bright side of life
Se este mês, tal como no passado, recebeu magro salário, e ainda assim vai ser chamado, deixá-lo. 
always look on the bright side of life
Se ontem, tal como no outro dia, soube de gente faminta, siga.
always look on the bright side of life
Se neste ano, tal como no ano passado, centenas de bombas terão rebentado, passe ao lado.
always look on the bright side of life
Se Trump foi eleito e se barimba no Direito Internacional, e se Biden, é mais do mesmo, qual o mal?
always look on the bright side of life
Se há povos que elegem e são governados por não eleitos, que há de errado em tais preceitos?
always look on the bright side of life

Se há milhões de crucificados neste dia...
Diga aquela frase cínica "É a vida"...
... e olhe sempre pelo lado bom que ela tem ainda.

14 abril, 2022

E SE ZELENSKY NOS PEDIR PARA ENTRARMOS NA GUERRA À RUSSIA?


(Pedro Tadeu, in Diário de Notícias, 13/04/2022)

Quando o presidente da Ucrânia falar no Parlamento português, como está previsto acontecer daqui a uns dias, não vai pedir apenas um reforço do fornecimento de armas ao seu país, nem unicamente um aumento de sanções à Rússia.

Volodymyr Zelensky vai pedir aos deputados que levem Portugal a apoiar uma intervenção direta da NATO contra a Rússia e que essas tropas da Aliança Atlântica ajudem os ucranianos, no terreno, a combater as tropas russas. Ou seja, vai pedir que Portugal, membro da NATO, entre em guerra com a Rússia.

É isto que ele tem dito em inúmeras intervenções públicas, como aconteceu no Parlamento Europeu, logo no início da guerra, e em outros parlamentos nacionais. E é perfeitamente natural, na aflição de defender o seu país do ataque russo, que entenda que deva confrontar os políticos do ocidente com essa exigência.

Depois de fazer esse apelo, no final do seu discurso, o que irá certamente acontecer é que quase toda a sala de deputados portugueses se irá levantar em ovação, aplaudindo de pé as palavras de Zelensky – é a reação mais natural, dada a carga emocional que a qualidade do seu discurso transmite e a indignação que a situação humanitária na Ucrânia provoca, impulsionando todos nós para manifestações de solidariedade incondicional.

Nesse momento, no momento em que aplaudirem, vibrantes, o discurso de Zelensky, que estarão os deputados portugueses a aplaudir? Estarão a aplaudir, também, a parte do discurso do líder ucraniano que empurra Portugal, via NATO, a entrar em guerra com a Rússia.

12 abril, 2022

PORQUE O 25 DE ABRIL ESTÁ AÍ À PORTA...

Segundo Rui Rio, o fascismo nunca existiu. Depois de rever o vídeo que abaixo volto a dar a ver, ocorre-me mais uma vez aquele excelente texto "DENEGAÇÃO POR ANÁFORA MERENCÓRIA", do meu amigo Mário de Carvalho, que aqui reproduzo igualmente associado a quem, como Rio, ousou branquear o fascismo.

 

