Hoje ao ver um vídeo sobre as primeiras manifestações de um menino, lembrei-me destas primeiras espertezas de um menino meu.
Tal memória não apaga a memória desta data. Não tem nada a ver com o futuro destes meninos? Quem disse?
Hoje ao ver um vídeo sobre as primeiras manifestações de um menino, lembrei-me destas primeiras espertezas de um menino meu.
Tal memória não apaga a memória desta data. Não tem nada a ver com o futuro destes meninos? Quem disse?
Cristo Rei, por detrás da névoa que se adensa |
O DIA EM QUE ATÉ ELE DESESPERA
Não há distancias
Que separem
Quem se pretende perto
Falei-Lhe
Respondeu-me
A voz era nítida
Como se cada um
Ouvisse o pensamento
Do outro
A dada altura Ele sorriu
Com um sorriso triste
E enquanto uma lágrima
furtiva Lhe escorria
pela pedra fria
que Lhe talha o rosto, me disse
Perguntei-Lhe um dia
"Meu Pai, porque me abandonaste?"
Hoje voltei a perguntar-Lhe
Respondeu-me este enevoado silêncio!Foi então que dei por mim,
herético,
a dar ânimo e esperança a CristoRogério Pereira
Estive lá! Não podia deixar de estar... Se gaguejo? Sim, claro!
Não gaguejaria se fosse lá para o blá, blá, blá!
DESPERTARESA alma, o corpo e a razão
sentiram-se abraçados,
docemente,
como há muito não lhe acontecia
Desde então,
ela não mais se afastaria,
como se fizesse parte dele,
sem pressão nem posse.
Seu tronco tornou-se forte
e, na sua frondosa copa,
as folhas assumiram aquele tom
verde de esperanças e de certezas
contrastando com o vermelho
de um fruto amadurecido
Enquanto a seiva lhe fervilhava,
as raízes acordaram resolutas
no seio do húmus da terra
Decidiu então juntar-se à floresta
Assim unidos, assaltaram a cidade
"O Melhor de Mim Somos Nós"(E outros poemas) - pág.16
«A ignorância é uma coisa vil, abjecta, indigna, servil, sujeita a inúmeras e violentíssimas paixões. Destes insuportáveis tiranos que são as paixões - e que por ora nos governam alternadamente, ora em conjunto - te libertará a sabedoria, a única liberdade autêntica. Para chegar à sabedoria, um só caminho e em linha recta; não há que errar, avança em passo firme e constante. Se queres que tudo te esteja sujeito, sujeita-te tu à razão; dirigirás muitos outros, se a ti te dirigir a razão. Ela te dirá o que deves empreender, e que maneira; assim não serás surpreendido pelos acontecimentos. Tu não podes apontar-me alguém que saiba de que modo começou a querer aquilo que quer. E porquê? Porque o comum das pessoas não é levada pela reflexão, mas arrastada por impulsos. A fortuna cai sobre nós não menos vezes do que nós caimos sobre ela. A indignidade não está em «irmos», mas em «sermos levados», em perguntarmos de súbito, surpreendidos, no meio de um turbilhão de acontecimentos: «Mas como é que eu vim parar aqui?»
Séneca, in 'Cartas a Lucílio'
«Ao Presidente da República incube defender, cumprir e fazer cumprir a Constituição da República Portuguesa e não animar a sua subversão, é essa a exigência que está colocada ao Presidente eleito.
O Comité Central salienta o valor e significado próprios da candidatura de João Ferreira, candidatura que colocou, como nenhuma outra, o valor do trabalho e dos trabalhadores, os serviços públicos, a liberdade e a democracia no centro da sua intervenção, deu, como nenhuma outra, conteúdo e significado ao que a Constituição da República representa enquanto referência para uma política de progresso social, de garantia e efectivação de direitos, de afirmação de Portugal como nação desenvolvida e soberana.
A votação obtida por João Ferreira traduz um progresso eleitoral quando comparado com o resultado do candidato apoiado pelo PCP em 2016. De facto, o aumento de 3,95 para 4,32% e a obtenção de um número idêntico de votos, num quadro em que votam quase menos meio milhão de eleitores e num contexto marcado por circunstâncias de saúde pública que limitaram a acção de esclarecimento e mobilização e que desmente os que procuram falsamente menorizar o resultado obtido pela sua candidatura.
