Hoje, pela manhã, tropecei no facebook com um post de alguém com quem com alguma frequência troco comentários que escrevia que o meu partido se tinha coligado com o CDS. Respondi-lhe e ele voltou à carga, deste modo:
«...reitero que a posição do PCP é ignóbil, oportunista e contrária à opinião de muitos militantes comunistas, especialmente jovens, que discordam abertamente da posição esclerosada de um grupo de velhos acéfalos que continua a enganar os trabalhadores com amanhãs que cantam mas eles próprios sabem que nunca se concretizam. Estamos em pleno século XXI, mas o PCP continua com o discurso do século passado em relação ao mundo laboral. Era altura de algumas mentes anquilosadas acordarem para o tempo presente.»
Deixei-lhe lá um meu "ó" de espanto e fui rever argumentos, situando-me neste século. E mudei de opinião. Isto é, passei de uma posição moderadamente contra a eutanásia, para uma outra, radicalmente contra.
Eu era moderadamente contra num meu escrito, pois aceitava o princípio mas via como condição prévia o desenvolvimento da rede de cuidados paliativos para depois, então sim, se despenalizar o acto.
Passei a ser radicalmente contra depois de ter lido os testemunhos de Theo Boer, regulador da lei que enquadra o procedimento, em vigor na Holanda, primeiro país a legalizar a eutanásia. Supondo eu que Theo Boer não seja velho acéfalo, comunista e nem tenha mente anquilosada dou importância ao que ele diz, e diz assim:
- "No geral, as mortes por eutanásia, que respondem oficialmente por 3% de todas as mortes na Holanda, aumentaram 151% em apenas sete anos."
- "A eutanásia na Holanda está fora de controle".
- "O que estamos vendo na Holanda é a" extensão incremental ", o constante aumento intencional de números com uma ampliação gradual das categorias de pacientes a serem incluídos."
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Aproveito para lembrar que o sistema de saúde holandês é frequentemente apontado como um dos melhores da União Europeia e é citado pela Organização Mundial de Saúde como exemplo em vários relatórios.
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