Eu nunca fui obrigado a fazer a saudação fascista aos «meus superiores». Eu nunca andei fardado com um uniforme verde e amarelo de S de Salazar à cintura. Eu nunca marchei, em ordem unida, aos sábados, com outros miúdos, no meio de cânticos e brados militares. Eu nunca vi os colegas mais velhos serem levados para a «mílícia», para fazerem manejo de arma com a Mauser. Eu nunca fui arregimentado, dias e dias, para gigantescos festivais de ginástica no Estádio do Jamor. Eu nunca assisti ao histerismo generalizado em torno do «Senhor Presidente do Conselho», nem ao servilismo sabujo para com o «venerando Chefe do Estado». Eu nunca fui sujeito ao culto do «Chefe», «chefe de turma», «chefe de quina», «chefe dos contínuos», «chefe da esquadra», «chefe do Estado». Eu nunca fui obrigado a ouvir discursos sobre «Deus, Pátria e Família». Eu nunca ouvi gritar: «quem manda? Salazar, Salazar, Salazar». Eu nunca tive manuais escolares que ironizassem com «os pretos» e com «as raças inferiores». Eu nunca me apercebi do «dia da Raça». Eu nunca ouvi louvar a acção dos «Viriatos» na Guerra de Espanha. Eu nunca fui obrigado a ler textos escolares que convidassem à resignação, à pobreza e ao conformismo; Eu nunca fui pressionado para me converter ao catolicismo e me «baptizar». Eu nunca fui em grupos levar géneros a pobres, politicamente seleccionados, porque era mesmo assim. Eu nunca assisti á miséria fétida dos hospitais dos indigentes. Eu nunca vi os meus pais inquietados e em susto. Eu nunca tive que esconder livros e papéis em casa de vizinhos ou amigos. Eu nunca assisti à apreensão dos livros do meu pai. Eu nunca soube de uma cadeia escura chamada o Aljube em que os presos eram sepultados vivos em «curros». Eu nunca convivi com alguém que tivesse penado no Tarrafal. Eu nunca soube de gente pobre espancada, vilipendiada e perseguida e nunca vi gente simples do campo a ser humilhada e insultada. Eu nunca vi o meu pai preso e nunca fui impedido de o visitar durante dias a fio enquanto ele estava «no sono». Eu nunca fui interpelado e ameaçado por guardas quando olhava, de fora, para as grades da cadeia. Eu nunca fui capturado no castelo de S. Jorge por um legionário, por estar a falar inglês sem ser «intérprete oficial». Eu nunca fui conduzido à força a uma cave, no mesmo castelo, em que havia fardas verdes e cães pastores alemães. Eu nunca vi homens e mulheres a sofrer na cadeia da vila por não quererem trabalhar de sol a sol. Eu nunca soube de alentejanos presos, às ranchadas, por se encontrarem a cantar na rua. Eu nunca assisti a umas eleições falsificadas, nunca vi uma manifestação espontânea ser reprimida por cavalaria à sabrada; eu nunca senti os tiros a chicotearem pelas paredes de Lisboa, em Alfama, durante o Primeiro de Maio. Eu nunca assisti a um comício interrompido, um colóquio desconvocado, uma sessão de cinema proibida. Eu nunca presenciei a invasão dum cineclube de jovens com roubo de ficheiros, gente ameaçada, cartazes arrancados. Eu nunca soube do assalto à Sociedade Portuguesa de Escritores, da prisão dos seus dirigentes. Eu nunca soube da lei do silêncio e da damnatio memoriae que impendia sobre os mais prestigiados intelectuais do meu país. Eu nunca fui confrontado quotidianamente com propaganda do estado corporativo e nunca tive de sofrer as campanhas de mentalização de locutores, escribas e comentadores da Rádio e da Televisão. Eu nunca me dei conta de que houvesse censura à imprensa e livros proibidos. Eu nunca ouvi dizer que tinha havido gente assassinada nas ruas, nos caminhos e nas cadeias. Eu nunca baixei a voz num café, para falar com o companheiro do lado. Eu nunca tive de me preocupar com aquele homem encostado ali à esquina. Eu nunca sofri nenhuma carga policial por reclamar «autonomia» universitária. Eu nunca vi amigos e colegas de cabeça aberta pelas coronhas policiais. Eu nunca fui levado pela polícia, num autocarro, para o Governo Civil de Lisboa por indicação de um reitor celerado. Eu nunca vi o meu pai ser julgado por um tribunal de três juízes carrascos por fazer parte do «organismo das cooperativas», do PCP, com alguns comerciantes da Baixa, contabilistas, vendedores e outros tenebrosos subversivos. Eu nunca fui sistematicamente seguido por brigadas que utilizavam um certo Volkswagen verde. Eu nunca tive o meu telefone vigiado. Eu nunca fui impedido de ler o que me apetecia, falar quando me ocorria, ver os filmes e as peças de teatro que queria. Eu nunca fui proibido de viajar para o estrangeiro. Eu nunca fui expressamente bloqueado em concursos de acesso à função pública. Eu nunca vi a minha vida devassada, nem a minha correspondência apreendida. Eu nunca fui precedido pela informação de que não «oferecia garantias de colaborar na realização dos fins superiores do Estado». Eu nunca fui objecto de comunicações «a bem da nação». Eu nunca fui preso. Eu nunca tive o serviço militar ilegalmente interrompido por uma polícia civil. Eu nunca fui julgado e condenado a dois anos de cadeia por actividades que seriam perfeitamente quotidianas e normais noutro país qualquer; Eu nunca estive onze dias e onze noites, alternados, impedido de dormir, e a ser quotidianamente insultado e ameaçado. Eu nunca tive alucinações, nunca tombei de cansaço. Eu nunca conheci as prisões de Caxias e de Peniche. Eu nunca me dei conta, aí, de alguém que tivesse sido perseguido, espancado e privado do sono. Eu nunca estive destinado à Companhia Disciplinar de Penamacor. Eu nunca tive de fugir clandestinamente do país. Eu nunca vivi num regime de partido único. Eu nunca tive a infelicidade de conhecer o fascismo.

Mário de Carvalho, escritor - in "DENEGAÇÃO POR ANÁFORA MERENCÓRIA", retirado da sua página do facebook

11 abril, 2022

DIÁLOGOS COM A MINHA PRÓSTATA - X (EM QUE PARTICIPA A MINHA BEXIGA)

 

Ela (a próstata, com voz ansiosa) -Então, como é que correu a consulta? Se ele disse que esse malvado ainda está comigo, desminto!

