06 setembro, 2021

A FESTA... CONTANDO COMO FOI...


SÁBADO: Aquele, ali atrás de rosto enrugado (mas de sorriso estampado) é cá este rapaz. A foto é o desfecho de um diálogo com um "fora d´oras", um alentejano chapado ,com quem exuberantemente meti conversa. Começámos falando do Meu Sangue Mouro, do Meu Coração Luso e da Minha Alma Celta. Pedi-lhe para fazer pose comigo e ele não se fazendo rogado, puxou uma menina que por ele ia passando e, ela nada se importando, lá ficámos os três. Depois foram andando e eu por ali fiquei, mais 4 horitas. Pensava que iria sair dali sem ânimo nem préstimo pois o turno, das 17h30 às 22h00, era longo em exigência de estado de presença constante. Mas acabou por decorrer com "uma perna às costas" e deu para o que adiante se verá...

Acabado o turno depois de um bom leitão de Negrais, regado com vinho de estalo, ( a gastronomia, só por ela, é uma Festa) seguiu-se um serão de sonho. Tão belo, quanto inesperado (vejam, nem que seja um só bocado). Vi até ao fim, e como me tinha comprometido a dar boleia ao grupo que viera comigo, só deu para dar uma olhadela à Lena D´Água. O Bruno, a Olívia e a Manuela, já estavam à espera. Pelo caminho, entre assuntos vários, íamos  comentando como teria surgido o Hino da Festa ("A Carvalhesa") de que o Bruno não fazia a mínima ideia.

DOMINGO: Não foi cedo que eu e a Manuela chagámos à Festa (passava um pouco do meio-dia). Combinámos que cada um ia onde quisesse ir, pois amigo não empata amigo. Passei pela área internacional e olhando o artesanato, depois sentei-me um pouco olhando o desfile de sorrisos.

Cheguei ao pavilhão de Setúbal com água na boca  só de pensar no choco-frito. Fila imensa a desmobilizar o manjar. Optei então por uma massada de peixe. Escolha fixe (a gastronomia, só por ela, é uma Festa)

Posta de parte qualquer hipótese de "passar pelas brasas", dirigi-me ao Espaço Criança onde, cerca das 13h30, o programa já ia avançado. Na OFICINA DE FANTOCHES DE ESPUMA os personagens já tinham sido produzidos pelos miúdos mas o teatro ainda não tinha começado. Fiquei ali um bom bocado, vendo como as crianças interagiam com o narrador...

Tinha agendado estar no Pavilhão Central e cumpri. Aí  segui  o debate sobre as próximas eleições autárquicas (onde fui e registei alguns apontamentos úteis ao meu compromisso) e depois dei um salto à FESTA DO LIVRO ouvir dissertar, a partir de livros, sobre o Neo-realismo na História do meu Partido. O tempo não perdoa e chegou a hora do comício. Sobre a intervenção de Jerónimo, ela, funciona como uma bússola, um guia para a acção e uma afirmação de posições, claras e inequívocas que resistirão a todas as enviesadas leituras que a imprensa dá à estampa.

Jantei cedo, um arroz de marisco como nunca houvera nem visto nem comido, no Pavilhão do Algarve ( a gastronomia, só por ela, é uma Festa) e de seguida fiz-me ao resto. 

O desempenho dos LINDA MARTINI (sublime este ADEUS TRISTEZA)  foi uma bela surpresa e, depois a terminar este "dueto improvável"


15 comentários:

  1. Foi um bom fim de semana em todos os aspetos.

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    1. Sim Catarina, foi um bom fim de semana em todos os aspectos, designadamente, por nos dar o ânimo e a energia necessária para que, em sociedade, possamos dar um salto na relação humana...

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  2. Um alentejano pouco simpático, que vai buscar uma moça para a fotografia e tu ficas em segundo plano. Falta de tacto, digo eu.

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    1. Teresa, percebo a intenção (injusta) em desvalorizar a cena: Esse alentejano, herói do montado de sobro, não podia ter outro rosto (e canta melhor que eu); a moça pôs a jeito e eu estava no meu posto, e a organização nunca foi um plano secundário. Se me acusas de falta de tacto, eu acuso-te de falta de sentido de observação e também um pouco de falta de senso...

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    2. Eu acuso o alentejano de falta de tacto em chamar a moça, em vez de querer tirar a fotografia ao teu lado. O problema não é meu. Há muitos cretinos que cantam maravilhosamente 🤮

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    3. Mas, repara
      a moça
      ri-se toda
      e
      depois ficámos à conversa

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  3. Gostei do relato, das fotos, e do vídeo.
    Abraço e saúde

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  4. Uma pequena história. Talvez por volta de 1991, estava a trabalhar no Barreiro; a minha mulher e os nossos dois filhos, então com 7 e 4 anos, vieram passar o fim de semana comigo. Decidimos ir ao Seixal, à "festa", como vocês comunistas dizem para ver como "era aquilo" e jantar. Chegados, já passava das 20h, depois de vermos os preços dos bilhetes, estavamos a hesitar, entramos não entramos. Aproximou-se um casal, para cima dos cinquenta, a dizer que estavam a reparar em nós e que nos ofereciam os bilhetes deles porque iam para casa e já não regressavam. Apenas nos pediram que lhes enviássemos os bilhetes para casa, por causa de um sorteio qualquer. Moravam na Cova da Piedade. Nunca esqueci a simpatia daquele casal. É claro que jantámos bem!

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    1. Caro José Lopes,
      Oportuna história, pois dá dois testemunhos: o por si referido, de simpatia mas também de solidariedade. E juro-lhe essa história se repete. E quanto à janta, a dificuldade está em encontrar quem se queixe...

      Abraço

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  5. Bela Festa, por isso é que não há outra como esta.
    Ainda um dia hei-de ir à Atalaia... Petiscar, ouvir boa música e conhecer gente gira. Esse alentejano parece simpático e o Rogério sorri divertido...há lá coisa melhor?

    Abracinhos.

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    1. Janita
      Quando for, não me diga,
      fica marcado o encontro
      pago a janta
      na tenda onde o alentejano canta
      https://youtu.be/KxGqiIo_PpM

      Abracinhos

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    2. Rogério, combinadíssimo.

      Não tenho inveja das rosas
      porque dizem lá no Cante
      que sou linda como elas
      Eu hei-de ir à Atalaia
      cantar com os alentejanos,
      falar de coisas nossas, tão belas.

      Obrigada Rogério. :)

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