15 setembro, 2024

JÁ PASSARAM QUATRO ANOS... E SÓ HOJE ESCREVO SOBRE O QUE ONTEM TANTO LEMBREI!


Não escreva eu sobre os lugares por onde passamos e eles não falarão de nós. 

Um dos lugares mais marcantes da nossa vida foi por mim referido ainda este meu espaço estava dando os primeiros passos... Passados quatro anos sobre a eterna despedida, confesso ter aprendido (e na Minha Alma gravado) o significado da palavra "resignação".

A imagem é a da sua eterna morada... mas, no meu coração, morou e morará sempre!

14 setembro, 2024

ESTA CENA FOI HÀ CINCO ANOS...


... E NÃO CONSTA
CONTRARIAMENTE ÀQUELA OUTRA
QUE ESTA SEJA PRODUTO 
DA INTELIGÊNCIA  ARTIFICIAL
NÃO! 
ESTA É BEM REAL

13 setembro, 2024

MEDO! MEDO COM O TERROR LÁ DENTRO! (falando da Inteligência Artificial)


MEDO 

Houve um tempo
em que falando do medo
provei que qualquer medo
de susto ou enredo
não tinha nada dentro

Engano, ledo
pois apareceu novo medo
trazendo dentro
um terror violento

E o perigo
é que se mascara de sorriso

Rogério Pereira

12 setembro, 2024

UMA CELEBRAÇÃO QUE IRÁ FICAR CÉLEBRE - II

Lembram-se da imagem e de vos ter desafiado perguntando "quem conhecia quem"?
Na ausência de resposta, hoje apresento-vos o nº 1 - Franky Innocenti

“DE COMO O IMPROVISO PODE TOMAR CONTA DA ALMA”

Franky Innocenti é exemplo disso. Italiano radicado no país há cerca de 40 anos é hoje um oeirense assumido. Qual o seu génio? Piano. Dá conta das teclas  e elas são cúmplices. Toca em Oeiras e nas comunidades próximas, em centros comerciais e até em universidades. Não falha festas/feiras percorrendo o Pais.

E agora ele se apresenta. Não percam:

11 setembro, 2024

O NOSSO 11 DE SETEMBRO (poema-metáfora)


A janela, e a grade que puseram nela
Entre o espaço dali
E o de lá 
Havia um pequena fresta
E a luz da manhã
Vinha todos os dias beijar-lhe o rosto
E os sons da manhã
Vinham todos os dias acordar-lhe o sono
E os odores da manhã
Vinham todos os dias dar-lhe conforto 
Hoje, a fresta é uma gradeada janela
E nada lhe entra ou sai por ela 
Como é que se sai disto? 

Rogério Pereira/2012

10 setembro, 2024

OS RECLUSOS DERAM O SALTO NAS CALMAS? OLHA A NOVIDADE!...

Há 8 anos, escrevia eu, sob este título "Um bom projecto do qual não há o menor rasto (no terreno)" o que hoje aqui repito...
Mal sabia eu que estava antecipando as razões que estão na causa do que aconteceu... em Vale dos Judeus (realidade que tão bem conheci)


De um projecto que devia ter marcado profundamente a realidade prisional do País,  há ligeiro vestígio a provar apenas que terá existido. Existiu e dele se deu brado, entre 2005 e 2007: 14 reportagens/referências televisivas;40 artigos de imprensa; 2 grandes reportagens de rádio; 4 artigos em brochuras; 16 084 visitas ao site do projecto; 116 284 páginas visitadas; 20 apresentações públicas no exterior; 4 apresentações na Alemanha, Itália e Polónia;4 apresentações a delegações estrangeiras (Roménia, Letónia, Angola e Moçambique); 73 apresentações de divulgação interna.

Tanta projecção para agora só dele se lembrar quem mal pisa uma prisão. No terreno, nos estabelecimentos prisionais, ficou talvez só o amargo de ter acreditado e, assim, a descrença. O Projecto GERIR PARA INOVAR OS SERVIÇOS PRISIONAIS foi um "flop", um grande faz-de-conta. E podia não ter sido assim. Bastava para deixar marca, ter seus objectivos atingidos e a inovação acontecer, se o Ministro da Justiça do Governo de Santana Lopes o abraçasse e o integrasse num projecto mais amplo. Se o tivesse feito, o então Director Geral dos Serviços Prisionais teria dado força, ânimo e incentivo ao trabalho. O mesmo aconteceu no Governo de Sócrates, com o seu Ministro da Justiça e o correspondente Director Geral. PSD e PS repetiram o distanciamento e descansam no mesmo argumento tão estafado quanto errado para contra-argumentar às insistentes queixas de falta de guardas prisionais: o índice do número de guardas/reclusos são dos melhores do Mundo...

