15 julho, 2025

FUI À VOZ DO OPERÁRIO. SAÍ DE LÁ, NÃO SÓ REJUVENESCIDO, MAS TAMBÉM ESPERANÇADO... II


Saí da esplanada, lá na Graça, e fui a passo de passeio em direção ao que ali me levara. Ao atravessar a rua, parou um tuk-tuk conduzido por uma simpática imigrante, que me deu prioridade. Depois passou outro, e outro e outro ainda. Se a Graça é uma das zonas de turistas mais frequentada, ela, a zona, também tem vida graças a milhares de gentes oriundas da imigração que preenchem lugares nessa promissora industria, onde cada porta é uma venda.

Chegado à Voz do Operário o coração bateu forte pela corrente que se prestara à entrada. Só encontrei lugar na galeria. Escolhi a primeira cadeira, ainda vaga, pois teria que sair a tempo de ir fazer o que tinha de ser feito. Ao meu lado, à direita de mim, gente idosa. À minha esquerda, sentados num degrau, um jovem casal, com discreto comportamento de namoro. Ela segurava um sorriso. Ele, dois cravos vermelhos. Provoquei-os e por resposta tive a oferta de um dos cravos. Em troca, dei-lhes 20 dos meus 80 anos e senti-me rejuvenescido, sentimento reforçado pela dominante predominância de tanta juventude, espalhada pela sala.

Na plateia, já bem cheia, ainda ia chegando gente. E vi, por ali, inesperadas pessoas que se iam juntando aos que estavam, designadamente "Capitães de Abril". Reconheci-os, mas não tinha presente o nome e socorri-me do jovem que me dera o cravo para o questionar. "Quem é?" e, da ponta-da-língua, lhe saiu o nome.

Postos os actos formais e o discurso de abertura, veio a esperada intervenção.

E não foram apenas as palavras ouvidas por parte de quem as disse, foi por todo o contexto, pelos aplausos e cânticos, pela transbordante confiança e pela presença de tanto jovem, que saí da Voz do Operário cheio de esperança e com a convicção: "Mudar o Mundo não nos custa muito, leva é tempo".




14 julho, 2025

FUI À VOZ DO OPERÁRIO. SAÍ DE LÁ, NÃO SÓ REJUVENESCIDO, MAS TAMBÉM ESPERANÇADO...

 


Fui cedo e escolhi o caminho. De entre tantos, só o escolhido iria mexer comigo. Optei por aquele que me faria passar por memórias de infância e juventude. 

De Oeiras ao Saldanha, nada a acrescentar. Tudo começou na subida da Rua Morais Soares, não resistindo a passar por aquela transversal, a mesma em que vivi e em que viveu Saramago. Depois desse atinado desvio, entrei na Praça Paiva Couceiro, olhando a esplanada do Café Chaimite. E lá estava, certamente renovada, a mesa de tantas, tantas tertúlias, tidas e bem vividas em tempos de juventude e tantas, tantas com a presença do Mário de Carvalho. Da Paiva Couceiro à Graça foi-me obrigatório seguir pela Avenida General Roçadas onde pude rever a bela fachada de uma das escolas da minha vida, aquela em tive orgulho das minhas mãos e fui actor  numa peça de teatro onde, além de a ter escrito, fui defenestrado, em ato muito aplaudido.

Feito este percurso, cheguei à Graça bem cedo e a tempo de beber um descafeinado. Sentei-me no largo, com a Igreja ao meu lado mas esta projectando a sobra que de mim fugia. Senti a mágoa de a Guidinha não se vir sentar comigo para que me sentisse Rogérito (ia a reclamar a Sttau Monteiro, mas contive-me a tempo).

Falando em tempo, estava na hora. E lá fui à Voz do Operário assistir a um ato extraordinário. Porque saí de lá, não só rejuvenescido, mas também esperançado? 

Depois conto, pois este texto já vai extenso.

13 julho, 2025

E, NUMA SESSÃO ASSIM, MEMÓRIAS TIDAS E VIVIDAS EM TERRAS DE ANGOLA, VIERAM ATÉ MIM...


Foi ontem, na Biblioteca Municipal de Cascais, que assisti emocionado a tão poética sessão. As fotos (que me foram enviadas pelo Carlos Ricardo) jamais poderiam traduzir desempenho e som assim...
... e as memórias, tidas e vividas por terras de Angola, vieram até mim...



12 julho, 2025

O MEU "TEATRINHO" VAI FICAR ENRIQUECIDO...


Por vezes nem preciso procurar, são as boas notícias que vêm ter comigo. Eu explico. De vez em quando vou ao WhatsApp, onde tenho muitos contactos, e lá, as novas mensagens se encontram assinaladas. Hoje, num grupo em que milito, estava assinalado este vídeo. A ela apenso vinha o seguinte texto:

"O filme egípcio "O Outro Pai", com apenas 2 minutos e 31 segundos de duração, ganhou o prêmio de melhor curta-metragem em um festival de cinema. O diretor tem 20 anos. O filme mostra como as pessoas se isolam na tecnologia e esquecem uma das melhores coisas da vida, a convivência humana com amor e fraternidade. Esse vídeo é sublime! Por favor, assista!!!!* Vídeo adorável. Ainda bem que o repetimos em todos os lugares. Vamos fazer o nosso melhor para não perder esse vínculo, fazer a sua parte todos os dias, em todos os espaços de nossas vidas (casa, trabalho, reuniões entre amigos, etc...)".

Já tomei a decisão de este filminho vir a encerrar as futuras representações da minha peça. Lembram-se que já vos falei dela?