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02 outubro, 2021

VOTAR PASSOU A SER UM ACTO REDUNDANTE?

 

Porque, e porque, e porque... por uma carrada de razões, resolvi partilhar:

«...quanto às histórias da substituição do território pelo mapa, nada consegue superar um conto de Jorge Luis Borges: os cartógrafos de um império, tentando satisfazer a ambição de representar o mundo com a máxima fidelidade, chegam ao absurdo de realizar um mapa do império na escala de 1:1. O mapa torna-se assim, progressivamente, o território.

Este modo de representação da realidade provoca uma desconexão. É o que acontece também com as sondagens que substituem, no cálculo dos eleitores, os resultados das eleições e tornam o acto eleitoral um acontecimento redundante porque se limita a cumprir uma destinação. E é, de maneira mais geral, o que se passa com a governação enquanto máquina de medir, calcular e reagir aos números. Os dirigentes políticos estão cada vez mais perante o mundo cifrado dos “indicadores” numéricos, dos scores. Afectados por esta ilusão hiperrealista, vão progressivamente perdendo de vista a realidade do território e deixam de saber o que se passa no país. Trata-se de um sinal eloquente da ascensão do biopoder — essa nova técnica do poder e forma de “governamentalidade”, analisadas por Foucault. Esta dissociação entre as representações quantificadas da situação política e a realidade é uma forma de entropia. Foi assim que a União Soviética implodiu, colapsou.

A entropia, esse fenómeno físico que afecta inevitavelmente a governação à imagem de um sistema termodinâmico, remete-nos para o imaginário cibernético que domina desde há bastante tempo as tecnologias de governo, do mesmo modo que cria nos eleitores a ilusão de que o resultado das eleições está decidido por um cálculo antecipado.»

António Guerreiro
Ler tudo no Público – Ípsilon 1 Oct 2021

24 setembro, 2021

INDEPENDENTEMENTE DOS RESULTADOS ELEITORAIS, REGISTO DESDE JÁ POSITIVO...

 
 
Como é sabido, expresso e tornado público, esta página situa-se a meio caminho entre ser um blog e um diário. Assim, hoje é um registo para minha memória futura. Isto porque esta campanha constituí um marco que cumpre assinalar. 

E cumpre assinalar, pois independentemente dos resultados eleitorais, registo desde já (muito) positivo, em Oeiras:
  • Das 5 freguesias, 3 são encabeçadas por mulheres;
  • A média de idades d@s candidat@s situa-se nos 46 anos;
  • Na minha freguesia, a maior (e é muito grande), mais de 20% d@s candidat@s têm menos de 30 anos
  • A organização funcionou em todo o território e não apenas a despachar papel, mas nas entregas dos programas, conversando e ouvindo, ouvindo, ouvindo...

22 setembro, 2021

QUEM VÊ CARAS, NÃO VÊ CORAÇÕES!

 

Quem vê caras não vê o que está dentro de cada coração, cuja posição (lembro) é do lado esquerdo. Se acreditam em mim, vos garanto, que todos querem mudar o Mundo, que todos sentem não custar muito e que todos compreendem que leva é muito tempo...

Há por aí caras vossas conhecidas... ora vejam se as reconhecem!

20 setembro, 2021

ESTOU NO RANKING DOS MAIS LIDOS! BOA?


 Quem há muito me segue, sabe que abordo temas diversos e assumo personagens bem diferentes, embora todas tenham a ver com o Meu Sangue Mouro ou com a Minha Alma Celta ou ainda com o Meu Coração Luso. Nesta última semana da campanha eleitoral (até pela minha condição de candidato) crio uma excepção, como se evidencia nas imagens acima...

E a (des)propósito, consto de entre os mais lidos num blog de respeito, ora espreite!

19 setembro, 2021

E A CAMPANHA VAI ENTRAR NA SUA ÚLTIMA SEMANA


Sem abdicar de interregnos para coisas belas (lembram-se daquele amoroso e tímido sorriso?), entrego-me totalmente à militância, na prática de "actos de cidadania" em compromisso com valores e ideais de que não abdico. Hoje foi mais um dia intenso, mas poupo-vos à discrição detalhada do meu lufa-lufa e apenas enalteço uma tarefa: traduzir para crioulo uma mensagem que vamos deixar aos bairros sociais, onde residem maioritariamente cidadãos de origem cabo-verdiana.  