Eu (com alegria na voz) - Acho que esse cancro foi embora. Só que... o doutor não confia ...

Ela (a próstata, com voz irada) - Quem é esse badameco do teu médico para desconfiar de uma honesta próstata?

Eu (em tom apaziguador) - Ele disse que era aconselhável manter a vigilância pois esse malvado às vezes pinta o caneco e por outro lado é preciso agora tratar da bexiga! .

A outra (a bexiga, em altos berros) - Alto aí! Esse cancro bem se fez ao piso, mas mandei-o dar uma volta! Mas fiquei e estou tão nervosa... tão excitada...

Eu e a Próstata (em coro) - Pois, o problema é esse! Mas resolve-se!

(Amanhã vou aviar nova receita! Aproveito para deixar um profundo agradecimento a quem, com todo o profissionalismo e disponibilidade para me aturar, parece ter tido todo o sucesso naquilo em que tanto se empenhou. Obrigado Dr. Frederico Ferronha! )

ler aqui todos os anteriores "Diálogos"

10 abril, 2022

HOMILIAS DOMINICAIS (Citando Saramago) - 125 | As vozes corajosas|

ler tudo, no Jornal Público
 

Estivesse Saramago entre nós e certamente o ouviríamos antecipando-se a outras vozes corajosas ou juntando-se-lhes, não como um eco mas como um reforço levando longe os factos ou elementos de juízo para um claro entendimento da guerra

Saramago, juntaria as suas palavras a estas outras que por aí não se calam e, sobre os crimes de guerra, não deixaria de formular juízos próximos deste, assim:

“Vladimir Putin terá de ser julgado por crimes de guerra, é inequívoco. Mas se quisermos fazer uma análise independente, realmente independente, então teremos de dizer que também George W. Bush terá de ser julgado por crimes de guerra, Tony Blair, etc, por causa da guerra no Iraque… e até em Portugal haverá quem possa ser julgado, por colaboração com os EUA.”

Anabela Alves, especialista em Direito Internacional, foi a primeira advogada a participar em julgamentos de crime de guerra no TPI, em entrevista ao Jornal de Notícias.

HOMILIA DE HOJE

Mobilizemo-nos todos para a luta pela paz.
(...)
Não é com forças de transcendência que temos de confrontar-nos, mas sim, e apenas, com outros homens. Trata-se, então, de tornar mais forte a vontade de paz que a vontade de guerra. Trata-se de entrar em mobilização geral para a luta pela paz: é a vida da Humanidade que estaremos defendendo, esta de hoje, e a de amanhã, que talvez se perca se não começarmos a defendê-la agora mesmo. A Humanidade não é uma abstracção retórica, é carne sofredora e espírito ansioso, e é também uma esperança inesgotável.

A paz é possível. Mobilizemo-nos para ela.

09 abril, 2022

ADRIANO - "Eu canto para ti um mês onde começa a mágoa!"

Associo-me à homenagem e, da voz, trago a quadra adequada...

Eu canto para ti um mês onde começa a mágoa
E um coração poisado sobre a tua ausência
Eu canto um mês com lágrimas e sol o grave mês
Em que os mortos amados batem à porta do poema 

08 abril, 2022

O MEU LIVRO? VAI INDO! - III


Bem!, isto é apenas uma amostra... o trabalho vai andando... e a autora, já conhecida, não está de acordo (de todo) com esta antecipação... 

Contudo, não resisti. Até porque confirma que a minha ideia inicial não iria resultar. Isto porque fui recebendo dezenas e dezenas de desenhos, ilustrações de crianças, que confirmam o que antes me fora recomendado:

Os desenhos das crianças, sendo uma manifestação de arte para a criança que a produziu, não são nem fáceis de resultar bem para a impressão como são, de um modo geral, pouco atractivos para o público infanto/juvenil.

Dia Mundial da Criança, irá ser dado à estampa! Boa?

06 abril, 2022

NINGUÉM DUVIDA DO MASSACRE DE BUCHA?

«Quem, logo no início da invasão russa da Ucrânia, a 24 de fevereiro, tomou partido ativo por um dos lados em conflito escrevendo, falando, adjetivando nos jornais, rádios e TV ou, em alternativa, batalhando nas redes sociais em comentários e publicações inflamadas, apaixonadas, bélicas confronta-se, 42 dias depois do começo da guerra, de forma contraditória, com a acumulação insuportável do horror das imagens dos cadáveres.

Mesmo filtradas, censuradas, selecionadas, editadas ou manipuladas, por razões tão diferenciadas que tanto podem ir do bom senso humanitário, como chegar ao exercício perverso de propaganda política, o que já vimos de sanguinário nesta guerra é suficiente para ser inequívoco: a crueldade está a ganhar demasiadas batalhas.

