31 maio, 2017

Quando se aposta tudo em desestabilizar o Mundo, é fácil fazê-lo num só país... e não é apenas a Venezuela que está na calha...



Depois de Alberto João Jardim andar durante 37 anos a exportar madeirenses soa agora, a toda a hora, a notícia que eles poderão estar de volta.
A situação na Venezuela é má, dizem. Dizem e documentam com cenas tremendas de lutas nas ruas. Cenas cada vez mais violentas.

E eu pergunto-me como começou tudo aquilo? E sempre que me pergunto, investigo. Acho que terá sido assim, e em datas precisas:
  • em 1998 Chávez foi eleito com 3.673.685 votos;
  • em 2006 com 7.309.080;
  • em 2012 com 7.444.062, 
e com 80,9% de afluência às urnas, no que Jimym Carter qualificaria como o melhor sistema eleitoral do Mundo. Foi aqui, por esta altura, um pouco antes ou um pouco depois, que alguém  do Pentágono exclamaria "Que merda é esta, não se faz nada?"

Morreu Chaves, eleito Maduro, pimba! Saltaram-lhes em cima!

Não acredita? Mas acredite, foi mesmo assim, enquanto o povo reclama paz!

29 maio, 2017

No domingo aconteceram duas finais... e sei de qual gostei mais...


Entre as finais não há termo de comparação, são dois mundos diferentes. Não há mais nada em comum entre um palco e um estádio, para além de ambos serem cenários de um trabalho colectivo... de resto, mais nada.

Se não há mais nada que os distinga, não fará sentido enumerar as diferenças, pois são evidentes.

Por outro lado, falar de futebol é acrescentar ruído ao muito ruído que por aí vai e, depois de ter citado José Esteves e da actualidade do citado, só me apetece referir o que desde há muito ando a repetir: "o futebol é tão só e apenas a coisa mais importante de entre as coisas pouco importantes com que nos devemos preocupar". 
Ganhou o meu SLB? Claro que embandeiro em arco, dá-me forte mas passa-me depressa...

Falemos então do GOT TALENT aquele concurso de formato marado que põe a concorrer artes e talentos diferentes. E que há para dizer?
"A arte e aquilo que a sustenta são as coisas mais importantes de entre as coisas realmente importantes com que nos devemos preocupar!"
Preocupemo-nos, então.


28 maio, 2017

Miguel Urbano Rodrigues... morreu? Quem disse?


Os Homens que trazem a alma na cara, não morrem. Essa lei da vida (nem sei se fui eu que a inventei) aplica-se a quem a frontaliza e a assume como bandeira. Gostaria de ter dito ao Miguel Urbano Rodrigues que mudar mudar o mundo não custa muito, leva é tempo.
Mas vou dizer-lho!

Sobre o Miguel, um apontamento escrito e um vídeo. Ele (não) está todo aí.


26 maio, 2017

Sem atacar a génese da coisa, a coisa cresce... qualquer coisa, até mesmo o terrorísmo...


Depois de cerca de 2800 posts, é quase impossível evitar que me repita. Mas faz sentido insistir pois a imprensa talvez nunca o tenha dito. Regresso ao tema, por interposta pessoa:
«O caso particular do bombista de Manchester parece ser ainda mais explícito: dizem-no filho de «fugitivos» ao regime líbio de Muammar Khaddaffi, agora cidadão britânico que se terá «licenciado» em terrorismo islâmico junto dos grupos de assassinos que a NATO usou para derrubar o mesmo Khaddaffi e a seguir transformaram o território líbio numa anarquia produtora de terroristas. O terrorista de Manchester é, pois, um fruto da «libertação da Líbia» pela Aliança Atlântica, desencadeada com especial envolvimento do governo de Londres.
Em pouco mais de duas palavras: os familiares dos inocentes de Manchester, Londres, Paris e Nice deveriam antes pedir responsabilidades aos governos dos seus países por fomentarem o terrorismo que os vitimou.»
Ler tudo, aqui 

