27 outubro, 2017

A minha "tomada de posse"


A tomada de posse só não foi igual a todas as outras porque foi a minha. Foi já na terça-feira passada e, para publicar algo, faltava-me a foto adequada. Esperei, mas não chegava. Procurei, encontrei. Foi esta, e não julguem a irei legendar negativamente (ela fala por si). Nada disso. 
A tomada de posse foi para mim o tomar de pulso sobre o que irá ser este mandato. Qual será o seu curso e desempenho.

Os que na tomada de posse nada disseram, por certo continuarão a nada dizer. Os que deram sinais de aproximação à maioria, irão aproximar-se da maioria. Os que aproveitaram a intervenção para o mero auto-elogio continuarão, certamente, a envaidecer-se. Os que detendo o poder afirmaram que o querem partilhar com condições, registei a afirmação (faltam as condições). 
Todos, todos sem exceção tiveram ovação. Até eu.

Do que disse, fica apenas um pequeno apontamento:
«(...) jamais colocaremos as pessoas no centro das discussões que pretendemos vivas e respeitadoras do diálogo democrático.

O que poremos em causa não serão as pessoas.
O que poremos em causa, sempre que acharmos nosso dever o fazer, serão a obra que não corresponda ao benefício e aos anseios das populações.
O que poremos em causa serão as trapalhadas, acaso ocorram.
O que poremos em causa serão as decisões do executivo que não se baseiem em critérios transparentes e aprovados pela Assembleia.
O que poremos em causa será a falta de rigor no cumprimento dos procedimentos que a lei determina.
O que poremos em causa será a postura subserviente perante a Câmara, ignorando ou fazendo tábua rasa das competências consagradas na lei.
O que poremos em causa serão a prepotência ou a tendência para usar uma maioria absoluta contra o diálogo democrático e contra a dignidade da Assembleia e do Poder Local Democrático.

Se lembramos tudo isso, é porque no anterior mandato tudo isso aconteceu e, como diz o nosso bom povo, “mais vale prevenir do que remediar”.

Registem que não nos limitaremos a pôr em causa tudo o que acharmos dever ser porto em causa.
É marca da CDU apoiar todas as propostas, venham de que força política vier, desde que nos pareçam oportunas e adequadas e contribuam para o bem-estar das populações. É igualmente nossa marca ter iniciativas e propostas (...)»
Sem vivas, nem vaias, fui (como todos os outros) muito aplaudido. 

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