A sala era pequena para tanta gente, mas percebe-se a opção, há 20 anos foi ali que Saramago se dirigiu antes de ir para outro lado. Fez questão disso.
E foi, à porta, com uma multidão à minha frente, que ouvi a Paula Oliveira cantar alguns dos "Poemas Possíveis". Escolhi este:
Circo
Poeta não é gente, é bicho coiso
Que da jaula ou gaiola vadiou
E anda pelo mundo às cambalhotas,
Recordadas do circo que inventou.
Estende no chão a capa que o destapa,
Faz do peito tambor, e rufa, salta,
É urso bailarino, mono sábio,
Ave torta de bico e pernalta
Ao fim toca a charanga do poema,
Caixa, fagote, notas arranhadas,
E porque bicho é, bicho lá fica,
A cantar às estrelas apagadas.
José Saramago
Boa noite:- E se escreveu ... está escrito, lol
ResponderEliminar.
* Saudade em desdita de amor ( Poetizando e Encantando ) *
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Feliz domingo.
ResponderEliminarGostava de ter estado aí.
Lídia
"Estar, não estando", vai sendo a minha habitual posição.
ResponderEliminarAbraço