24 maio, 2017

Obrigado Octávio... por me teres citado


Ando por aí debitando palavra, nada de criativo nem inventado mas que venho colocando em lugar destacado (a ponto de ser entrada desta minha página, figurando em cabeçalho).
Esta "citação" feita pelo Octávio é mera montagem minha, ou talvez não... 
«Sem soberania monetária não dispomos de instrumentos essenciais da política económica para prosseguir os interesses nacionais; por não termos um prestamista de última instância, não podemos controlar o sistema financeiro e sujeitamos as necessidades financeiras do Estado à dependência dos mercados financeiros; não temos efectiva autonomia nas decisões orçamentais e, em consequência, não temos verdadeira possibilidade de escolha de politicas alternativas decorrentes da vontade popular, o que significa não termos real soberania democrática.
A recuperação da soberania monetária apresenta-se, pois, como uma necessidade objectiva para travar a devastação a que Portugal e os portugueses têm estado sujeitos, e para permitir um futuro para o país.»

22 maio, 2017

Os papelinhos coloridos, os trocadilhos e os grunhidos


A questão, tal qual me surge, lembra aquela, bem colocada, de saber o que teria aparecido primeiro, se o ovo se a galinha. 
Transposta essa para este post, a pergunta é outra, o que apareceu primeiro? 
O grunhido* ou o papelinho?

Dizia um amigo que nem Mia Couto se livrara da tendência de enveredar pelo trocadilho curto, ele que é hábil nas palavras. Certamente que Mia não foi o único e instalou-se a generalizada tendência, com sucesso absoluto. Quanto mais curto, mais os cliques no "gosto", chegando estes a atingir centenas a que se juntam largas dezenas de comentários, esses inexplicavelmente longos e quase sempre adulatórios.  

O marketing facebookiano, sempre atento, passou a disponibilizar ambientes coloridos para trocadilhos e grunhidos* e, assim, passar a concorrer com o seu mais aguerrido concorrente, o twitter**.

E que tal regressarmos ao tempo da comunicação escrita?
______________
* "Nem sequer é para mim uma tentação de neófito (escrever no Twitter). Os tais 140 caracteres reflectem algo que já conhecíamos: a tendência para o monossílabo como forma de comunicação. De degrau em degrau, vamos descendo até o grunhido." - José Saramago, entrevista à GLOBO, Setembro de 2009
**(...) Um dos maiores riscos para o mundo é ter um presidente dos EUA que governa pelo Twitter como um adolescente, com mensagens curtas, sem argumentação, que, para terem efeito, têm de ser excessivas e taxativas.(…) Se acrescentarmos que muitos consumidores das redes sociais obtêm aí quase toda a sua informação, percebe-se os efeitos devastadores no debate público e como servem para a indústria das notícias falsas e para alicerçarem o populismo com boatos, afirmações infundadas, presunções, invenções (...)Ler só aquilo com que concordamos pode ser satisfatório psicologicamente, mas destrói o debate público fundamental numa sociedade democrática.» - José Pacheco Pereira in "A ascensão da nova ignorância"

21 maio, 2017

Esta fotografia não fui eu que a tirei...


Esta fotografia foi tirada pela Francisca, filha do meu camarada Daniel. A manhã era descomprometida de qualquer objectivo associado à sua candidatura e por isso concentrei toda a minha preocupação em saber operar com a minha nova "Sony" e a Francisca foi preciosa nessa minha fixação.
Para o zoom, eu nem sabia onde ficava o botão.
"Espectacular!" exclamava a Francisca enquanto focava.
"Espectacular!" dizia-me a mim mesmo ao visionar a foto acabada de tirar. Dali, à distância da partida, ia exactamente a distância da prova: 1000 metros, da Praia de Santo Amaro à Marina de Oeiras, uma travessia a ser feita a nado.


Sobre a prova, há outro lugar para falar dela.
Falemos então do que aqui assiste: as lições sobre fotografia; as festas dispensadas àquele "labrador" tipo
"chocolate" que correspondeu ao mimo com a reconhecida sociabilidade; aquele sorriso sobre a timidez  dos primeiros e hesitantes  passos de uma criança que passava; aquelas gargalhadas sublinhando quedas desajeitadas de quem não se equilibrava na prancha; aquele senhor com idade de reformado, que na mesa ao lado, convencia estar ali o projecto da sua vida; o empregado solicito, simpático, muito provavelmente com contrato precário; aquela senhora de olhar perdido à sua volta....

