«Quem, logo no início da invasão russa da Ucrânia, a 24 de fevereiro, tomou partido ativo por um dos lados em conflito escrevendo, falando, adjetivando nos jornais, rádios e TV ou, em alternativa, batalhando nas redes sociais em comentários e publicações inflamadas, apaixonadas, bélicas confronta-se, 42 dias depois do começo da guerra, de forma contraditória, com a acumulação insuportável do horror das imagens dos cadáveres.
Mesmo filtradas, censuradas, selecionadas, editadas ou manipuladas, por razões tão diferenciadas que tanto podem ir do bom senso humanitário, como chegar ao exercício perverso de propaganda política, o que já vimos de sanguinário nesta guerra é suficiente para ser inequívoco: a crueldade está a ganhar demasiadas batalhas.
Esta náusea, este choque com a realidade da guerra, confronta o íntimo de cada um daqueles partidários de causa alheia com esta pergunta: "se o meu lado neste conflito acumula crimes e abusos, se se revela um facínora, eu, que o apoio, sou também um facínora?"»
Mesmo filtradas, censuradas, selecionadas, editadas ou manipuladas, por razões tão diferenciadas que tanto podem ir do bom senso humanitário, como chegar ao exercício perverso de propaganda política, o que já vimos de sanguinário nesta guerra é suficiente para ser inequívoco: a crueldade está a ganhar demasiadas batalhas.
Esta náusea, este choque com a realidade da guerra, confronta o íntimo de cada um daqueles partidários de causa alheia com esta pergunta: "se o meu lado neste conflito acumula crimes e abusos, se se revela um facínora, eu, que o apoio, sou também um facínora?"»
Caro Rogério
ResponderEliminarAqui nos trazes, mais um excelente artigo, de um extraordinário jornalista.
Pena que poucos saibam colocar-se no lado certo da história.
Abraço
E o lado certo da minha (nossa) história tem sido sempre:
EliminarPaz sim!
Guerra não!
Abraço
Um escrito lúcido, ponderado.
ResponderEliminarUm abraço.
Lucidez, eis um bem escasso!
EliminarAbraço
Um excelente artigo que, no entanto, não aponta uma terceira alternativa; os que efectivamente estão do lado da Paz entre os povos. Ou, melhor pensando, é exactamente isso que aponta...
ResponderEliminarAbraço
O apontar de alternativas passa sempre por entendimentos, que tardam
EliminarAbraço
Já minha avó dizia que em tempos de guerra há mentiras como terra. Todos os que estiveram no Ultramar sabem que de um lado e de outro se cometeram grandes atrocidades.
ResponderEliminarPor isso eu acredito que tanto russos como ucranianos terão cometido crimes,
mas uma coisa eu não esqueço. Não foram os ucranianos que invadiram a Rússia.
Abraço e saúde
Tua avô tinha toda a sabedoria que agora a tantos falta. Quanto à Guerra Colonial, estive lá e sei do que falas... Quanto à invasão russa, duas perguntas:
Eliminar> Quando e como começou o conflito?
> Desde a data de inicio até 24 de Fevereiro (começo da invasão) quantos milhares de ucranianos foram mortos sem que houvesse qualquer imagem ou notícia?
Saúde e abraço
Quem vai à guerra dá e leva!
ResponderEliminarAbraço
E quem não vai, leva também...
EliminarSegundo o meu Partido: "O custo de vida aumenta, o Povo não aguenta!"
Segundo a imprensa: 20% das panificações correm (já) o risco de encerrar!
Segundo a minha-mai-velha, que me pediu a minha fritadeira Tefal: o preço do óleo "está pela hora da morte!"
Abraço
E quem não vai á guerra e apanha com o Volodymyr Zelensky, quando abre a TV alemã?!
EliminarNão abro a TV há mais de duas semanas.
Aqui já não temos óleo nem farinha e quase a entrar no conflito contra a nossa vontade, mas somos uma colónia americana. Os Yankees fazem chantagem com o governo alemão.