De, um texto assim:

«Em Oeiras habita um grande número de residentes de nacionalidade estrangeira, deve o município acompanhá-los, apoiando-os na procura de respostas adequadas às suas necessidades. (...)
Defendemos uma Oeiras aberta ao mundo e inclusiva que combata as exclusões e todas as discriminações. A violência de género, os direitos das mulheres, a discriminação de pessoas portadoras de deficiência e de grupos étnicos, a intolerância religiosa são preocupações constantes na nossa acção.»

Eis como soa, depois de traduzido:

«Na Oeiras ta mora txeu pesoas di nasionalidade estranjeru; municipiu debi kumpanhas, apoias na djobi rispostas sertu pa ses nisisidadis. (...)
Nu ta difendi un Oeiras abertu a mundu y inklusivu ki ta kombati iskluson y tudu tipu di diskriminason. Violensia di geniru, diretus di mudjeris, diskriminason di pesoas portadoris di difisiensia y di grupos etnikus, intoleransia riligioza e priokupasons ki senpri nu ten ku nos.»


17 setembro, 2021

FICOU AFLITO O JOÃO AO VER, ASSIM, A MINHA MÃO...


Essa mão, aí, é minha. O primeiro penso cobre uma pequena ferida, feita junto ao polegar ao transportar o mupi que com o João montamos em Caxias.

O segundo penso, no indicador direito, resultou de uma ferida mais extensa feita ao tentar evitar que o mupi, que o João em distracção,  me fez cair sobre a cabeça. O João ficou aflito não só pelo intenso sangrento mas também pelo sentimento de culpa.

Tranquilizei-o e depois da compra dos pensos e da água oxigenada a conversa foi parar aos meus dotes de curandeiro, de uma Alma que nunca se quis fardada. Aí, quando falei disso e que até tinha escrito um livro. Ele pediu-mo. Disse-lhe estar esgotado. Prometi-lhe enviar em PDF e se quer aproveitar a ocasião aqui está... Boa leitura

Para quem não saiba o que é um mupi, é essa estrutura aí, promovendo os candidatos da CDU (e o João é esse jovem, o primeiro, a contar da esquerda)

16 setembro, 2021

AMANHÃ, SERÁ ASSIM COMO HOJE FOI (EMBORA FAZENDO DIFERENTE)


 

A primeira imagem, cheia de sorrisos, dá uma ideia de uma lista candidata com meninas à farta e mais ainda, com muita gente jovem (a começar por mim).

A segunda, aí estamos em acção. Não, não é mera entrega de propaganda, falamos com quem passa. 

A Delta
Esta "tarefa" é apenas uma delas, pois vou a todas e a "Delta" agradece: ele é colar mupis; ele é transportar estruturas, para colar mupis; ele é fazer a cola, para colar mupis; ele é formatar cartazes e cartazetes; ele é rever textos e articular-me com o gráfico para a produção de propaganda. 

Ah, e o programa? Tá aqui, formatado por mim, do qual transcrevo a introdução. Diz assim:

29 julho, 2021

HOJE OCORREU A ENTREGA DAS LISTAS E DEPOIS FUI APRESENTADO... SE FOR ELEITO SERÁ O MEU ÚLTIMO MANDATO

... de manhã foi a entrega das candidaturas em Tribunal... Na parte da tarde fomos apresentados. A minha intervenção não chegou ao fim... a dada altura a emoção tomou conta do mim (essa parte, está arredada do texto).

E a parte do que eu disse, fica aqui escrita:

«O “nós CDU” do meu discurso significa e continuará a significar que me ligo a um colectivo, e que cada agendamento, que cada moção, proposta ou requerimento a apresentar serão previamente discutidos ou irão passar pelo escrutínio ou conselho dos elementos que integraram a nossa candidatura.

31 maio, 2021

O "QUEM ACERTA?" E UM EXEMPLO DA OBRA OBRADA

 

No sábado perguntava "Quem acerta?" Em boa verdade, ninguém acertou! Primeiro, porque não fotografava mas recolhia imagem para a montagem de um vídeo que mostraria a obra obrada; segundo, mostrar o ridículo é um contributo para mudar o Mundo...

 

08 abril, 2021

HOJE, MAIS UM DIA EM PASSO DE CORRIDA!

Cedo começou a faina, numa esplanada onde há muito não ia. 

Redigi o voto de pesar para que a Confederação o remetesse ao CEE.

