31 outubro, 2023

HALLOWEEN? PÃO POR DEUS? DIA DE TODOS OS SANTOS? EM QUE É QUE FICAMOS?

Esta foto trago-a no coração

Minha Alma Celta não liga à data que (dizem) lhe está na história, Meu Sangue Mouro alia-se ao Meu Coração Luso e celebram memórias de infância (Pão por Deus) que uma data importada veio destruir, em Dia de Todos os Santos. 

Ah, a memória...

30 outubro, 2023

REDACÇÕES DO ROGÉRITO - 53 (O OGE, VIRA O DISCO E TOCA MAIS DO MESMO)

Tema da redacção: O OGE agora explicado por um convidado

A stora reconhecendo que a aula dada tinha sido e mais uma vez uma grande baralhada e que a explicação dada tendo a única coisa a ficar mais um vez clara tinha sido o facto do dinheiro todo continuar a ir para o mesmo lado mas que para entender isso a aula nem teria sido necessária bastando voltar a olhar para a cara das pessoas à saída do supermercado e medir o tamanho da fila para fazer a raspadinha na esperança de lhes sair qualquer coisinha que lhes permita compor o pouco que levam no saco.

Foi então esta aula dada por aquele conhecido convidado o tal senhor  bem-apessoado que com voz monocórdica levou o tempo todo a dizer o que a stora já tinha dito e a explicar tim-por-tim aquilo que não tem explicação e que em vez de bata usava gravata e quando tocou para o intervalo calou-se então pois de pronto a turma se levantou e deixou o perito a falar sozinho.
 
Quando for crescido e vier a ser eu o convidado antes de falar do tema falarei do sistema que em termos de impedimento da justa distribuição da riqueza este orçamento é um excelente instrumento. 

A aula sobre este Orçamento Geral do Estado tem a mesma música e a mesma pauta e assim se vira o disco mas o que se toca é mais do mesmo.
 
Me assino 
Rogérito

29 outubro, 2023

SÍLVIA, FIXEM O NOME


Ela ilustrou o meu livro
Ela tece poemas
e percorre-os com uma voz
que tem a doçura da terra
Ela dá outra cor à flor
Ela dá outro verde ao verde envolvente
Ela dá mais sentido ao caminho
e percorre-o como se percorresse
esse jardim
que se vê aqui

Ela, chama-se Sílvia Mota Lopes
fixem o seu nome!

28 outubro, 2023

27 outubro, 2023

NATÁLIA, A VISIONÁRIA


Celebra-se este ano o centenário do nascimento de Natália Correia. O Parlamento assinalou a data, no passado dia 15. Aí, de modo unanime, todas as forças, de um modo ou doutro, lhe fizeram rasgados elogios. Também eu a elogio. O meu, agrega todos os então proferidos e junta-lhe mais um: visionária! Sabendo somar dois mais dois, traça, em 1993, o retrato pormenorizado dos dias de amanhã, que hoje já se pressente! Sem uma falha!

26 outubro, 2023

TAL COMO HOJE, GAZA EM 2014


Hoje ocorreu-me fazer o que já devia ter feito: ir espreitar tudo o que em 13 anos de andar por este espaço, sobre Faixa de Gaza fui publicando e fiquei surpreendido pelas dezenas de posts postados. Escolhi este, publicado em Julho de 2014, com um título significativo:


Vá lá ter e leia o resto. 
Vá! Mexa-se como eu, então, também me mexi!

25 outubro, 2023

NA VIDA HÁ UMA ÚNICA OPORTUNIDADE DE SE FAZER 25 ANOS


Esta imagem já tem algum tempo. Data exactamente desde o preciso momento em que me comecei a sentir velho e a assumir a minha velhice confessando que, desde aí, como acontece a quem tem anos em cima, repito e repito vezes sem conta a mesma coisa...

...hoje repito com a consciência deliberada de ser repetitivo. Repito um poema antigo sob a forma, mais uma vez, de oportuno conselho.

