DONA ELITE DE OLIGARQUIA & SA
*
Das migalhas que ao povo atirava,
Dona Elite, pensando melhor,
Entendeu ser demais o que dava
E que ao povo sobrava vigor
*
Porque, quando a migalha abundava,
Poderia sentir-se um senhor
E atrever-se a sonhar que mandava
Em si próprio, apesar de “inferior”
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Dona Elite, prevendo o pior,
Sem cuidar do que ao povo faltava
Comeu tudo o que, a si, lhe sobrava:
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Comeu pobre e criado e senhor
E, por fim, sem notar quanto inchava,
Engoliu tudo quanto restava
*
Até ver que mais nada, em redor,
Preenchia o vazio que gerava
E onde, impante e rotunda, orbitava
*
Muito alheia ao seu próprio fedor.
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Maria João Brito de Sousa
Uma escolha muito certa. Sou um admirador da poesia da Maria João.
ResponderEliminarUm abraço aos dois.
Muito bom, Maria João! Bj.
ResponderEliminarObrigada, Rogério, por teres partilhado este meu soneto formalmente "estrambótico", mas muito seguro daquilo que diz.
ResponderEliminarUm abraço apertado para ti, para o Senhor das Nuvens e para a Lídia Borges!
Também eu grande admiradora da POESIA de Maria João Brito de Sousa — apoio absolutamente a tua escolha neste dia histórico.
ResponderEliminarJá agora, o meu avô materno era monárquico.
A minha avó materna também era monárquica, filha do general Francisco Manuel Valente, amigo pessoal do rei D. Carlos.
EliminarAbraço!
O meu pai foi o 1° republicano a nascer na aldeia enquanto o meu avô andava na luta em Lisboa!
ResponderEliminarPoema bem escolhido!
Abraço
Obrigada, Rosa dos Ventos!
EliminarAbraço!
Porque o tempo é um bem escasso
ResponderEliminarPorque ando permanentemente ocupado
Porque a minha escolha recebeu total agrado
Porque a Maria João me tirou espaço
Porque me Avô não era monárquico
Mais não digo nem avanço
e
Recebam tod@s o meu abraço