16 maio, 2017

Eu, cleptomaníaco me confesso: "quando gosto, roubo " [e qualquer comentário corre o risco de parecer negar esse gostar]


fui à fonte do silêncio
procurar que te dizer
fui à fonte do silêncio
do seu mistério beber

as palavras que colhi
como peixes luzidios
são de prata. estão aqui
para que as faças navios

em mares de mil façanhas
naveguem à flor dos ventos
domados por tua mão
e teus desejos… razão
à proa breve dos tempos

e sejam teus sentimentos
como peixes luzidios
que na fonte do silêncio
me lembrem também navios

Lídia Borges
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Este roubo lá da Seara não foi o primeiro, nem será o último

6 comentários:

  1. Por mim pode continuar a "roubar" esta "fonte" que eu não conto a ninguém.
    Gosto muito da poesia sensível e humanista de Lídia Borges.

    Um beijinho

    O Toque do coração

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  2. Destes vale sempre a pena roubar!!! Eu cá faço o mesmo... Uma maravilha!

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  3. Eu não chamaria 'roubo', Rogério. Traz, mas o original fica lá,
    pelo contrário, isso que chama de cleptomania, é divulgação daquilo que não pode ficar guardado. A boa poesia é para ser partilhada e divulgada.
    Esta 'Fonte do Silêncio', deixou-me os olhos luzidios.
    Um abraço.

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  4. Em boa hora "actuou" essa tua alegada cleptomania, Rogério. É belíssimo, o poema da Lídia Borges.

    Abraço para ambos.

    Maria João

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  5. Eu gosto do que a Lídia escreve lá no Seara de Versos
    uma poesia transparente e melodiosa com a qual me identifico
    foi bem "roubado" e a Olívia não se importará, claro.
    beijinhos
    :)

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