Liguei à assistente social, a Drª Júlia, a dar-lhe conta da Maria João, de como se lhe agrava a visão e das dificuldades não superadas na confirmação da chamada para a vacina e colocando a questão de ela superar o tropeção. Fantástica profissional pegou no problema e de pronto o resolveu. Confirmou ao fim da manhã que ela voltaria a ser chamada.

Depois foram mais de uma dúzia de telefonemas para preencher a lista de confirmações para assistirem à apresentação do livro "1921/2021 - 100 ANOS DE LUTA" a realizar na tarde de sábado. A meta que me foi fixada era atingir 20 presenças e que a maioria não fosse militante do meu Partido (confirmado à bocado 60% serão independentes).

Na esplanada, a sombra trouxe o desconforto do frio que a brisa acentuou. Em casa liguei à Olívia para não contactar a Direcção do INIAVE pois conseguira a adesão do 5º elemento para preencher o grupo de redacção do programa eleitoral que trataria do tema "Parques Hortícolas em meio urbano" e dei-lhe a notícia de o João ter aderido. 

Seguiu-se o almoçinho  seguido da curta sesta e depois uma conversa com o João. O João é um cabo-verdiano batido e mais que batido no tema agricultura e diligente  animador-zelador de hortas comunitárias no concelho. Falámos de tudo um pouco e combinamos outro encontro antes de reunir o grupo. 

De regresso, entrei no Jardim Municipal para confirmar se se mantinha o abandono que observara no inicio do meu mandato de eleito.

E o aspecto do lago, que outrora tivera simpáticos patos e repuxos, era este que a foto documenta. Ao longe, a gaiola que tivera mil espécies de coloridas aves, mantinha-se deserta. Ao lado a "estufa fria" mantinha-se com um portão e lá dentro um dumper camarário dava sinal de estar servindo de garagem e depósito de arrumação.

Perdida no meio de tão profundo desacerto jaz abandonada uma obra assinada por Vhils e saí dali fazendo mentalmente o balanço de um dia  onde meu trabalho de candidato tivera significativo avanço!


Este era o aspecto da obra em 2016, quando foi inaugurada. Hoje reflecte o abandono a que se encontra votada. Será que o autor sabe?

20 março, 2021

DIÁLOGOS DE PRIMAVERA

O dia tinha decorrido até ali com uma actividade intensa. Primeiro, escrever o resumo e as conclusões da última reunião do Partido, depois enviar à Heloísa o documento que lhe tinha prometido na última reunião da coordenadora da Coligação e por fim, integrar num único guião, os diferentes alinhamentos das intervenções dos convidados a participar na iniciativa agendada para a próxima terça-feira, introduzir alguns ajustes e validá-los com os parceiros e, por último, distribuir o guião final a toda a gente. Ufa! 5 da tarde, como o tempo passa!

Sem outro compromisso, o sol primaveril desafiava a um passeio. E dei-o. Fui a caminho da Torre e ao passar por uma árvore aconteceu o que jamais esperaria poder acontecer, o reencontro com o mesmo melro com o qual trocara, há tempos, melódicos trinados. De pronto não o reconheci quando ele começou e lançou um canto a que nem sequer liguei. Ele insistiu e pareceu-me então que sim, que era ele. Fiquei mais atento a escutá-lo até perder a dúvida. Sim, era mesmo ele. Fiz então o que fizera antes, lancei-lhe um tímido assobio, depois outro e depois outro ainda, mais afinado. Houve um silêncio, como se o pássaro quisesse interpretar a minha mensagem posto que ele voltou à liça num chilrear harmonioso, com volteios entre agudos e graves finalizando com chilrear desafiante. Respondi-lhe imitando-lhe parte e depois mais criativo fui inventando sons que nem antes tinha avançado. Estivemos assim um tempo, ora ele, ora eu até que se calou como se tinha calado. Percebi que o nosso diálogo tinha chegado ao fim. Antes que partisse, quis registar-lhe a imagem. Parecendo ter percebido, fez pose aguardando a foto e logo que aconteceu o clique, partiu e eu prossegui o meu passeio. 

Fui ver o mar, exactamente no ponto onde acaba o rio.

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11 janeiro, 2020

19 junho, 2018

Contra o encerramento da Agência da Caixa, cá no meu bairro...


O meu bairro, conhecido pelo "bairro novo das caixas", faz parte de um agregado urbanístico que integra "o bairro velho".  Estes bairros são originários do antigo sistema de previdência, um e outro construídos pela "Caixa de Previdência" e pela "Caixa Nacional de Pensões" respectivamente.

