07 junho, 2018

Diz o bom povo que a esperança é a última coisa a morrer, mas de que me serve a esperança viva se entretanto o teatro foi assassinado?


O destaque dado pela imagem não significa deixar de lado todos os outros casos. O meu Partido, como lhe era devido, lançou o alerta: "Sem orçamento e com as atuais regras e o atual modelo de financiamento às artes, o caminho que está a ser seguido levará à liquidação, em alguns casos, de estruturas com dezenas de anos de trabalho artístico". 

E enumerou muitos casos: o Teatro Experimental de Cascais; o Teatrão e a Escola da Noite, ambos de Coimbra; o Centro Dramático de Évora (Cendrev); o Teatro das Beiras, da Covilhã; o Teatro Experimental do Porto; a Seiva Trupe; o Festival Internacional de Marionetas e o Festival Internacional de Teatro de Expressão Ibérica (FITEI), também do Porto; o Teatro de Animação de Setúbal...

A lista é longa? 
Não é tudo, entre as 39 estruturas e projetos que ficam sem financiamento, ainda temos o Teatro Municipal de Almada. Na página do Teatro de Joaquim Benite pode continuar a ler:
«A Companhia de Teatro de Almada foi surpreendida com os resultados provisórios do concurso de financiamento às Artes, anunciado pela Direcção-Geral das Artes, que prevê um corte anual de cerca de 110 000€ ao financiamento anteriormente atribuído. Este corte, a ser levado a cabo ainda este ano, torna inviável a realização do Festival de Almada, que deveria decorrer entre 4 e 18 de Julho.
O Festival de Almada é considerado unanimemente o principal evento teatral do País e um dos mais importantes da Europa.»
Diz o bom povo que a esperança é a última coisa a morrer, mas de que me serve a esperança viva se entretanto o teatro foi assassinado?

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