«Precisávamos do dinheiro? Claro que sim, mas não a este preço. O
princípio de que quem paga manda é uma receita para o desastre, vai
alimentar o populismo, tornar indiferente em quem se vota, erodindo a
democracia, e, se há lição que se possa tirar da História, é que dá
sempre torto mais tarde ou mais cedo. Os novos estrangeirados que nos
governam nunca levantarão um dedo, como se viu com a história dos corredores turísticos,
em que temos que aceitar que a Espanha ou o Reino Unido possam ser
“seguros” e o Algarve ou o Douro não, sendo que Portugal tem
instrumentos para defender os seus interesses mas não os usa. Por
exemplo, os acordos finais com o Reino Unido dependem dos votos dos
países da União Europeia. Uma coisa é ser pequeno e fraco e outra é ser
subserviente.
Depois há toda uma outra história com o dinheiro. O dinheiro não vem
para um país que subitamente se tornou capaz, com uma varinha mais que
mágica, ou que se transformou na Noruega ou na Finlândia. E se há coisa
que se pode dizer desde já é que exactamente o dinheiro funciona contra a
mudança, tende a solidificar tudo o que está mal.
(...)
Já que estamos na vergonha de pedir, seria pior ter que ouvir uma frase
muito portuguesa dita aos nossos “pobrezinhos” por alguns próceres da
caridade: “pegue lá esta esmola mas não gaste em vinho.”»
Há um provérbio em inglês. .. "beggers can't be choosers"... que talvez se possa aplicar aqui... infelizmente. De momento não me vem à mente o equivalente em português. Voltarei mais tarde.
ResponderEliminar"Peguem lá esta esmola mas não gastem em vinho, nem em mulheres"
ResponderEliminarÉ exactamente, o que escrevem os jornais holandeses.
Acrescentam ainda:
Os povos do sul precisam de trabalhar mais e de gastar menos. Que sejam diligentes como os povos do norte da Europa.
A HOLANDA é um país lindíssimo, mas toda a bela tem o seu senão.
Ora bem... beggars can't be choosers. .. Os pobres não têm direito a escolher.
ResponderEliminarSerá o caso? Se há alguma expressão idiomática que melhor se aplique gostaria de conhecê-la. :))
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderEliminarTambém eu não vejo motivo para que se ergam agora as vozes, quais donzelas ofendidas, Janita, no entanto, o que os jornais holandeses escrevem sobre os povos do sul é bastante desagradável. Quando digo que a HOLANDA é um país lindíssimo, mas não há bela sem senão, quero dizer que, a Holanda é um dos paises europeus que mais detesta os estrangeiros, isto é, os povos pobres do sul como eles nos chamam.
ResponderEliminarSituação muito triste.
ResponderEliminarE, pessoalmente, não canto hossanas quanto à UE pretensamente unida.
Também temo muito que se repita o que aconteceu com os fundos de adesão.
Os países do Norte são preconceituosos.
Tudo de bom, feliz domingo
Descansa, Bruxelas; nós, os que agora mal temos para nos sustentarmos, vamos todos a correr comprar ferraris...
ResponderEliminarAtenção! Da minha pequeníssima janela de observação da vida real, o que muito objectivamente tenho vindo a ver é o populismo a ganhar força como chama ateada em palheiro abandonado! Creio não estar a dizer nada que não saibam já, mas este é um dos poucos espaços nos quais me permito falar aberta e directamente, ainda que arriscando-me a ser redundante. Ainda que tendo a certeza de que estou a dizer redundâncias.
Abraço!
Os países ricos nunca gostaram dos países pobres. As pessoas ricas não ligam às pessoas pobres. Tudo diferente, tudo igual.
ResponderEliminar.
Bom domingo
Abraço
Quanto mais mais pedimos
ResponderEliminarmais federados estaremos
Abraço
Caríssimo Rogério.
ResponderEliminarComo não vejo aqui o meu comentário das 00:11 e nada se eclipsa senão o Sol, deixo só mais este ditado popular.
"Uns comem os figos e a outros rebenta a boca".
Quem não respeita a liberdade de expressão, jamais salvará o Mundo.
Fique bem.
Ontem li, por breves segundos, o provérbio em português que a Janita escreveu,quando quis tomar nota, o dito tinha desaparecido.
ResponderEliminarJanita, podes repetir, por favor?
:))
Eu nunca apaguei um comentário!
ResponderEliminarAté aceito anónimos,
desde que tenha o nome por baixo...
Não, Rogério, não pensei que tivesses apagado. Nem tive tempo de ver exatamente onde a Janita o tinha escrito porque desapareceu imediatamente. Assumi, claro, que tivesse sido neste post. Pensei antes que tivesse sido um problema técnico. :))
ResponderEliminarAfinal comentei num «post» inexistente....
ResponderEliminarPara onde terá ido esse comentário...
Bem, em tempos o PP aborrecia-me, mas agora a sua voz diz muitas verdades com uma rara lucidez.
Beijinho