“Quando chegar o final da minha vida, quero poder decidir não sofrer mais”, diz uma data de gente com voz veemente.
Para muitos é um um apelo sentido, para outros será bandeira e procura de protagonismo. Penso (quase) o mesmo, mas não foi isso que respondi hoje quando ao almoço a minha-mais-nova me perguntou porque é que o meu partido discorda e não aprova. Respondi-lhe que primeiro seria, porque é mesmo prioritário, responder ao apelo do António Arnout e investir na rede de cuidados continuados, pois é aí que começa a redução do sofrimento.
Sem se darem condições para a redução da dor, as famílias carecidas serão emocionalmente pressionadas para desejarem a morte dos seus idosos. E os riscos disso resultam de ameaças (que não são veladas) para se reduzirem as despesas com o Serviço Nacional de Saúde. Moscovici o disse.
É mais barato proporcionar a morte assistida, do que aumentar a despesa para se proporcionar qualidade de vida. Insiste ela, "mas se são pessoas condenadas, em estado terminal e em desespero..." Respondi-lhe que um estado terminal pode ser protelado. E dei-lhe por exemplo o caso do seu avô (meu pai) que a entrada num programa de hemodiálise lhe prolongou a vida por mais 5 anos, até que um pé diabético lhe antecipou o destino. Quem garante que hoje os cortes já ocorridos em Abril de 2017 não venham voltar a acontecer, onde este tratamento realizado por 12 mil pessoas com doença renal grave ronda os 230 milhões de euros? São 12 mil condenados, será mais económico antecipar-lhes a morte? Certamente!
Sem se darem condições para a redução da dor, as famílias carecidas serão emocionalmente pressionadas para desejarem a morte dos seus idosos. E os riscos disso resultam de ameaças (que não são veladas) para se reduzirem as despesas com o Serviço Nacional de Saúde. Moscovici o disse.
É mais barato proporcionar a morte assistida, do que aumentar a despesa para se proporcionar qualidade de vida. Insiste ela, "mas se são pessoas condenadas, em estado terminal e em desespero..." Respondi-lhe que um estado terminal pode ser protelado. E dei-lhe por exemplo o caso do seu avô (meu pai) que a entrada num programa de hemodiálise lhe prolongou a vida por mais 5 anos, até que um pé diabético lhe antecipou o destino. Quem garante que hoje os cortes já ocorridos em Abril de 2017 não venham voltar a acontecer, onde este tratamento realizado por 12 mil pessoas com doença renal grave ronda os 230 milhões de euros? São 12 mil condenados, será mais económico antecipar-lhes a morte? Certamente!
Apelo às tais 60 personalidades "Ó malta, aguentem lá o SNS e depois falemos da eutanásia!" e já agora, fixemos uma data (ou um momento) para tal conversa. Isto é, quando o acesso a cuidados continuados e paliativos for decente. Dos últimos dados disponíveis, numa análise
por tipo de internamento, identificou-se que o baixo
acesso atinge desde 81% da população, no caso dos cuidados paliativos, até 95% no
caso dos cuidados de
convalescença.
Enquanto eu vou dar uma olhadela ao "Testamento Vital" deixo-vos com o vídeo...
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