«Depois de mais um dia longo de secura e Sol, de preocupações diversas e momentos de breve felicidade, repenso como uma pandemia tantas vezes se prolonga em caminhadas assassinas de lagartas de colunas militares...lições da História - cada vez menos estudada nos bancos do nosso sistema educativo.
Há dias assisti a um documentário sobre a Eritreia e percebi que nem uma só vacina para a covid-19, nessa parte do mundo, fora administrada - um horror sobre todos os que, ali, vi.
Como pode o ser humano não respeitar a vida e a paz de outro ser humano?
Agora, quando procuro descortinar pelo meio das ondas de propaganda e de medo legítimos, o meu computador devolve-me o mapa dos territórios disputados pelo planeta que, juntos, habitamos.
(Deixo, aos mais curiosos, um link na legenda)
http://metrocosm.com/disputed-territories-map.html Hoje não acontece o poema. Mesmo que empenhado, ele seria fútil. Mesmo que com as palavras exactas, ele seria o verniz balofo de uma desumanidade anunciada. Não me apetece a Poesia, quando a Humanidade teima em desperdiçar o planeta que pisa e o sopro de vida a que um de nós é dado o direito de possuir.
Eu já pisei territórios disputados, ouvi rajadas e vi destroços. Não içarei, por aqui, nenhumas bandeiras, pois elas são, tantas vezes, a mortalha dos homens!»
cópia integral do texto publicado no "Sul Sereno"
Obrigada meu amigo, pela partilha e, sobretudo, pela amizade.
ResponderEliminarQue tenhas um dia repleto da força que te reconheço! Beijinho
*a que cada um
Não me agradeça, eu é que estou grato à existência do seu espaço.
EliminarE com tenho raízes alentejanas,
mais que amigos
somos primos
Sem dúvida alguma, parente!
Eliminar(Assim se diz por cá.)
Comentei lá e, sim, existem situações em que a poesia não tem voz!
ResponderEliminarAbraço estreito para vós e tudo de bom
Não tem voz?
EliminarOra escuta o que a Ana diz:
«Hoje não acontece o poema.
Mesmo que empenhado,
ele seria fútil.
Mesmo que com as palavras exactas,
ele seria o verniz balofo
de uma desumanidade anunciada.
Não me apetece a Poesia,
quando a Humanidade teima
em desperdiçar o planeta
que pisa e o sopro de vida
a que um de nós é dado
o direito de possuir.»
Se isto não é poema
então não sei o a poesia seja.
Abraço amigo
ResponderEliminarA Poesia é parte integrante do ser humano. Pode ser um silêncio, uma lágrima, um trovão, um grito, uma dor. Estará sempre presente enquanto o homem for homem. É certo que, por vezes, é difícil ver em que medida este se distingue das feras.
Sobre as bandeiras, escrevi lá, que só a BRANCA me interessa, verdadeiramente.
Bj.
Lídia
Lídia,
Eliminartudo o que nos vem da alma
pode ser sentido como poema
A Ana, ao negá-lo
fê-lo
Quanto à bandeira branca, em muitos casos significa rendição... prefiro profanar-lhe a brancura com o desenho de uma pomba!
(faz o exercício que o mapa propõe)
Bjs
Sinto-me dividida nesta situação.
ResponderEliminarOs EUA e a Nato não cumpriram as regras do jogo mas a Rússia também não.
A poesia morre perante tanques de guerra!
Abraço
Na guerra
Eliminaré difícil
descortinar
qualquer regra
Não há poema
que se destrua à bomba
Abraço
Hoje tenho dificuldade em comentar, porque a grandeza da dor destas palavras e das imagens mo impede.
ResponderEliminarDeixo-vos um beijinho comovido.
Percebo! A dor dói!
EliminarBeijinho correspondido
Há situações em que as palavras não conseguem dizer daquilo que nos vai na alma. É o que me acontece depois de ler este post.
ResponderEliminarAbraço e saúde para ambos.