Cá vai:
Há que seguir o guia da arte de bem voar 

A primeira regra é fácil de dizer, difícil de fazer
É treinar o olhar, para saber (sempre) onde poisar
É estar aberto à observação e ao aprender
É educar a atenção, a inteligência e o pensar

A segunda regra, requer treino e ausência de medos
É perceber que pequenas quedas fazem parte da viagem
É não se deixar enredar em fáceis e distraídos enredos
E é iniciar o treino, com persistência e coragem 

A terceira regra é já de laborioso exercício de treino
É escolher um ramo que não seja ameno poleiro
É escolher o que fique a distância curta para não falhar
E que as asas sirvam quase apenas para pousar

As regras seguintes, quase iguais, aumentadas de dificuldade
Ramos cada vez mais distantes, cada vez mais em subida
No sentido em que se encaminha a vida...
E à medida que as asas ganham idade

Quando se chega ao alto é que tudo começa
E a última regra de bem voar, é voar em bando
Distinguir a selva da floresta
E saber parar, de vez em quando

Podes (re)começar!

Para ti Miguel, deste teu velho pássaro

24 outubro, 2023

JOAQUIM VIEIRA COTAS - IN MEMORIAM (1928-2023)

Com 95 anos de idade e uma vida preenchida por causas, participando em intervenções de cidadania e militância na defesa de todos os humilhados e ofendidos, faleceu o meu camarada e amigo Joaquim Cotas. Era filho do meu Bairro (Medrosa) por cuja comunidade se bateu desde sempre. Na foto, dá-se conta de uma das suas intervenções públicas, em 2018, numa iniciativa na Escola Básica M. Beça Múrias sob o lema "A Memória Colectiva Quere-se Viva".

O velório terá inicio às 10h de quinta-feira, na capela da Igreja de S. Julião da Barra (Medrosa) estando marcada para as 16h a sua cremação nas instalações de Barcarena.

Hoje mesmo, na Assembleia Municipal de Oeiras, foi aprovado (por unanimidade) um voto de pesar. De assinalar as intervenções de representantes de forças políticas adversas (PSD e INOV) em termos que bem refletem a sua personalidade e o respeito com que era tido.



23 outubro, 2023

MEU NOVO NINHO É UMA GALERIA D´ARTE



Ainda tenho parede... embora esteja muita obra apeada. Refiro-me, com destaque, às ilustrações da Sílvia Mota Lopes para o tal livrinho (Contos Para Serem Contados)... é que volta não volta vão estar numa escola, e depois noutra e noutra e noutra (oportunamente farei relato).

Fora do vídeo está obra do companheiro da minha vizinha e, lindos, lindos, lindos quadros dos meus netos. Do Miguel, o de cima. Em baixo, o da Maria. Ora vejam:

 

20 outubro, 2023

É BOM TER UM JARDIM SÓ PARA MIM, MAS... NÃO GANHEI PARA O SUSTO!

Já vos falei do meu jardim, da gata minha namorada e do melro que me desafia o canto. Já falei dos meus novos vizinhos, que são uns queridos. Tudo bem, mas... há sempre um "mas"!

De facto, no dia da borrasca, não ganhei para o susto... é que além da praia próxima passa, ainda mais próxima, uma ribeira.

Metia medo... e era grande a ameaça...

Passadas duas horas, tendia para o normal...

Não ganhei para o susto!






19 outubro, 2023

NA ONU, ESTADOS UNIDOS BLOQUEIAM "PAUSA HUMANITÁRIA" EM GAZA


Valores mais altos do que a paz forçaram a (falta de) intervenção dos Estados Unidos da América. Apesar de o documento apresentado pela diplomacia brasileira condenar os ataques perpetrados pelo Hamas, exigir a libertação incondicional de todos os reféns e exigir apenas o estrito cumprimento da Lei internacional, os EUA foram o único país com assento na Conselho de Segurança da ONU a boicotar a tentativa de abrir corredores humanitárias na Faixa de Gaza, Palestina.

