Cavaco Silva veio interromper uma discussão séria sobre a eutanásia. Fará pender os hesitantes, pois a sua posição levará a tomar posição contrária. Não pela razão, mas pela raiva. Se assim for, eutanasem-no.
Num texto que recomendo e onde se refere serem poucos os países europeus a legislarem sobre o tema, cita-se o caso da França onde a discussão concluiu pelo reforço dos cuidados paliativos. Entretanto, outras leituras relembram:
«Os cuidados paliativos, cuja Lei 52/2012 considera na sua Base IV que «A afirmação da vida e do valor intrínseco de cada pessoa, considerando a morte como processo natural que não deve ser prolongado através da obstinação terapêutica», inscrevem-se nestas finalidades e devem ser implementados e desenvolvidos no âmbito do serviço público, atribuindo-lhes mais meios para que a vida da pessoa doente no seu findar tenha a qualidade assistencial e o apoio que diminua ou elimine o sofrer físico e psíquico.
Sem fracturas desnecessárias, com o maior respeito por opiniões diferentes, o PCP considera uma prioridade nacional um investimento sério nos cuidados paliativos, providos dos recursos técnicos e humanos necessários ao desempenho da sua missão. A melhoria da qualidade dos cuidados paliativos e da sua acessibilidade é a prioridade que, ao ser assegurada a todos, irá concorrer para reduzir significativamente o número das pessoas que exprimem o desejo de morte executada a pedido por receio do sofrimento no termo da vida.»Expresso o meu voto, se a lei da eutanásia vier a ser aprovada na generalidade, que em sede de especialidade se cuide do que deve ser salvaguardado, tal como em França.
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