15 março, 2025

A MÃO QUE EMBALA O BERÇO, DESGOVERNA O MUNDO! COMO PODE?

(reeditado com alterações)

COMO PODE?

Como pode
a mesma mão que esculpe a arte
semear a guerra e a morte?

Como pode
a mesma mão que desenha a vida
semear sede e fome?

Como pode
a mesma mão que inventa e cria
dar ao mundo tão má sorte?

Como pode
a mesma mão que embala o berço
desgovernar o Mundo?

Eu sei como pode!
(mas não é hora
de trazer tal tema
ao poema)

Rogério Pereira/2022

2 comentários:

  1. Este poema levanta questões profundas sobre a dualidade da natureza humana e a contradição entre a capacidade de criar beleza e a propensão para a destruição. A repetição da ideia de "mesma mão" sugere que somos responsáveis tanto pelo bem quanto pelo mal no mundo. A reflexão sobre como podemos gerar tanto sofrimento, mesmo tendo o poder de criar e cuidar, provoca uma introspecção sobre a condição humana e as escolhas que fazemos. A menção de que "não é hora de trazer tal tema" indica uma consciência da complexidade e da gravidade dessas questões, sugerindo que, embora sejam importantes, podem ser difíceis de abordar.

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  2. "Com as mãos se faz a paz, se faz a guerra
    Com as mãos tudo se faz e se desfaz"

    And so on de Manuel Alegre

    Abraço

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