O documento, que contou com o voto favorável de 12 países e a abstenção da Rússia e Reino Unido (num total de 15), exigia a realização de «pausas humanitárias» que permitissem «acesso pleno, rápido, seguro e desimpedido às agências humanitárias das Nações Unidas» e os seus parceiros, assim como ao Comité Internacional da Cruz Vermelha e «outras organizações humanitárias imparciais». Para o efeito, a resolução pedia o estabelecimento de «corredores humanitários e outras iniciativas para a entrega de ajuda humanitária à população civil» da Palestina.

Ler tudo em AbrilAbril


 

17 outubro, 2023

ENTRE RUÍNAS

ENTRE RUÍNAS

Pressentir a morte na desmesura de uma afronta 
na opressão interminável de cada rua queimada 
de cada disparo de cada cerco de cada agressão. 

A revolta presa na arma do terror. 
A coragem engatilhada nas mãos. 
O susto das sirenes no rosto dos filhos 
e na correria angustiada das mães. 
O clamor sufocado nas lágrimas 
e no sangue a quem dói violentamente 
o exílio do chão onde nasceram. 
A exaustão a golpear o corpo. 
A força do silêncio a ensurdecer o grito. 

Sem tréguas sem resgate sem sujeição 
hão-de abraçar-se fortemente entre as ruínas.

Graça Pires

De O improviso de viver, 2023, p. 64 

16 outubro, 2023

ESTÁ A DECORRER UM MASSACRE

Carmo Afonso

"O direito internacional dá provas de não servir para muito. Israel violou a lei quando cortou o fornecimento de eletricidade, água, combustíveis e comida na Faixa de Gaza. Viola a lei quando bombardeia áreas residenciais, hospitais, abrigos das Nações Unidas ou escolas, viola a lei quando dá avisos prévios impossíveis de cumprir e claro que viola a lei quando mata civis. Mas nada disto tem consequências. Está a decorrer um massacre à vista de todos. O número de mortos que se perspectiva e a forma como estão a tentar eliminar os palestinianos da região obrigam a falar em genocídio e limpeza étnica.

Os ataques do Hamas foram uma carnificina e devem ser classificados, sem reservas, como atos terroristas. O que não podemos é aceitar que sirvam de legitimação para matar civis palestinianos e para o cometimento generalizado de crimes de guerra por parte de Israel. Só que é precisamente isso que está a acontecer.

Vários representantes do Estado de Israel deixaram claro que não distinguem civis palestinianos de milicianos do Hamas. O ministro da Defesa israelita, Yoav Gallant, ao anunciar os cortes no fornecimento de bens essenciais, chamou aos palestinianos animais e disse que Israel agiria em conformidade. O Presidente de Israel, Isaac Herzog, acusou os civis de estarem envolvidos nos ataques: “Poderiam ter-se erguido e ter lutado contra aquele regime maligno.” Estes dirigentes verbalizaram aquilo que teríamos cautela em concluir: que Israel quer punir o povo palestiniano coletivamente pelos atos do Hamas.

Aproximadamente metade da população em Gaza é constituída por crianças. As crianças não são do Hamas e não são cúmplices de ataques terroristas. São, como as crianças e bebés israelitas que o Hamas matou, puramente vítimas de uma guerra extremamente violenta. Na Faixa de Gaza, desde domingo,

Israel matou mais de 700 crianças palestinianas. São números adiantados pela Unicef, que fala também em 2450 crianças feridas. Estamos a falar de crianças, aquelas que temos a missão sagrada de proteger.

Aos que decretaram que não pode existir um “mas” quando se condenam os ataques do Hamas, digo que concordo. Mas exijo igualmente que condenem a matança que Israel está a fazer na Palestina e que o façam sem qualquer adversativa. É um princípio de humanidade e de decência. A quem não for capaz de o fazer, recomendo que se remeta ao silêncio e que se abstenha de exigir tomadas de posição a terceiros.