Um resultado tão mais importante quanto a verificada prevalência de factores dispersivos, quer sobre a importância das eleições, quer sobre o que de facto nelas se decidia e aos quais se juntou a despropositada centralidade dada a falsas disputas sobre “segundos” lugares.
O PCP, saudando todos quantos manifestaram o seu apoio à candidatura de João Ferreira reafirma que esse apoio e essa força será colocada ao serviço da intervenção e da luta por uma política alternativa capaz de assegurar a elevação das condições de vida dos trabalhadores e do povo, o progresso e justiça sociais e o desenvolvimento do País.»
Reunião do Comité Central do PCP
Estrato da comunicação de Jerónimo de Sousa
(ler aqui na integra)
«O PS continua a recolher mais intenções de voto do que toda a direita junta (39,9% contra 38,6%), juntando a CDU (que viabilizou o último Orçamento), o resultado sobe para 45% e, se o BE voltasse a fazer parte de um entendimento, o total do PS e da esquerda significaria, nesta sondagem, 52% de intenções de voto.»A sondagem Aximage, hoje
«Cada voto contado nesta candidatura é já um ponto de apoio nesta luta que vai continuar por uma vida melhor. Com coragem e confiança, abriremos um horizonte de esperança na vida deste país.»
João Ferreira, na noite eleitoral
Mas os comentadores vão mais longe. Prestam-se a dar suporte enquanto consultores/assessores de André Ventura.
Por exemplo, na SIC, Ricardo Costa afirmou que, neste momento, o Chega e André Ventura "ainda são a mesma coisa", ou seja, um partido unipessoal, "que o deixará de ser". Disse ainda que, nos próximos meses, deverá haver muita gente no PSD e no CDS, a nível autárquico, que "vai tentar juntar-se ao Chega para conseguirem ser eleitos nas suas próprias terras". Em causa estão as autárquicas que se realizam este ano.
"Não me espantaria que houvesse gente a sair para se juntar à caravana de André Ventura e com isso ele ter um bom resultado nas autárquicas"
André Ventura passou a ter apoios com que não contava e consultores... à borla!
NÃO PASSARÃO!
A meio da manhã, ligou-me com voz cansada, plena de desânimo e com pergunta de desnorte.
Sobre cansaço, respondi-lhe com poema de Brecht.
Sobre a derrota, respondi-lhe com Galeano.
Sobre o "e agora?", citei-lhe o João.
Tendo caído a chamada, fiquei a meio de um poema meu, actualizado tendo em conta a circunstância..
Os mostrengos são cada vez mais numerosos
E rodeiam a nau voando
Não três, mas mil vezes, e mais raivosos
Na ré, de pé,
O mesmo homem do leme
Que depois de ter tremido, já não treme
Gritando o grito que o poeta lhe colocou na voz
No mastro real,
Também igual,
Está o mesmo gajeiro
No ponto mais alto do navio, será o primeiro
A dar noticias, quando as houver que dar
Naquela travessia
Decidida
Que ousaram desafiar
Se empenhando com todo o seu ser e querer
As ondas são vagas de meter medo
Se houvesse medo de lhes ter
A fome roer-lhes-iam a entranhas
Se houvesse sentir entranhas a roer
A incerteza espalhar-se-iam com os ventos
Se houvesse que a sentir nesses momentos
Tudo o que de mau, escuro e duro
Lhes diziam ir acontecer, aconteceu
Mas nem um só esmoreceu
(embora muitos ficassem pelo caminho
por tão dorido e sofrido ele ser)
As sereias, desistentes,
Mergulharam em desafinado cantar
Um dia, irá acontecer
O céu, agora de breu, irá clarear
O mar, agora alteroso, irá amainar
E chegará enfim a noticia esperada
Do alto da nau gritada
Sonho à vista
Sonho à vista, será o grito repetido,
Por quem sofrendo ali chegou
Rogério Pereira
Nada é definitivo num naufrágio
Havemos de emendar o rumo errado
Assim tua alma te reste inteira
Que a proa a tens virada ao sonho
Rogério Pereira, in "O melhor de mim somos nós", pág.52
ESTA LEI
Ainda que não houvéssemos feito
mais nada desde o século XVI,
erigimos este corpo de leis
invulgarmente justas e certas,
em nome da vontade popular.
A lei democraticamente escrita
pelos representantes legítimos de um povo
e o rosto que esse povo levanta
perante as outras nações.