Junta-se a esses, um bairro de iniciativa municipal, mais recente. Estes três bairros alojam famílias da classe média baixa e neles residem cerca de 3800 eleitores, na sua grande maioria gente idosa e como já referi aqui, gente de magras reformas ou pensões.

Amanhã, a partir das 10h da manhã, vou estar à porta da CGD a recolher assinaturas, de um abaixo assinado, com o seguinte texto:

A Administração da Caixa Geral de Depósitos tenciona encerrar dezenas de balcões em todo o país. Entre esses balcões está o balcão da Medrosa, cujo encerramento está previsto para o final do mês de Junho.
BASTA! Toda a população local, e em especial os idosos, precisam dos Serviços Públicos! E a Caixa (CGD) é o banco público do Estado!
Não podemos permitir que se continue a financiar a banca privada e os seus desmandos com dinheiros públicos (que são o enriquecimento de alguns, com o fruto do trabalho de todos), e que depois se encerrem os serviços públicos, fundamentais às populações, alegando falta de recursos!
É pois hora de defender as populações e os interesses do Estado e exigir que o Governo através da Administração que nomeou para a CGD mantenha em funcionamento os balcões, fundamentais à população, como é o caso da Agência do Alto da Barra, na Medrosa!
Face ao exposto, os abaixo-assinados:
1. Exigem da Administração da Caixa Geral de Depósitos o recuo na decisão de encerramento da agência; 

2. Exigem da Junta de Freguesia da União de Freguesias de Oeiras e S. Julião da Barra, Paço de Arcos e Caxias, da Câmara e da Assembleia Municipal de Oeiras toda a solidariedade e diligências necessárias junto das entidades competentes para garantir a continuidade do funcionamento da agência;
3. Exigem ao Governo que actue junto da Administração da Caixa Geral de Depósitos para garantir a continuidade do funcionamento da agência.

02 outubro, 2017

As autárquicas e a razão do sucesso do PS


Como facilmente de percebe, Mário Centeno nunca terá dito isto. A imagem, montada, é uma metáfora que dá expressão ao que eu penso sobre a vitória do PS, sobre a tremenda derrota da direita e, também, sobre as significativas perdas da CDU. 
Explicando melhor, depois de Jerónimo há exatamente dois anos atrás ter aberto a porta à solução - "O PS só não forma Governo se não quiser" - Mário Centeno consegue o enorme feito de ser qualificado como "o Ronaldo do Ecofin" e ser chamado a dar as notícias de reposição de salários, pensões, descongelamento das carreiras. E, no mesmo dia em que se anunciam os resultados da vitória autárquica do PS, a imprensa anuncia a promulgação pelo Presidente da República do diploma que elimina os cortes nas reformas antecipadas das carreiras contributivas longas e põe em destaque Vieira da Silva.
O eleitorado, reconhecido, votou naqueles que a circunstância (e a imprensa) fez com que o PS capitalizasse todo o mérito pela inversão das políticas do anterior Governo.
Lamento a queda da CDU? Nem pensar. Lamentaria é se o Povo ainda se mantivesse sob o jugo da direita.
E quanto às câmaras perdidas, cito o que o cão diz ao cego: "a ver vamos!"


30 setembro, 2017

Redacções do Rogérito (38) - "Período de reflexão, antes da votação "

A stora que gosta muito da democracia deu-nos por trabalho de casa escrever sobre isso e eu logo me lembrei do que tinha escrito o senhor Bernardo que dizia ser a Democracia um sistema que nos garante não ser governados melhor do que merecemos e se é verdade que eu mereço uma Democracia melhor há gente que não sei se merece tanto.
Neste dia de reflexão também me veio à ideia aquele poeta conhecido que dizia nem sequer ter sido ouvido do acto de que nascera e por isso fica a reflexão que ninguém terá sido escutado para ser cidadão e é porque é e não porque tenha escolhido ser que ir votar deve passar a ser dever. E quem não cumpre deveres deve ficar de castigo. 
É isso que a stora por vezes faz comigo. 
Quanto a mim quem não votasse devia pagar mais IMI ou ser-lhe vedado o acesso ao Passeio Marítimo ou pagar por uso da via pública sempre que saísse à rua ou taxa de estacionamento quando se sentasse num banco de jardim e outras coisas assim...

Rogérito

29 setembro, 2017