Outra vez: está a decorrer um massacre na Faixa de Gaza. É obrigatório que os líderes de todas as forças políticas em Portugal esclareçam se condenam, ou não, a atuação do Estado de Israel. É inaceitável que sejam poupados a tomar uma posição sobre este tema. É mesmo preciso saber se consideram que esta barbárie está legitimada, se tem atenuantes ou se é tão imperdoável como os ataques do Hamas.

O mesmo para o Governo. Tirando uma declaração de António Costa no fim-de-semana, que apontava para a crítica ao ataque de Israel a civis, apenas temos visto membros do Governo posicionarem-se ao lado da União Europeia (UE). Sucede que a posição da UE é parcial e, por isso, injusta. As palavras de Ursula von der Leyen em Israel, ao lado de Netanyahu, foram de apoio sem restrições à reação militar de Israel. Foi na sexta-feira, quando já tinham decorrido vários dias sobre o início dos bombardeamentos das forças militares israelitas sobre civis palestinianos. Razões já existiam, e de sobra, para não ter dado uma carta branca ao genocídio.

A falta de iniciativa e de coragem para condenar a atuação de Israel, que se vê por cá, é a mesma que caracteriza a comunidade internacional. Quando isto acabar, contarão muitos milhares de mortos palestinianos e aí existirá uma qualquer condenação ao Estado de Israel. Renovarão os votos de “Never again”, mas será, como sempre, tarde de mais. Teremos falhado aos palestinianos e seremos uma comunidade internacional mais desmoralizada. O que há para fazer teria de ser feito agora, mas nada faz prever que assim seja. À hora a que escrevo, as Nações Unidas nem exigiram um cessar-fogo a Israel e poucos interpelam a organização para o fazer. Parecemos aceitar coletivamente que o destino daquelas pessoas está traçado e que não há nada a fazer por elas. Na Faixa de Gaza vivem pessoas iguais a nós. Tenho a certeza que muitos convivem bem com o que se está a passar porque não acreditam nisso."

 

 Carmo Afonso, in "O Público" - 16/10/2023


 

15 outubro, 2023

COM A ARTE SE FEZ ALERTA... MAS A HUMANIDADE ANDA ADORMECIDA

SE NATAL FOSSE AMANHÃ, MARIA NÃO CHEGARIA A BELÉM


SE JESUS FOSSE NASCER AGORA... NÃO SERIA EM BELÉM

De entre a vasta obra de Bansky, sobre o muro*, escolhi esta imagem

 

O Muro da Cisjordânia é uma barreira física que está sendo construída pelo Estado de Israel, passando em torno e por dentro dos Territórios Palestinos Ocupados (Cisjordânia e Jerusalém Oriental). A barreira tem uma extensão aproximada de 760 km, ou seja, duas vezes o comprimento da Linha do Armistício de 1949 (Green Line) entre a Cisjordânia e Israel. O muro é ladeado por uma faixa de 60 metros de largura (área de exclusão) em 90% da sua extensão, e a muralha de concreto chega a 8 metros de altura em 10% da sua extensão.[1] A maior parte da barreira foi construída na Cisjordânia, e uma parte menor segue a Linha do Armistício de 1949. 12% da área da Cisjordânia ficaram no lado israelense da barreira.[2]

A barreira também é chamada de "Cerca de Separação" ou "Cerca de Segurança", pelo governo israelense, segundo o qual, o propósito da construção seria o de evitar a infiltração de terroristas em Israel.[3] Enquanto os palestinos geralmente se referem à barreira como Muro de Segregação Racial, e alguns oponentes como Muro do Apartheid.[4][5] Para a Autoridade Nacional Palestina, o muro visa criar fatos consumados na incorporação de partes dos Territórios Palestinos ao Estado Israel.

A existência e o traçado da construção, são contestados sob os aspectos políticos, humanitários e legais. O Tribunal Internacional de Justiça de Haia o declarou ilegal em 2004, pois a barreira corta terras palestinas e isola cerca de 450 000 pessoas.[6] Israel não acatou o parecer da Corte Internacional, e a construção da barreira prossegue.