Resplandecente de esperança e dignidade,
esta lei há-de fazer-nos maiores
do que somos na adversidade e dependência,
porque os homens são construídos ou destruídos
pelas leis que os obrigam e abrigam.
Esta é uma Constituição aventurosa,
projecto de vida certa
deste povo para este povo.
Estes são os novos mandamentos
a que ater-nos durante a longa travessia
até à justiça de todas as leis do mundo.
Mais uma vez chegamos primeiro,
acaso sem ter com quê.
Mas destruir estas tábuas seria
destruir algo daquilo em que sempre
fomos grandes – a capacidade de inscrever
o sonho realizável
na memória e no assombro dos outros povos.
Maria Velho da Costa - Março, 1978
O ABACATEIRO*Árvore plantada em humilde canteiro
Homenagem a quem tão cedo partiu
Frágil exposta ao vento, à chuva ao frio
Persiste firme e resiste o belo abacateiro
Da janela a vi entre ténue nevoeiro
Arvorezinha airosa tal como fora ela
Ansiando que não tarde a Primavera
Pois se tardar será certo o desespero
Quem passa, julga ser miragem
Aquele verde sóbrio, mas reluzente
Um rosto liso e puro da paisagem
O ter sido árvore, me veio à mente
Mas resignado afasto tal imagem
Embora rejeite tê-la perdido p´ra sempre.
_____________Rogério Pereira
*E o abacateiro lá está. Seremos todos jardineiros, disponíveis para cuidar e prontos para colher os primeiros frutos que haverão de ter um doce sabor a saudade...
«Ouvi o candidato ser entrevistado pelo Goucha, um dia destes, e fiquei preso ao seu olhar de menino enquanto se enternecia com as declarações da senhora que o tenha criado, a ele e à sua irmã. Conhecer a pessoa, o ser humano, que vive dentro do político é muito importante para mim.»
Trouxe um comentário que me foi deixado ontem, neste meu espaço. Publico a entrevista referida, para ficarem a saber tanto quanto quem emitiu tal juízo.
Façam o vosso!
É certo que nada há mais démodé do que ser patriota nos tempos em que o europeísmo e a sua versão mais lata, o globalismo, são maneiras de estar e de agir indispensáveis para que alguém seja considerado um autêntico cidadão de hoje – isto é, mais um no rebanho cada vez mais organizadinho. Por isso mesmo, a soberania nacional é uma espécie de última fronteira de identidade e dignidade antes de os nossos direitos e a democracia se diluírem no espectro de uma sociedade manipulada como se fora um exército de marionetas com dimensão planetária.
As eleições presidenciais deveriam ser um acontecimento vocacionado para pensar e debater a actualidade da soberania nacional. O presidente da República é, por inerência, uma magistratura de soberania, a entidade que a interpreta – ou deveria interpretar – como defensora dos direitos e interesses próprios da comunidade nacional. Que não coincidem forçosamente, de facto, com os de outras comunidades sejam elas consideradas amigas, aliadas ou nem tanto.
Olha-se para a campanha eleitoral e é como se a soberania nacional, ou seja, o patriotismo esclarecido e consciente do universalismo da humanidade fosse um tabu capaz de ensombrar as correntes que nos devem motivar, quase todos elas conduzindo, por via directa ou portas travessas, ao regaço da grande mãe neoliberal.
Há apenas um candidato que, centrando as suas intervenções no que diz realmente respeito à esmagadora maioria dos portugueses, escapa à superficialidade do marketing político e aprofunda realmente os temas associados à vida de todos nós numa perspectiva de soberania nacional.
Esse candidato é João Ferreira.
Tanta hora ocupado? Sim, claro! Foi mais fácil chegar e botar um link!
Em tempos, a Maria de Fátima Filipe era a Ariel que tinha um espaço onde ia Cirandado. Corriam os primeiros meses deste meu Conversa e já a Ariel acarinhava a minha escrita e me premiava com um Dardos. Uns anos depois perdi-lhe o rasto até que, ao tomar posse na bancada para que fui eleito, lá estava ela, em representação do PS, vestida de branco, sorrindo para a fotografia, ciente que eu a publicaria. Enxovalhei-a com o mais provocador sorriso e ela respondeu-me por igual.
Hoje fez-me esta surpresa...
