Ontem, deixei duas perguntas: Quem, depois de alguém, veio estoirar de vez com o meu sonho? Quem semeou o pesadelo? Eis uma insuspeita resposta:
«Um artigo publicado na Der Spiegel, a mais prestigiada revista de informação alemã, sobre a desastrosa situação ambiental, social e económica que se vive no Sudoeste português à mercê da agricultura intensiva...
O texto sugere que a pobreza e desertificação do Alentejo torna a região um alvo fácil da atenção de empresas cujos escrúpulos ambientais e sociais são inversamente proporcionais aos números de facturação do sector, organizando-se em redes complexas «de corporações agrícolas multinacionais, grandes proprietários de terras locais e empresas comerciais europeias», operando à margem da inexistente fiscalização portuguesa...
(...)
Ao diagnóstico da Der Spiegel, o Juntos pelo Sudoeste acrescenta que «este ímpeto agrícola só é possível porque o Estado português abdicou de cuidar e vigiar partes muito significativas do seu território...Por fim, remata que este trabalho de investigação é «mais um passo na divulgação da situação insustentável dos concelhos de Odemira e Aljezur, como consequência do avanço imparável da agricultura intensiva focada na exportação, que compromete um Parque Natural, fractura o maior concelho do país, usa e abusa da água, factura 250 milhões de euros anuais, recebe benefícios fiscais, paga impostos não se sabe bem onde mas certamente não em Odemira, remunera a sua força laboral pelo mínimo, desresponsabiliza-se das suas condições miseráveis de vida e ainda acena a bandeira do “desenvolvimento económico”, quando o que de facto deixa no Sudoeste é a degradação ambiental e social que se vê a olho nu».Ler tudo aqui
Ainda não tive a oportunidade de ler o artigo do SPIEGEL.
ResponderEliminar„este ímpeto agrícola só é possível porque o Estado português abdicou de cuidar e vigiar partes muito significativas do seu território...“ sob o governo português socialista, que ganhou a maioria absoluta no domingo passado. Povo sensato.
Querida amiga
Eliminaratenta na lista
pois nem a azeitona
nem a fambroesa
apareceram de surpresa
2002 – 04 José Manuel Durão Barroso
2004 – 05 Pedro Santana Lopes
2005 – 11 José Sócrates
2011 – 15 Pedro Passos Coelho
Quanto a esta maioria absoluta
sê justa
Se queres ler tudo, o link está lá
(a menos que queiras ler na tua língua adoptiva)
Já li o link e esta tarde vou ler o original.
EliminarE depois de 2015, no reinado da geringonça nada melhorou.
Os outros são sempre os culpados.
Tens toda a razão: os outros têm sido sempre, e sempre, e sempre a culpados... e não foi por acaso que rompemos com a geringonça, como amanhã se verá...
EliminarLi, inclusive o Correio de Lagos e fiquei com os olhos arrumados para o resto do dia. É doloroso ver o que estão a fazer ao Sudoeste Português. É doloroso ver o massacre das terras.
ResponderEliminarAbraço!
...e a coisa não termina aqui...
EliminarAbraço
Meu caro Rogério
ResponderEliminarOs mesmos de sempre, eu estou ligado ao sector agrícola através da maquinaria e sei bem o que se tem feito pelas bandas do sodueste alentejano, uma das primeiras empresas que por ali se instalou era gerida por Ingleses, depois passou aos Espanhóis e agora é "supostamente" Portuguesa. A partir de então nascem os "túneis de plástico" como chamou às estufas a sra do PAN onde trabalham estrangeiros vindos da Índia, Paquistão Vietname para não dar mais nomes, pagos escravamente e sem quaisquer condições dignas de vida, mais uma vez a nossa imprensa só viu mas pouco, quando tocaram num empreendimento turístico supostamente em insolvência, em que uma das donas era dona também de várias estufas.
Tudo isto a bem do progresso e do desenvolvimento.
Um abraço
Meu caro amigo, toca em vários pontos valorizando o meu trabalho... ponho o foco no tema "escravidão" e na situação social, que extravasa o sudoeste e passou a ser uma realidade que se estende a todo o sul do país. O "visto framboesa" agora é eufemisticamente chamado de esperança». Irei procurar a reportagem sobre o tal título, que foi um dos trabalhos vencedores do Prémio de Jornalismo Luso-Alemão.
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