Segundo o Escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA - sigla em inglês), a maioria das barreiras físicas ou burocráticas impostas atualmente à mobilidade e acessibilidade dos palestinos visa proteger os 500 mil colonos judeus que ocupam assentamentos na Cisjordânia - em contravenção à lei internacional -, bem como garantir uma reserva de terras para a expansão futura desses assentamentos e melhorar as ligações viárias entre esses assentamentos e Israel.[8] Duas outras barreiras do mesmo tipo, também construídas pelo governo israelense, são igualmente controversas: a que separa Israel e a Faixa de Gaza[9][10] e a que separa a Faixa de Gaza e o Egito, atualmente sob controle egípcio.[11]

Fonte: Wikipédia, a enciclopédia livre.





14 outubro, 2023

CONFISSÃO DE UM TERRORISTA


Confissão de um terrorista!

Ocuparam minha pátria
Expulsaram meu povo
Anularam minha identidade
E me chamaram de terrorista

Confiscaram minha propriedade
Arrancaram meu pomar
Demoliram minha casa
E me chamaram de terrorista

Legislaram leis fascistas
Praticaram odiada apartheid
Destruíram, dividiram, humilharam
E me chamaram de terrorista

Assassinaram minhas alegrias,
Sequestraram minhas esperanças,
Algemaram meus sonhos,
Quando recusei todas as barbáries

Eles... mataram um terrorista!


Mahmoud Darwich (in "Voar Fora da Asa")

Mahmoud Darwich
(1942 - 2008), poeta e escritor palestino. A vila em que nasceu foi inteiramente arrasada pelas forças  de ocupação israelenses,  em 1948, durante a Nakba, e a família do poeta refugiou-se no Líbano, onde permaneceu por um ano. Voltou clandestinamente ao seu país e descobriu que o vilarejo onde nasceu fora substituído pela colônia 
agrícola israelense de Ahihud. Mahmoud Darwish foi preso diversas vezes entre 1961 e 1967,  e a partir da década seguinte passou a viver como refugiado até ser autorizado a retornar à Palestina, para comparecer a um funeral, em maio de 1996. Darwish é o autor da Declaração de Independência Palestina, escrita em 1988 e lida pelo líder palestino Iasser Arafat, quando declarou unilateralmente a criação do Estado Palestino. Membro da Organização para a Libertação da Palestina (OLP), afastou-se do grupo em 1993, por discordar dos Acordos de Oslo. É considerado o poeta nacional da Palestina. Encontra-se traduzido em mais de 20 línguas.
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13 outubro, 2023

SOU POR ISRAEL? SOU PELA PALESTINA? HAMAS? QUEM SÃO? PORQUE QUERO SAIR DA CONFUSÃO, FUI TER UMA LIÇÃO... E DEPOIS OUTRA, POIS UMA SÓ É COISA POUCA!

Na rádio, ninguém se cala. Na televisão é bomba, atrás de bomba e canhão e mais canhão. Na imprensa escrita repete-se a mesma fita...e, no meio de tudo isso, fico aflito e fui tentar saber... 

 

Foi uma aula longa, intensa... mas será que uma só basta? Pelo sim, pelo não, fui ter outra que estava mesmo ali à mão ...


  

O que foi dito numa aula não foi dito na outra e vice-versa. Mas acho que fiquei com o retrato (quase) completo. Agora estou em condições de ficar mais atento... se quiser, invista seu tempo e faça o mesmo!