Nem sempre fazemos aquilo que pensamos. É até frequente pensarmos uma coisa e fazermos outra, ou julgando tê-la feito bem acabámos por fazer a coisa errada. E porque não medimos, ou avaliamos, ou confirmamos sobre o que foi feito, vamos falar dele com a ideia com que ficámos.
É pouco compreensível o raciocino? Dou um exemplo, com uma breve história:
Ia uma velhinha muito trôpega, andando e arfando, à beira do passeio, quando por ela passa um jovem, de uniforme. A este assiste pensamento caridoso, altruísta e voluntário. Pegou na velhinha por um braço e ajudou-a a atravessar a rua. Depois do feito, encheu orgulhoso o peito e juntou-se ao grupo, falando do assunto. De pronto foi seu gesto eleito como o mais belo do dia. Ninguém soube que a velhota aquilo que menos queria era atravessar a rua e por lá ficou até que um familiar a levou...
Podia ter referido algo mas simples limitando-me a dizer que a verdade é o que acontece ou se faz acontecer... do que se pensa, não reza a memória... de ninguém, nem da nossa.
Diz Pedro Vieira (que parece imitar meu humor e estilo) apoiar João Ferreira pelas razões que disse. Deixou ainda dito estar igualmente solidário com toda a equipa da candidatura. Parecendo nisso inspirados, foram alguns dirigentes de associações de Oeiras reunir com os Mandatários Distrital (Dr. Silva Santos) e Concelhio (Àgata Branco) para analisar e discutir as dificuldades por que passa o movimento associativo e, em particular, a cultura. Eu estou por aí (lembram-se dos Garrett?)
Depois do debate a sete, aconteceu o que sempre acontece e uma vasta fauna, antes de quem viu cimentar a sua própria opinião, vem a lume e ... cá vai disto.
Na sequência de cada debate, também as televisões impingem os seus comentadores
aos telespectadores no sentido de os convencer de que não viram o que
pensam ter visto, mas aquilo que eles querem que vejam e ... bla, bla, bla!
«As direcções de informação das televisões, no final de cada debate realizado no âmbito da campanha eleitoral para a Presidência da República, fazem o favor, sem custos adicionais, de servir aos telespectadores um outro debate, já sem espinhas e pronto a comer, qual take-away informativo.
Um trabalho feito, por norma, através de comentadores encartados, quais «independentes» que, por regra, se posicionam politicamente à direita ou, no melhor dos casos, no chamado centro-direita.
Na passada segunda-feira, por exemplo, ao comentarem na SIC Notícias o debate da RTP1 entre Marcelo Rebelo de Sousa e João Ferreira, Pedro Marques Lopes e Graça Franco descobriram que não há diferenças entre a esquerda e a chamada direita social no que se refere aos apoios sociais e, pasme-se, deram-se ao luxo de dar como exemplo a aprovação da lei das 35 horas.
«Tenho muita dificuldade em dizer que medidas de apoio social ou as 35 horas sejam medidas de esquerda, mas são percepcionadas como medidas de esquerda». Esta citação de Marques Lopes foi secundada pela sua colega de painel, ambos sem se rirem ou corarem!!! Mas nem é preciso ir muito longe, basta ver o que pensam das 35 horas as eminências pardas dessa chamada direita social, de Cavaco Silva a Rui Rio, passando por Manuela Ferreira Leite ou Passos Coelho, numa convergência absoluta sobre a ideia de que «a redução do horário de trabalho semanal no sector público foi um dos maiores erros do poder político».
Portanto, é este o papel dos comentadores que analisam os debates, o de nos «explicar» o que os candidatos queriam dizer, mas não disseram, ou o que disseram, mas não queriam dizer.
Aliás, por vontade de alguns, nem teríamos debates. Apenas comentários a debates imaginários. Assim, serviam-nos não só sem espinhas, mas também já mastigado. Era só engolir!»
in AbrilAbril
"Ando por aí, não perdendo pitada sobre o que de interessante se passa" é uma rubrica que manterei até quando me dê na real gana manter. Dará notícias à revelia da imprensa manipulada e manipulável e, naturalmente, serão notícias que ilustram o que é para mim um reforço da causa com que me comprometi.
«Um grupo de cidadãos, que integra vários socialistas, assumiram, hoje, “com e em liberdade”, o apoio ao candidato João Ferreira (PCP) ao cargo de Presidente da República.
Entre os signatários do manifesto contam-se Mário Ruivo , Luís Santarino e Linhares de Castro, socialistas de Coimbra, entre outras personalidades da Figueira da Foz, Mira, Montemor-o-Velho, Góis e Pombal.