Prometi a uma ex-diretora de um estabelecimento prisional enviar-lhe alguma documentação sobre o projecto e descubro que o Projecto continuou a ser propalado como sendo de grande sucesso  Pessoalmente, duvido que o tenha tido. Por uma razão, no sistema prisional para além da falta de guardas, a sobrelotação canibaliza tudo...

Uma recomendação, esqueça a página www.pgisp.info.  a tal que teve quase 17 mil visitas... 

05 setembro, 2024

INSISTO! VÁ À FESTA E COMPRE O MEU LIVRO! (dele, hoje descrevo, da sua gestação ao lançamento)

"Comecei este livro num blogue. Páginas, poucas, editadas semanalmente, que vieram a recolher comentários de apreço e incentivo para, primeiro, que continuasse escrevendo e que, depois, passaram a reclamar que o texto fosse editado. Assim, a esses amigos agradeço e deles (dos mais frequentes) transcrevo palavras deixadas em alguns desses comentários. A todos deixo o meu reconhecimento, certo que a eles devo o incentivo para a publicação destas memórias, por mim vividas, numa guerra perdida e sem outro sentido que não fosse adiar a história. 
 – «Na tua narrativa dá para sentir o pó da picada, os odores das sanzalas... A zona por onde andei, Mucaba, Negage, Carmona é igual ao que tão bem descreves.» – A. Tapadinhas (Pintar a Palavra, Escrever a Pintura). 
 – «Li. Depois fui reler o Prefácio. Voltei e... embarquei. Há-de encontrar-me quando aportar. Ensombro ruas, ergo-me no meio do nada. Uma acácia rubra de Angola que viu chegar tantos em tantos navios...» – Acácia Rubra (acácia rubra). 
– «É muito criativo e disseca bem um tempo – memória difícil e intensa. Por essa altura eu escrevia cartas, por encomenda, a algumas vizinhas... Partiriam de avião para essa África distante… Esperamos o livro.» – Ana Tapadas (Rara Avis).
 – «A escrita do seu livro está a tornar-se cativante! Não nos deixa perder um único passo do que descreve. Utilizando, como raramente tenho visto, recursos on line, remete-nos para ilustrações que mais cor e data dão às suas palavras. Mas, não só. Também nos encaminha para leituras como o mimo que é «Terra de Siena Molhada», de Saramago, e o importante trabalho de José Carlos Oliveira, já meu conhecido. Como se não bastasse, o Rogério foi mais longe. Criou uma figura (Maria do Sol) porque logo me encantei. Fez-me lembrar, de imediato, Blimunda, que não era de Sol, mas Sete-Luas. Com que mais nos irá, agradavelmente, surpreender?!» – Carlos Albuquerque (Conversas daqui e dali).
 – «Não passei por essa terrível guerra colonial mas tenho conhecimento de testemunhos vividos de pessoas como o meu caro amigo que tendo sido violadas nos seus valores mesmo assim prestaram serviços de grande humanidade. A ditadura fascista massacrou povos utilizando como carne para canhão os nossos jovens em nome da barbárie e de interesses contrários a Portugal e aos povos colonizados. Os seus textos expõem a irresponsabilidade do sistema mas dão nota da sua personalidade de homem bom a cumprir ordens dos senhores da miserável guerra. Não apagar memórias creio ser o seu objectivo – por isso aplaudo o seu esforço de condenação da canalha responsável pelo massacre de tantas formas imposto. (Continuarei a seguir os seus relatos e se me permite ainda bem que não seguiu a “profissão”).» – Eufrázio Filipe (Mar Arável). 
 – «Texto para ler com atenção e delicadeza, para não perturbar as subtis metamorfoses da Alma e seus contrários...» – Herético (Relógio de Pêndulo). 
 – «Meu amigo: Em primeiro lugar é um privilégio para todos nós, ter-nos escolhido para fazer parte de um percurso tão marcante da sua vida. Descreve tudo de uma forma apaixonada e sentida, o que revela que tem presente todos aqueles momentos e vivências. Da guerra colonial, e como não tive familiares próximos naquela situação, só recordo as mensagens de Natal em directo e que sempre me comoviam e as medalhas póstumas que os “chefes de estado” colocavam no peito dos familiares que por lá tinham perdido os entes queridos. Nem imagino o que o Rogério deve ter vivido e sentido, longe da família, num cenário de guerra. Embora o seu humor amenize a narração, noto também saudade e angústia nas suas palavras. Que mais posso acrescentar, a não ser que estou fascinada e rendida à sua história de vida. Por isso, num domingo de manhã aqui estou a ler fervorosamente mais um capítulo.» – Fê-blue bird (Só te peço 5 minutos).