12 outubro, 2023

LANÇAMENTO DA 2ª EDIÇÃO DE UM LIVRO DEDICADO ÀS ESCOLAS E EM DEFESA DA PROMOÇÃO DA LEITURA E DA ESCRITA

 No passado dia 9, na Livraria Galeria Verney, por iniciativa do Vereador da CMO, que detém o pelouro da Educação e Cultura, Dr. Pedro Patacho, decorreu a sessão de apresentação da 2ª edição do livro "Contos Para Serem Contados" 

A sessão contou com uma mesa constituída por Olívia Matos (Associação Desenhando Sonhos)
Pedro Patacho (vereador da CMO), Rogério Pereira (autor) e Jorge Castro ( EMACO)

Olivia Matos, Presidente da Associação de Reformados Pensionistas e Idosos - "Desenhando Sonhos", depois de apresentar a mesa e agradecer a presença dos Directores da Escolas Básicas que aceitaram o convite salientou ser objectivo da sessão o lançamento de um livro destinado a ser oferecido às crianças que frequentam o 4º ano das escolas, estando previstas sessões em cada escola. Olivia Matos passou de seguida a salientar a importância de, na escola se estimular a leitura e a escrita, introduzindo a passagem do video que dava testemunho de como estas competências estão em risco pelo uso da tecnologia...


No vídeo, em que se reporta a uma entrevista concedida pelo professor, escritor e poeta António Carlos Cortez, deu-se detalhado relevo aos riscos que as crianças correm ao serem incentivados a abandonar o papel e as canetas em contraponto com o intensivo uso da tecnologia... e, desse modo, entrou-se na apresentação dos "Contos Para Serem Contados"

Rogério Pereira, o autor, passou em revista o que fora a estimulante experiência da oferta do seu livro, na sua 1ª edição, de como as crianças em sala de aula desenvolveram trabalhos, de como, numa das sessões, lhe tinham sido apresentados tais trabalhos, lhe foram lidos seus contos, de como ficara sensibilizado ao poema que duas crianças lhe dedicaram e da emoção ao ver um conto seu encenado no dia em que era celebrado o patrono da Escola Luis de Freitas Branco (aproveitando para agradecer a presença da Profª Manuela Esteves, à data coordenadora do Centro Qualifica, a funcionar naquela escola).

Segui-se a leitura do conto "O Caracol Mole e o Escaravelho Seu Conselheiro". Jorge Castro, membro da Direcção da ESPAÇO E MEMÓRIA- Associação Cultural de Oeiras, (que fora a organização editora da 1ª edição), também ele autor de vasta obra publicada. O conto, na verdade não foi lido mas sim contado, fazendo jus à oralidade do conto e emprestando-lhe uma colocação de voz que bem dispensou o uso do microfone...



Em sala estava presente a exposição das ilustrações da autoria de Sílvia Mota Lopes, também ela com vasta obra destinada a crianças, ilustrações que muito valorizam a obra, em presença

Coube ao vereador Pedro Patacho encerrar a sessão retomando o tema dos efeitos da tecnologia e do facto de esta afastar muita gente da leitura, dando exemplos de quem, inexplicavelmente, deixa de ter capacidade de exposição oral. Passaria depois a agradecer, ao autor, o seu trabalho e ás Associações presentes o seu empenhamento de trabalho em parceria e da importância que a actividade que têm vindo a desenvolver para a valorização da cultura e da participação cívica das populações.
No final da sessão foram oferecidos exemplares da obra, a todos os presentes.






09 outubro, 2023

NÃO SÃO IGUAIS...


Se eu não quisesse usar palavras, bastaria os mapas pois são expressivos de como a realidade tem evoluído. Mas dado que a confusão se vai espalhando, é oportuno clarificar: NÃO SÃO IGUAIS!

O Hamas é uma organização terrorista cujos ataques pontuais causam sofrimento desnecessário, Israel é um Estado terrorista que tem décadas de crimes quotidianos contra a humanidade, em particular nas ações de expulsão, limpeza étnica e privação dos mais básicos direitos dos 2 milhões de palestinianos que vivem em Gaza. Não são iguais.

A popularidade do Hamas nos territórios palestinianos é resultado da estratégia da extrema-direita israelita no poder, que precisa das ações desta organização para tentar justificar moralmente os seus crimes. São as duas faces da mesma moeda. Mas o segundo é um Estado, a primeira é uma mera organização.