“São muitas as razões que nos levam a tal propósito, destacando as que abaixo enunciamos:
É um jovem qualificado, que assume a sua acção política com grande tranquilidade. Domina bem o pensamento político global, sem dogmas, o que lhe permitirá assumir o diálogo entre todas as forças políticas”, referem no manifesto de apoio.
Os subscritores consideram, também, que “apesar da visão diferente que têm da presença do nosso país na União Europeia”, reconhecem que João Ferreira “é um conhecedor da Europa e percebe as suas próprias contradições”. “Por tal, potencia a sua capacidade de entender a forma como a Europa deverá assumir a liderança do mundo, numa relação diferente entre nações e povos”, justificam.
Segundo os autores do manifesto, o candidato comunista “tem uma visão global do mundo, assumindo as suas raízes políticas, sempre no respeito pelas liberdades individuais; domina na perfeição a Constituição da República Portuguesa, agindo sempre em sua defesa, e é um exemplo de coerência”.
“É um fiel depositário de memórias de um conjunto de cidadãos que fizeram da luta pela liberdade um desígnio de vida, e que muito respeitamos – Manuel Louzã Henriques, Gildásio Cabrita, Manuel Melo, Carlos Viana, entre outros”, acrescentam.
Os subscritores consideram, ainda, que como eles próprios, João Ferreira “é um defensor do Serviço Nacional de Saúde, da Escola Pública, da Justiça que não segregue, do valor do trabalho como dinâmica determinante na valorização da pessoa e da dignidade individual, e por fim, mas não menos importante, é um candidato que ajuda e contribui para a unir a esquerda”.
Assinam o manifesto: Mário Ruivo – Coimbra; Luís Santarino- Coimbra; Aires dos Santos -Figueira Foz; Albertina Rodrigues – Coimbra; Alexandre Nunes – Coimbra; Aníbal Gomes – Coimbra; António José Roque -Pombal; Carlos José Duarte Ribeiro, – Coimbra; Carlos Mendes – Mira; David Coutinho – Montemor o Velho; Dulcinio Carvalho – Figueira Foz; Emília Gil – Coimbra; Esperança Ferreira – Coimbra; João Chicória – Coimbra; Joaquim Almeida – Montemor o Velho; Joaquim Mateus – Góis; José Mesquita – Coimbra; José Pinto Ângelo – Coimbra; Linhares Castro – Coimbra; Marlene Matias – Pombal; Ricardo Figueiredo – Oliveira Hospital; Roberto Silva – Viseu; Rui Manuel Castro – Portalegre; Tania Gabriel – Coimbra; Teresa Borges – Arganil; Vitor Goncalves -Coimbra»
Ler, notícia no original
O livrinho, foi-lhe dado pela mãe dela (porque eu, seu pai, estava na guerra). Hoje a celebração apenas retém aquilo que já foi e jamais voltará a ser. Diz-se "é a lei da vida"... sim! É! Mas custa tanto lidar com sentimentos... pela memória que temos e jamais iremos perder.
Parabéns, filha!
Faz do teu espaço um acolhedor auditório com a capacidade suficiente acolhedor para atrair gente, e porque é um espaço virtual não precisas de medir a temperatura à entrada, nem impor o uso de máscara. A quem chegar não lhes perguntes o que as faz vir. Limita-te a sorrir. Digam o que disserem, responde como é teu hábito e estilo. Usa a tua ironia e nunca desprezes uma boa boa rima. Mantém o auditório aberto, pois nunca se sabe a que horas chega alguém. A experiência tida, promete que o modelo irá resultar a avaliar pela estatística, dos últimos sete dias:
- total de visualizações - 1718, não sendo uma invasão, é encorajador
- 79 diálogos nos comentários, aqui e acolá perto dos limites do desacerto, mas tudo correto
- o ponto alto, no dia 6 de janeiro, deve-se à curiosidade para ver como se comportava o João com o candidato Marcelo, nada mal (antes pelo contrário)
- faz interregnos para coisas belas (ou outros temas) para não ires perdendo a observação do que se passa dentro de mim, que sou Tua Alma.
- ah, e não esqueças, de quando em quando põe música. Quando não estiver ninguém, anima.
E já percebi que tenho que mandar fazer nova impressão.