O resto, foi a espera pelo desenrolar da prova.

E, já agora, esta foto é minha!


19 maio, 2017

O cavalo da vida (um poema que já foi prosa)



O PROBLEMA
(...)
Nesta nossa passagem
para a outra margem,
convém amar afetuosamente um barco,
ou um remo,
ou uma bóia,
ou muitas bóias,
ou muitos barcos.
Todas as pessoas
a quem podermos lançar a mão,
que lancemos, para lhes dar um abraço;
a todos aqueles que de algum modo caminham,
ou nadam,
ou velejam junto a nós,
na travessia,
devemos nós prender a mão.
Que nunca nos larguem
os amigos, os irmãos, os filhos.
Porque vede: as pessoas perdem-se.

O cavalo da vida, enorme, torna-se furioso,
e consome-nos na solidão.
E é um grande problema
quando só vemos o grande cavalo na velhice,
quando o vozeirão se apaga e o ego esmorece.

'Não tomo conta de ti'.

Cuidai, enquanto é tempo*.
Uva Passa, "O Problema"
* Eu cuido

17 maio, 2017

Continuando a "Dar Asas a Oeiras"

 

Esta imagem pertence à página de uma Associação de Reformados, Pensionistas e Idosos, mais conhecida por "Desenhando Sonhos", projecto que agora se vai concretizando, embora começado há muito ("Dar Asas a Oeiras", lembram-se?).
Lá, nessa página , poderá ler a transcrição que foi feita do Jornal i, onde se escrevia assim:
«José Antunes tem 71 anos e sempre rejeitou “estas modernices” que surgem a uma velocidade louca. Facebook, Twitter, Skype ou Instagram faziam parte destas “modernices” de que fugiu até ao momento de o filho emigrar. E foi então que tudo mudou. Mas não de um instante para o outro. “No início não foi nada fácil, sentia que todos aprendiam menos eu, mas lá consegui, com a ajuda dos meus netos.” Agora tem conta no Facebook, no Twitter e contacto quase permanente com o filho: “Isto é um vício tremendo”, admite José, que usa as redes sociais para jogar, partilhar vídeos e músicas. E também para Rosa, a sua mulher, publicar fotos do cão Tobias e não perder o contacto com amigos e família.»
Na "Desenhando Sonhos" preparamos os avós a desafiar os netos. E mais, desafiamos a ler outra imprensa. É que o "i" não inúmera outras coisas a que os reformados, pensionistas e idosos podem aceder... 

Vou ser eu o professor e, assim, estou à vontade para o dizer 


Bora lá?

16 maio, 2017

Eu, cleptomaníaco me confesso: "quando gosto, roubo " [e qualquer comentário corre o risco de parecer negar esse gostar]


fui à fonte do silêncio
procurar que te dizer
fui à fonte do silêncio
do seu mistério beber

as palavras que colhi
como peixes luzidios
são de prata. estão aqui
para que as faças navios

em mares de mil façanhas
naveguem à flor dos ventos
domados por tua mão
e teus desejos… razão
à proa breve dos tempos

e sejam teus sentimentos
como peixes luzidios
que na fonte do silêncio
me lembrem também navios

Lídia Borges
 ______________________________
Este roubo lá da Seara não foi o primeiro, nem será o último

15 maio, 2017

Esta fotografia fui eu que tirei... (e as outras também!)


Esta fotografia, fui eu que tirei... (e as outras também!)