A suspensão da ajuda ao desenvolvimento à Palestina por parte da União Europeia é uma declaração de cumplicidade para com um estado terrorista e para com a agenda da extrema-direita israelita.  

 Ler tudo aqui

07 outubro, 2023

DA NOTÍCIA ESCLARECIDA AO GRITO DO FOTOJORNALISMO ESCLARECIDO

DA NOTÍCIA ESCLARECIDA, SÃO POUCOS OS QUE A ESTARÃO A DAR... 

... mas eu vou busca-la lembrado de um rosto há muito visto (2021, no Parque dos Poetas)

WORLD PRESS PHOTO, OU O GRITO DO FOTOJORNALISMO ESCLARECIDO

Esta mulher palestina, foto exposta, traz no olhar tudo o que a exposição documenta ou, se quiserem, a tradução de uma realidade que só agora nos chega

Longe da exploração das belezas das cidades, das serras, das árvores, das praias, florestas ou do céu, do nascer e do por-do-sol, os fotojornalistas expostos não se perderam nas imensas potencialidades da tecnologia explorando a luz e a sombra em imagens mais ou menos poéticas plenas de metafóricas mensagens para deleite da alma. Antes se focaram no grito ou na denúncia do que atenta contra a humanidade, do que esmaga os povos ou até mesmo ilustrando situações de exploração do homem pelo homem, numa estética que, diria, próxima do neo-realismo.

Sem me afastar da celebração do 5 de Outubro (2021), visitei a exposição integrado num pequeno grupo da "minha" Associação, onde figurava a jovem Cristininha. Entre as minhas chalaças, graças e tristes ironias disse o que lhe disse. E ela... riu-se.

Não perca a exposição. Caso não tenha podido ir ao Parque dos Poetas, veja-a aqui ou então, neste outro lado, com melhor resolução


05 outubro, 2023

AS ALTERAÇÕES CLIMÁTICAS OU O QUE (NÃO) ESTÁ NA ORDEM DO DIA


Não foi ainda hoje o dia de regressar à escrita. Vivo intensamente o papel de dinamizador da luta para que,   nem o Carmo, nem a Trindade e muito menos o betão, nos caiam em cima. O alento chega-me de todos os lados e até, vejam bem, da televisão. É que a um programa segue-se outro e depois outro ainda e o tema das alterações climáticas, do aquecimento global, das ameaças ao nosso planeta está na ordem do dia. 

E não é difícil saber como chegámos a tão medonhas perspectivas de futuro... basta saber qual é a pegada ecológica no fabrico de uma tonelada de cimento; basta imaginar o consumo de energia eléctrica para acionar mais de uma centena de elevadores e milhares de aparelhos de ar condicionado que terão que ser montados nas torres que integram o projecto de loteamento previsto para os terrenos dia Fundição de Oeiras.

E por ter tal sensibilidade e disponibilidade para a luta que fui convidado a integrar a iniciativa dos movimentos vizinhos. O vídeo é, além do meu testemunho, um acto de solidariedade com aquela população.

04 outubro, 2023

POESIA (UMA POR DIA) - 99

DONA ELITE DE OLIGARQUIA & SA
*

Das migalhas que ao povo atirava,

Dona Elite, pensando melhor,

Entendeu ser demais o que dava

E que ao povo sobrava vigor
* 

Porque, quando a migalha abundava,

Poderia sentir-se um senhor

E atrever-se a sonhar que mandava

Em si próprio, apesar de “inferior”
*

Dona Elite, prevendo o pior,

Sem cuidar do que ao povo faltava

Comeu tudo o que, a si, lhe sobrava:
*

Comeu pobre e criado e senhor

E, por fim, sem notar quanto inchava,

Engoliu tudo quanto restava
*

Até ver que mais nada, em redor,

Preenchia o vazio que gerava

E onde, impante e rotunda, orbitava
*

Muito alheia ao seu próprio fedor.
*
 

Maria João Brito de Sousa