 – «Sempre me surpreendes pela positiva. Já te sabia “enfermeiro/médico” à força, mas digo-te que és bem melhor do que muitos dos reais que encontramos nos nossos consultórios. Diagnóstico errado, mas pelo sim pelo não, uma pequena colher de desparasitante e assunto resolvido. A substituição do nome do diagnóstico, para constipação, estaria mais próximo da verdade se estivesses no Reino Unido ou noutro país onde se falasse inglês. Adorei, como sempre.» – Fernanda, Ná (Na Casa do Rau).
 – «Como fui criado em Angola, dos 3 aos 29 anos de idade, compreenderá que muitas das situações que conta não são novidade para mim. Vi coisas muito más e, outras, fantásticas, no que se refere à convivência entre raças. A mim, pelo que vivi e aprendi na vida, e na leitura, não me custa nada perceber como se pode ser humano em qualquer situação. Mesmo nas extremas. Estou a gostar e está muito bem enquadrado e bem escrito.» – Fernando Freitas (A Beiça). 
 – «Desta vez vou apenas dizer-lhe que é em alturas como esta, quando um texto seu me comove até às lágrimas, ainda por cima acompanhado do pequeno excerto de uma carta que, religiosamente, guardou, que eu fico cheia de remorsos!» – Janita (janita). 
 – «A força de um testemunho, que “cala” os silêncios.» – jrd (bons tempos hein?!). 
 – «É uma narrativa que prende o leitor pelo tom leve. No entanto, não deixa de dar a conhecer alguns dos azedumes de uma época em que o mundo decorre a dois tempos distintos: A chegada à Lua, signo do progresso do Homem e a Colonização, signo da sua pequenez. Maravilhosa é a forma como utiliza esta dicotomia e tece com as palavras relações tão inesperadas e divertidas…Tem todos os ingredientes para captar a atenção do leitor. Movimento, humor, apelo aos sentidos, suspense... E o encanto próprio do narrador autodiegético, pois que também ele é personagem, ou melhor, personagens. Sobre os cheiros (de África)... Sei que a memória guarda um espaço de eleição para eles. É através deles que muitas vezes nos vemos a viajar no tempo de encontro a lugares e momentos do passado.» – Lídia Borges (Searas de Versos). 
 – «Um texto comovente e sério. Relato de um tempo em que os pais viviam a angústia de acompanharem apenas à distância o crescimento dos filhos, não sabendo se, na verdade, os voltariam a ver. Sei do olhar das mães, cheio de incerteza e medo, e do quanto faziam para esconder tudo isso das suas crianças. Sei também das cartas que escreviam aos pais delas. Poucos seriam aqueles que reflectiriam, na altura, sobre os fundamentos teóricos da educação da criança. Os princípios educativos estavam de tal forma firmemente interiorizados que educar era igual a fazer crescer (com tudo de bom e de doloroso que isso implica).» – Maria João Martins (Pequenos Detalhes).
 – «Apesar de ter escapado à tangente dum percurso idêntico a esse e no meu caso não passaria de um soldado “raso”, não consigo ler os “caminhos do seu navegar” sem me abstrair de estórias da guerra colonial que fui ouvindo e lendo. Confesso-lhe que nunca li nada que um qualquer autor publicasse que descrevesse uma “viagem” duma forma tão apaixonante e me agarrasse tanto a ela.» – Rodrigo Henriques (Folha Seca)."

(este texto integra o prefácio)

E veja como foi o lançamento...

 

 

04 setembro, 2024

VÁ À FESTA... CHEGANDO LÁ, RECOMENDO...

... recomendo que visite esta Festa dentro da FESTA...
 
... e de lá não saia sem comprar o meu livro!

Se já tem, compre na mesma pois é uma boa oferta a quem importa passar essa memória de afectos, angústias e medos, por mim tidos e vividos em terras de Angola, durante a guerra colonial, nos anos de 1969 a 71

( o valor das vendas revertem para o colectivo que montou a Festa!)