04 maio, 2018

A João poemou-me


Como comentário a um poema seu, escrevi assim, eu
Não sei que ave sou
Mas no meu voo
divido
o que multiplico
______________
Podes fazer um soneto sobre isso?
E ela satisfez o meu pedido
NÃO HÁ FIM PARA O SONHO. NÃO HÁ FIM...

Não há, neste planeta, mar nem céu,
Estrada longa demais, alta montanha,
Ponte suspensa sobre um medo teu
Que te trave esse sonho e, coisa estranha,

Um pouco desse sonho é também meu,
Um nada dessa chama em mim se entranha
E aonde chegar, chegarei eu,
Pois nisto ninguém perde. Só se ganha.

Não há fim para um sonho construído,
Nem haverá lugar para o vencido
Num sonho desta forma partilhado

Se, quando te pareça estar no fim,
Vês que mal começou dentro de mim
E que outros vão nascendo a nosso lado.

Maria João Brito de Sousa – 02.05.2018 – 12.54h

11 comentários:

  1. Que a João seria capaz de responder ao desafio com um bom soneto ninguém que conheça a sua escrita duvida. Aí está a prova. Parabéns para os dois.
    E o Rogério está melhor?
    Oxalá.
    Abraço e bom fim-de-semana

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    Respostas
    1. Obrigada, Elvira.

      Sei que também desenha sonhos.Obrigada também por isso.

      Abraço grande!

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    2. «Não há, neste planeta, mar nem céu,
      Estrada longa demais, alta montanha,
      Ponte suspensa sobre um medo teu
      Que te trave esse sonho e, coisa estranha,

      Um pouco desse sonho é também meu,»

      Belo, e certo, Elvira
      Bela também esta partilha

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  2. A uma (des)ora destas, já tropeço nas sílabas, enredo-me nas palavras, escorrego no seu sentido e nem sequer estou muito segura das frases que escrevo, mas fico muito contente por te ter poetado neste soneto :)

    Abraço grande!

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  3. Que "coisa" linda, isto tudo: o sonho, a amizade, o comentário, o soneto...

    Bj.

    Lídia

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  4. Bonita imagem. Poema de uma sedução ímpar. Maravilhoso de ler.
    Passo também a fim de desejar um óptimo fim de semana.

    * AMOR EM ASSIMETRIA *
    .
    Abraço

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  5. Não conheço ninguém que conjugue
    sentimentos e palavras de uma forma
    tão natural e tão sentida.
    Nos Sonetos da João, as palavras
    ganham corpo e ganham vida.

    Parabéns a ambos.

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