E por cima dela, escrevi assim:
«Depois de Leceia, Porto Salvo e Queijas, voltámos à Freguesia de Barcarena, desta vez a Tercena.
Falámos com pessoas da terra, das associações locais (URPIFB e do CRT), do Centro de Dia da paróquia... percorremos os estabelecimentos comerciais e com quem percorria as ruas... e, claro, visitámos a construção do Centro de Saúde cuja obra vai avançada...
De todas as pessoas, Heloísa Apolónia recebeu a atenção de lhe serem comunicados os problemas e anseios... ele era a Caixa Multibanco que se foi, que houve e já não há... ele eram os transportes que são raros, fracos e caros... ele era a falta de apoio aos serviços que as associações vão prestando... e aquela senhora que nos dizia "Antes, a carreira 101 passava por aqui... agora segue adiante e nem na vila entra"... e vinha outro e dizia "aos fins-de-semana, ou temos carro ou não vamos a nenhum lado"... "uma superfície comercial em vez do mercado será bom, mas é todo o pequeno comércio que irá sofrer com isso..."
... Heloísa Apolónia ia registando...»

(eu também!)

14 maio, 2017

Palavras que ficam...


Dificilmente voltarão a ocorrer, num período tão reduzido, acontecimentos que arrastam tão diversas multidões, ainda que o numero mais elevado nem se tenham sequer mexido. Das audiências arrastadas, não sabemos (ainda) nada. Dos acontecimentos, tinha eu, para cada um, uma expectativa sendo que para dois deles caso não se confirmasse o esperado, no minuto a seguir já o teria esquecido. O mesmo não posso dizer do que esperava do Papa. Depois da homilia, do que esperava, nada acontecia...

Hoje, no alinhamento do noticiário, depois de longos 37 minutos de alarido, chegou o esperado. Não são apenas palavras que ficam, pois elas irão fazer alguma coisa acontecer. E a minha expectativa não saiu frustrada.

12 maio, 2017

O Papa e a sua gargalhda

O Papa

O Papa ri-se
Ri-se do quê?
De que se ri o Papa?

Ri-se de si?
Ri-se de mim?
Ri-se do Mundo?
Ou de quem tornou o Mundo assim?

"No chão do medo
Tombam os vencidos
Ouvem-se os gritos
Na noite abafada
Jazem nos fossas
Vítimas dum credo
E não se esgota
O sangue da manada"

Já não há vampiros?

Ah!, talvez seja essa a razão
da tão expontânea gargalhada
do Papa!
Rogério Pereira

10 maio, 2017

Fátima, a versão oficial dos factos


Um meu amigo (e que é até mais que isso) costuma, no seu espaço, tratar questões sérias com uma quase leviana ironia e tratar coisas de gargalhada com uma "boa patada" salientado o lado errado do rir de coisas sérias, mas risíveis. 

Em Março passado, rigorosamente no dia 5, a um domingo, surpreende-me com um documento histórico devidamente enquadrado por uma curta introdução, assim:
«Faz cem anos sobre as chamadas aparições de Fátima. Tenciono assinalar aqui o centenário com o que me ocorrer à pena. 
Começo por transcrever este texto, primeiro porque não o consegui encontrar na Internet o que, se não é inabilidade minha, considero uma grande falta; segundo porque se trata dum documento único relativamente à versão oficial dos factos; terceiro porque entendo que há que recuperar a imagem do seu autor enquanto vítima duma história tão mal contada.»

Artur de Oliveira Santos escreveu este relatório em 31 de Outubro de 1924. 
Extraído de Tomás da Fonseca, Fátima: Cartas ao Patriarca de Lisboa, Rio de Janeiro, Editorial Germinal, 1955,pp.365-377.»
 Ler tudo aqui

09 maio, 2017

Baptista Bastos partiu? Qual quê?,é boato!

«“na certeza das minhas convicções sem certezas absolutas”, assimilei que a experiência democrática tem feito de nós sujeitos éticos, cujo silêncio não significa nem aquiescência nem resignação. Porém, não há democracia que seja a inexistência do todo. Eu próprio me interrogo sobre o valor que possuo da democracia. Reconhecendo que esta, a “nossa” é abjecta. Mas tem saída. Porque estamos cá”.»*
E estamos! 
______________________
*Extracto da primeira crónica de Baptista-Bastos no Correio da Manhã, Quarta-feira, 29 de Outubro de 2014, após "um factótum" o ter despedido depois de sete anos de crónicas no Diário de Notícias, única colaboração que me fidelizava a leitura de tal jornal. Na altura senti que ambos tínhamos sido despedidos...

