Como sempre acontece quando a família se reúne, houve de tudo. Houve lembranças vividas, houve um pouco de tertúlia e houve, a inevitável, conversa séria. Antes de tudo, a comezaina da saborosa lasanha, obra da Minha MaiNova, momento em que se passou o canal, onde ele estava, para aquele em que só passa (boa) música.
Nesse momento, saudei-lhe o gesto "Boa, filha. Ouvir tanto dislate cansa... é que em tanta verborreia, não há uma única notícia e o que abunda é a desinformação". Nesse preciso momento, meu genro, avança no tema e defende tese. O outro genro, nada acrescenta e eu, sempre naquela ironia fui discorrendo sobre o que agora retomo, mas em tom sério:
"(...) o agravamento da situação é indissociável da perigosa estratégia de tensão e confrontação promovida pelos EUA, a NATO e a UE contra a Rússia, que passa pelo contínuo alargamento da NATO e o reforço do seu dispositivo militar ofensivo junto às fronteiras daquele país, e em que insere a instrumentalização da Ucrânia, desde o golpe de estado de 2014 (...)
"a Rússia é um país capitalista, cujo posicionamento é determinado, no essencial, pelos interesses das suas elites e detentores dos seus grupos económicos"
Do desfecho, só tenho uma certeza e coincide com o que acabo de ler
«Mas de longe o maior perdedor é a Europa que tem sido vergonhosamente
vendida pela sua cobarde classe política. Primeiro, a Europa perdeu a
oportunidade económica de uma parceria pacífica com a Rússia. Em vez
disso, irá perder mercados importantes e pagará muito mais pela energia.»