Querida pétala
Perene
Da minha árvore de afetos
Lê esta mensagem breve
Em que peço
A tua morada certa
Pois a que tinha
Anda perdida
E paira em parte incerta
Graças à minha cabeça
Que já não é aquilo que era
É que tenho uma prendinha
Minha
E não sei para onde a mande
A minha prenda de Natal ainda tem entregas pendentes...
_______________________________
* O meu livro não está à venda, é edição do autor e todos os poemas que integra já foram publicados neste meu espaço. Além de muitos dos amigos não me terem respondido à mensagem há muitas limitações à circulação. Mas, até ao lavar dos cestos ainda é vindima
Tenho vindo a recomendar e a facilitar o acesso aos debates entre João Ferreira e os outros candidatos. Pergunta-se: é alinhamento pela sua candidatura? É! Mas lembro que tal permite dar a conhecer o que pensam e quais as propostas dos outros candidatos. A esse propósito, faz sentido que vos recomende isto:
As três dimensões da direita
Os candidatos Marcelo Rebelo de Sousa, Tiago Mayan Gonçalves e André Ventura apresentam-se nesta campanha como os representantes de uma direita a três dimensões: social, liberal e caceteira.
"Aprendi a não tentar convencer ninguém. O trabalho de convencer é uma falta de respeito, é uma tentativa de colonização do outro."José Saramago (algures, em 1975)
João Ferreira é tão europeísta quanto a Ana, só que a Europa por que luta não é aquela em que alguém terá soltado um "Porreiro, pá!". E depois, sobre a saída do euro, muita gente boa, desde sempre que não está lá. Dos 27 países da UE, 8 não estão...Sabia, ou não?
Recomendo que veja. Esta imagem não vale mais que as mais de mil palavras ditas...
Se me perguntarem como correu, tenho resposta com aquele ar de ironia que o João ostenta dizendo que os comentadores que comentaram o debate se centraram no desempenho de Marcelo...
«Se os telespectadores portugueses nunca tivessem sabido o que foi o 1º debate Trump-Biden, podem ficar agora a saber que Trump fez tudo aquilo que André Ventura fez na TVI24 no debate com João Ferreira: xingou, caluniou, mentiu e, pior que tudo, esteve sempre a falar não deixando ouvir João Ferreira.
Uma moderação incompetente facilitou tudo o que não devia ser facilitado (...)»
Vítor Dias, em "O Tempo das Cerejas"
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«A TVI anda a lavar Paulo Portas com toda a regularidade, largando ideologia e limpando-o para se candidatar a qualquer coisa. A TVI faz parcerias com um pasquim eletrónico chamado Observador, um mostruário do caminho extremo das direitas.
Neste contexto, não admira que a TVI24 tenha meticulosamente preparado o debate entre João Ferreira e André Ventura para favorecer o último: das perguntas à indisponibilidade da jornalista para disciplinar o fascista.Em plena pandemia, optou-se por ignorar a saúde pública, tema incómodo para o adepto de Trump e Bolsonaro. Numa eleição presidencial, optou-se por ignorar os significados da independência nacional e do regular funcionamento das instituições democráticas.Afinal de contas, a TVI é controlada por Mário Ferreira, proprietário da Douro Azul, um pirata laboral. O reforço do Chega é bastante útil, da fiscalidade regressiva à regressão na relação social que mais conta.Mas João Ferreira confirmou o que sabíamos dele, estando à altura da adversidade: nervos de aço, preparação e programa, valorização da Constituição, denúncia da economia política que diz chega ou inscrição na melhor tradição antifascista.»João Rodrigues, em "Ladrões de Bicicletas"
Não sei se o Carlos do Carmo logo, falando do seu trabalho, falará da repartição da sua vida e do pão. Não sei se agradecerá ter-lhe, o fado, traçado o feliz destino de ter dado voz às palavras mais belas que algumas vez o mundo terá ouvido. Não sei se agradecerá a todas as vozes que lhe agradeceram a carreira de uma vida inteira e se fará referência a gestos canhestros ou à omissão caseira de gente que não presta. Só quero assinalar que foi por sua voz que ouvi a melhor definição para o que julgara indefinível - o amor - nessa "Estrela da Tarde" que nos povoa a memória.
Esta a minha homenagem, para além da espuma dos dias que por vezes tolda o passado.
NOTA: este texto refere-se a uma homenagem, por mim prestada em Novembro de 2014, e que agora volto a publicar.