08 maio, 2017

«Chão de Marés»

VERDADES IMPROVÁVEIS 

Na ausência de palavras
desenhei uma flor encarnada
neste chão de marés

soltei-lhe as pétalas

cadenciadas
silvestres
musicais

agarrei o vento pelas crinas
esculpi um grão de areia
para a vida despontar
num sopro
e se libertar
pelas físsuras da pedra

convoquei pássaros
resgatei memórias
e outros silêncios

escrevi de novo
verdades improváveis

Inesperadamente
hoje não quis salvar o mundo
Eufrázio Filipe
"Chão de Marés"

A sala estava como costuma estar, cheia de cumplicidades e afectos. Ouvíamos. Quase no fim, Manuel Veiga levantou-se e lembrou outro chão. Eu limitei-me a entregar-lhe uma catrefada de abraços encomendados e a dar-lhe uma sugestão: "Para quando um livrinho de prosa poética?"
Respondeu-me lesto:
"Está na calha, ando a escreve-lo para o meu neto!"

07 maio, 2017

As mães

As mães são
quem primeiro ouviu
o nosso coração

As mães são
o sorriso que elas têm
(e não há nada mais belo
que o sorriso de uma mãe)

As mães são
o único ser que temos
a certeza de ter
ou termos
tido 
e que mesmo depois de terem
partido
continuaremos a ter
As mães são
porque se não fossem
nós não seriamos

06 maio, 2017

A votação de amanhã, em França


Calculo que a confessada ignorância do Papa tenha carga diplomática. Mal lhe ficaria, em conversa informal, deixar cair um "sei lá quem é esse gajo", sabido que seja que, em presença de jornalistas, não há "off the record" que valha quando fala o Papa... Quanto a mim, em vésperas de deslocação a Fátima, o Papa tem Saramago como autor de cabeceira.

Será que terá lido "O Ensaio Sobre a Lucidez"? É que, se não me engano, se fosse francês, o Papa votaria em branco...
«Num país qualquer, num dia chuvoso de votação, poucos eleitores compareceram para votar, durante a manhã. As autoridades eleitorais, preocupadas, chegaram a supor que haveria uma abstenção gigantesca. À tarde, quase no encerramento da votação, centenas de milhares de eleitores compareceram aos locais de votação. Formaram-se filas quilométricas, e tudo pareceu normal. Mas, para desespero das autoridades eleitorais, houve quase setenta por cento de votos em branco. Uma catástrofe. Evidentemente que as instituições, partidos políticos e autoridades, haviam perdido a credibilidade da população. O voto em branco fora uma manifestação inocente, um desabafo, a indignação pelo descalabro praticado por políticos pertencentes aos partidos da direita, da esquerda e do meio. Políticos de partidos diferentes, mas de atuações iguais, usufruindo de privilégios que afrontavam a população. Os eleitores estavam cansados, revoltados.Os governantes, sentindo-se ameaçados, trataram de agir em nome da ordem, perseguindo, prendendo, maltratando, eliminando. Alguns que viveram os horrores da cegueira branca, novamente sofreram. Os governantes, preocupados em salvar a própria pele, em garantir o poder, não perceberam que a cegueira branca de outrora, demonstrativo de que há muito o homem estava cego, tinham paralelo com o voto branco de agora, indicativo de que a população não perdera a lucidez...»
José Saramago, "Ensaio Sobre a Lucidez"
O povo francês terá tal lucidez? 

05 maio, 2017

Eufrázio convidou-me para um abraço... e eu vou dar-lho

 
«as minhas publicações não pretendem salvar o mundo, mas sim evidenciar afetos. Na verdade não me considero um poeta, apenas um artesão de metáforas. Escrevo porque me dá prazer, as minhas palavras querem transmitir algo, a quem as quiser ouvir».
Eu eu quero ir ouvir! (podia lá perder...)