ENTRE RUÍNASPressentir a morte na desmesura de uma afrontana opressão interminável de cada rua queimadade cada disparo de cada cerco de cada agressão.A revolta presa na arma do terror.A coragem engatilhada nas mãos.O susto das sirenes no rosto dos filhose na correria angustiada das mães.O clamor sufocado nas lágrimase no sangue a quem dói violentamenteo exílio do chão onde nasceram.A exaustão a golpear o corpo.A força do silêncio a ensurdecer o grito.Sem tréguas sem resgate sem sujeiçãohão-de abraçar-se fortemente entre as ruínas.Graça PiresDe O improviso de viver, 2023, p. 64
Um poema que fará parte dos documentos que vão ficar desta época de violência.
ResponderEliminarE bem o merece!
EliminarDoloroso!
ResponderEliminarAbraço
Não há adjectivos para qualificar este horror...
EliminarAbraço
Meu Amigo Rogério, como não sofrer com os que sofrem inocentemente? Como calarmos o grito que o coração reclama? Muito obrigada pela divulgação.
ResponderEliminarTudo de bom.
Um beijo.
Se algo me toca, não passo ao lado!
Eliminar(Aliás, admiro muito todo o teu trabalho)
Bjinho
Esta cada vez mais sufocante os ataques entre as partes envolvidas
ResponderEliminara escalada de destruição continua dizimando inocentes de ambos os lados
e de certa forma ,pelo mundo que se ressente de mais uma guerra.
Graça Pires documentou poeticamente, a quem agradeço
com admiração irrestrita.
Grande abraço Rogério.
Querida amiga Lis, usaste o termo certo!
EliminarO poema da Graça é um documento... e este Mundo, a caminhar-se assim, não tem salvação possível.
Abraço grande.