Hoje passei a manhã correndo de um para outro lado. Primeiro ao Hospital Egas Moniz e depois para o Centro de Saúde de Oeiras. O seu estado é preocupante e já o era quando, em sala repleta, se ouviu um poema dela, com ela ausente. Está em casa... por agora, estabilizada.
O soneto? Não o ouviu no vídeo? Então leia-o:
GUERRA E PAZ
Há guerra e paz na voz com que protestas
E umas notas frutadas que não sei
Se te vêm de um tempo todo em festas,
Se de outro, contra o qual me revoltei
*
Mas há-as, porque as vejo abrindo frestas
Na dor, quando a teu lado a partilhei
Num grito feito de ervas e giestas
Que ousei colher, quando jamais plantei
*
Que mais há nessa voz que é minha e tua,
Que mais nasce do som que vem da rua,
Se não a impotência e a tristeza
*
De não poder-te dar melhor, nem mais
Do que estes vôos rasos sem os quais
Talvez nem pão houvesse sobre a mesa?
*
Maria João Brito de Sousa
19.05.2018-17.04h
***
O mais importante é o estado de saúde da Maria João e que recupere rapidamente. Beijinhos de amizade para a nossa querida sonetista.
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