(reeditado com alterações)
COMO PODE?
Como pode
a mesma mão que esculpe a arte
semear a guerra e a morte?
Como pode
a mesma mão que desenha a vida
semear sede e fome?
Como pode
a mesma mão que inventa e cria
dar ao mundo tão má sorte?
Como pode
a mesma mão que embala o berço
desgovernar o Mundo?
Eu sei como pode!
(mas não é hora
de trazer tal tema
ao poema)Rogério Pereira/2022
Este poema levanta questões profundas sobre a dualidade da natureza humana e a contradição entre a capacidade de criar beleza e a propensão para a destruição. A repetição da ideia de "mesma mão" sugere que somos responsáveis tanto pelo bem quanto pelo mal no mundo. A reflexão sobre como podemos gerar tanto sofrimento, mesmo tendo o poder de criar e cuidar, provoca uma introspecção sobre a condição humana e as escolhas que fazemos. A menção de que "não é hora de trazer tal tema" indica uma consciência da complexidade e da gravidade dessas questões, sugerindo que, embora sejam importantes, podem ser difíceis de abordar.
ResponderEliminarNão me surpreende a tua capacidade de entender o sentido do poema. Pena que nem sempre dediques a mesma atenção a outras reflexões, a algumas metáforas e, também, às minhas ironias... Obrigado pelo teu tempo e pelas tuas palavra.
EliminarQuanto à dificuldade em abordar o tema da crescente desumanização, não desistirei dele, custe o que custar!
Beijo agradecido
"Com as mãos se faz a paz, se faz a guerra
ResponderEliminarCom as mãos tudo se faz e se desfaz"
And so on de Manuel Alegre
Abraço
No tempo
Eliminarem que tal poema era válido
havia mãos a fazer
havia mãos a desfazer
Hoje dominam as mãos desistentes
Abraço à beira da descrença
Olhando o mundo, ficamos com a impressão esquisita de que a natureza humana é capaz do melhor e do pior. As questões que o teu poema nos põe são inquietantes por sabermos que são verdadeiras. Infelizmente verdadeiras e para durar.
ResponderEliminarUma boa semana, meu Amigo Rogério.
Um beijo.
Une tua mão à minha
Eliminare juntos
mudemos o Mundo
Beijo agradecido
Na verdade, Rogério, do ser humano tudo se espera, porque ele tudo pode, não há freio que o impeça, há todo o tipo de ser humano sobre a Terra. Infelizmente é a mão que faz a guerra, que mata, que destrói o planeta, mas também a mão que acolhe, a mão que faz o bem. E assim será sempre. Infelizmente.
ResponderEliminarAs obras de arte são fantásticas.
Uma feliz semana, amigo, esse poema é maravilhoso, aplaudo daqui de longe!!
Beijo.
Dizemos coisas
Eliminarem conformidade
com nossos anseios
e mal podemos
esconder nossos receios
Beijo agradecido
Deixo-te um abraço grande pelo magoado poema e outro pelo vídeo que aqui colocaste para que os nossos olhos se abram diante das imagens enquanto os nossos ouvidos se deixam embalar pela música.
ResponderEliminarAproveito para pedir desculpa da minha ausência aos amigos e amigas cujos blogs visitava diariamente e que hoje não poderei visitar. Infelizmente não estou ainda em condições de retomar a minha anterior actividade online.
Deixo aqui, sabendo que o Rogério mo perdoará, um abraço para todos vós, que bem sabeis quem sois.❤️
Agradeço teu abraço
EliminarQuanto ao teu pedido de desculpas, diria que nem tem razão de ser... Como culpar alguém que fez o que deixaste feito?
Como culpar alguém que quer, quer, quer
e mal consegue
Dia 21 irás ter uma alma nova!
Beijo
Como só tu o sabes fazer, meu amigo! Com a sensibilidade e a dose de ironia necessária! Não tenho esse dom.
ResponderEliminarBeijinho grande
Há dons que eu tenho e tu julgas não ter.
EliminarHá dons que tu tens e eu gostaria de vir a ter.
Os estilos não se medem aos palmos...
Grande beijinho
O ser humano é complexo mas, no entanto, raramente a "mão artista" é a mesma "mão que mata". Mão que desgoverna sim, temos vários exemplos de artistas que entraram pela política dentro mas, nem sempre, do lado certo da vida.
ResponderEliminarVim tarde, mas a tempo
Eliminarde concordar com teu acerto