15 outubro, 2018

Hoje dou a primazia à Agência ECCLESIA e ao poema


Diz a Agência ECCLESIA, segundo uma nota que lhe foi enviada:
«Com o tema «Pela Paz, todos não somos demais» vai realizar-se, dia 20 deste mês, em Loures (Patriarcado de Lisboa) um encontro que pretende uma mobilização e intervenção em defesa da paz.
Esta iniciativa, a realizar no Pavilhão Paz e Amizade, resulta de um trabalho conjunto do Conselho Português para a Paz e Cooperação (CPPC) com diversificadas organizações sociais, entre elas a LOC/MTC, a JOC e a Pastoral Operária,(...)
Estas organizações na sua prática quotidiana, tomam “clara e inequívoca posição pública contra a guerra e manifestam sincera determinação em defender os valores da paz, conscientes de que é imperioso encontrar as respostas mais adequadas para enfrentar as sérias ameaças à paz que, no momento presente, pairam sobre a humanidade”(...)
«Paz e Desarmamento»; «Cultura e Educação para a paz» e «Solidariedade e cooperação» são temas a refletir nesta a que começa às 09h30 e encerra às 16h45.»
Disse este poeta, declamando outro, hoje, num encontro:
Pela verdade, pelo riso, pela luz, pela beleza,
Pelas aves que voam no olhar de uma criança,
Pela limpeza do vento, pelos actos de pureza,
Pela alegria, pelo vinho, pela música, pela dança,
Pela branda melodia do rumor dos regatos,

Pelo fulgor do estio, pelo azul do claro dia,
Pelas flores que esmaltam os campos, pelo sossego dos pastos,
Pela exactidão das rosas, pela Sabedoria,
Pelas pérolas que gotejam dos olhos dos amantes,
Pelos prodígios que são verdadeiros nos sonhos,
Pelo amor, pela liberdade, pelas coisas radiantes,
Pelos aromas maduros de suaves outonos,
Pela futura manhã dos grandes transparentes,
Pelas entranhas maternas e fecundas da terra,
Pelas lágrimas das mães a quem nuvens sangrentas
Arrebatam os filhos para a torpeza da guerra,
Eu te conjuro ó paz, eu te invoco ó benigna,
Ó Santa, ó talismã contra a indústria feroz.
Com tuas mãos que abatem as bandeiras da ira,
Com o teu esconjuro da bomba e do algoz,
Abre as portas da História,
                               deixa passar a Vida!
"Ode à Paz", de Natália Correia, 
in "Inéditos (1985/1990)"

4 comentários:

  1. Conjuremos, então, a Paz, à força de esconjurar a bomba e o algoz.

    Abraço

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  2. Maravilhosa publicação:))

    Hoje, com: Sussurros da natureza em desamor
    Bjos
    Votos de uma óptima Terça - Feira


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  3. Uma oração repleta de sentido(s).

    Lídia

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  4. Viva a Paz !

    Lutemos sempre para que a Paz esteja connosco e no mundo!

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