Esta náusea, este choque com a realidade da guerra, confronta o íntimo de cada um daqueles partidários de causa alheia com esta pergunta: "se o meu lado neste conflito acumula crimes e abusos, se se revela um facínora, eu, que o apoio, sou também um facínora?"»

Pedro Tadeu, ler tudo, hoje no DN

 

05 abril, 2022

VITIMAS DE OUTRAS GUERRAS - II

(repetição)


Em Outubro de 2011 rendia eu homenagem a Steve Jobs, no ano da sua morte. E escrevia eu, com aquele inocência de quem não tem a mínima ideia da dimensão da coisa, "Eh pá, sempre que firmes uma ideia ou um ideal ou uma convicção não a assumas sem ouvir o seu contrário ou, pelo menos, o outro lado da questão." até aqui tudo bem. Pensava assim e penso. Onde eu errava era na afirmação seguinte, quando me dirigia a mim mesmo, dizendo "E lembra-te, uma coisa boa só o é se for partilhada ou por todos usada."
E qual era o meu erro? A consideração "coisa boa". De facto, e falando da tecnologia web, é um erro considerar aplicativos, tais como os jogos, uma coisa boa dada a larga escala de uso e de partilha. Estamos a falar de dezenas de milhões, que em simultâneo usam nas redes sociais jogos, que começam por utilizar por mera curiosidade.

Alguns exemplos que são referência para quem vai estar estes dias na Web Summit: com cerca de 9,5 milhões de utilizadores diários o 'The Sims Social' superou o 'FarmVille' que contava, em 2011, com 8,3 milhões de jogadores que acediam ao jogo com frequência. Mas em primeiro lugar, reinava distante o 'City Ville', com cerca de 13,7 milhões de utilizadores por dia. No segmento jovem, o jogo League of Legends já alcançava, em 2016, a marca de 100 milhões de jogadores por mês. Esta dimensão não pára de aumentar, assim como a correspondente tradução financeira...

Na Web Summit há um mundo com os olhos postos nisso e a empreender negócios à volta dos jogos, que na sua larga maioria se destinam a seguir tendências e, dentro delas, a inovar. Negócios cujo sucesso depende  do consumo. E que o consumo, para ter volume, deve ser massivo. 

E quanto ao resto, o vídeo trata disso...

04 abril, 2022

VÍTIMAS DE OUTRAS GUERRAS

 

Hoje, um pouco em contra-corrente e aproveitando imagem de uma amiga que gosta de uma boa anedota, venho lhe dar-lhe uma volta na piada dada e dar meu grito de desespero. 
É que há vítimas de uma guerra, em que ninguém agride ninguém. O sangue não jorra. A sirene não soa. O grito não se ouve. A vítima não agoniza.  Pois o efeito é mais lento, mas igualmente nocivo, mortifero. Como em qualquer guerra. Mas esta, é mais insidiosa e perversa pois o inimigo é...
 (descubra você, pois eu estou farto de acusar sempre os mesmos)
 

03 abril, 2022

HOMILIAS DOMINICAIS (Citando Saramago) - 124 [Chegou o susto necessário?]


E a esperança, não deixemos que adormeça
Dos lábios ainda brotam sorrisos antigos
e no rosto sereno
desenha-se uma vontade oculta de voltar
O corpo, outrora apenas deitado,
jaz agora sob o musgo, de verde esperança atapetado...
Deixou-se, com o passar do tempo, soterrar.
Acordará com um só susto ou gesto irado e brusco?
Se acordar, será que se solta?
Ou terá que esperar que tudo se desmorone à sua volta? 
Rogério Pereira (uma outra versão desta edição)
HOMILIA DE HOJE
"A Terra rebentará, podemos tê-lo por seguro, mas não será para amanhã. Do que estamos a necessitar é de um bom susto. Talvez despertássemos para a acção salvadora."
José Saramago, in "Outros Cadernos..."

Tremo, só de pensar
na ausência da acção salvadora

02 abril, 2022

A "MINHA" CELEBRAÇÃO DO CENTENÁRIO DE SARAMAGO ESTEVE QUASE A IR PELA ÁGUA ABAIXO...

Na verdade a celebração não era minha. Minha era a ideia de a celebrar da maneira já aqui contada. A celebração envolvia, além da minha associação, uma escola e uma companhia de teatro. Quem me lê, talvez não tenha presente aqueles telefonemas, em Novembro do ano passado.

Encurtando texto, vos digo que o projecto ficou pelo caminho (a pandemia fez dele vítima) mas hoje abriu-se outra perspectiva. E vou trabalhar nela!