22 fevereiro, 2023

NÃO, NÃO VENHO FALAR DO MEU CRÂNEO... MAS DA UCRÂNIA ...


No outro dia, falando do meu crânio, deixei implícita a necessidade de ouvir uma terceira opinião e colocava a necessidade de ter igual procedimento se viesse a falar da Ucrânia. Ora cá vai: 

«Acusar todos os que acham que não há uma solução militar para a guerra da Ucrânia e que uma solução de paz negociada deve ser encontrada o mais cedo possível de estar a favor de Putin nunca fez sentido, mas à medida que o tempo passa, a narrativa de que é preciso continuar a guerra até que a Ucrânia alcance uma vitória militar vai ficando cada vez mais insustentável.

Na verdade, à medida que o tempo passa, as peças da narrativa política e mediática imposta à opinião pública pelos Estados Unidos e pelos seus mais fiéis acólitos europeus, baseada na ideia de que a guerra tem de prosseguir até ao último ucraniano, vão caindo como um castelo de cartas.

Desde logo, a partir do momento em que há cerca de um ano atrás a guerra entrou numa nova fase com a ofensiva russa sobre o território ucraniano, era evidente, tendo em conta a desproporção de forças existente, que a solução que melhor serviria os interesses do povo ucraniano seria trabalhar para um cessar fogo imediato e para a abertura de negociações que permitissem uma coexistência pacífica entre a Rússia e a Ucrânia que salvaguardasse a segurança de todos, incluindo do povo do Donbass.»

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17 comentários:

  1. Teresa Palmira Hoffbauer22 de fevereiro de 2023 às 23:13

    Li e concordo absolutamente com tudo.
    Somente gostava que o autor do artigo tomasse nota que o chanceler alemão se chama Olaf Scholz — o chanceler que não queria visitar Kiev nem mandar armas para a Ucrânia, mas foi obrigado a obedecer ao Joe Biden. Os Yankees são os donos da Alemanha 🇩🇪

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  2. No presente, Putin é condenado todos os dias mas, julgo, que o povo Ucraniano um dia condenará Zelensky como o obreiro da situação que conduziu a esta tragédia, como executor de interesses que não são os do povo do qual ele é presidente.

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    1. Conheço ucranianos que já agora dizem que Zelensky é uma marionete do governo americano, atraiçoando assim o seu povo. Infelizmente, o meu chanceler é também uma marionete dos Yankees. A diferença é que o Olaf Scholz é obrigado a isso, enquanto que o Zelensky não quer deixar o seu papel de herói, sempre a meter o nariz em todos os eventos.

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    2. Concordo, L.! E não só Putin é condenado todos os dias como qualquer português que faça uma leitura objectiva e realista do mover das agulhas que vão tecendo a trama desta guerra, será insultado e frequentemente ameaçado de morte pelos irracionalistas mais inflamados. Infelizmente, Portugal tornou-se um grande produtor de inflamados irracionalismos.

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  3. Se não fosse os Estados Unidos a prestar ajuda – mesmo com margens de lucro – que perigos correriam as democracias europeias? Ou mesmo as do mundo inteiro?
    Não consigo compreender esta animosidade contra o presidente ucraniano. Que fariam numa situação semelhante? Que estratégias seguiriam? Por mim, não tenho formação nem conhecimentos para me imaginar presidente de um país sob constante ataque (nem de um país em paz!) e pensar que poderia fazer melhor!!

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    1. Cara Catarina, para compreender o que está a acontecer veja, por exemplo, este documentário.
      https://youtu.be/7RKt94LhReY

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    2. Obrigada pelo link.
      Oliver Stone é considerado pro-Kremlin e simpatizante de outros ditadores. Numa entrevista ouvi ele falar a favor de Putin, como sendo um nacionalista, uma pessoa íntegra e que não critica ninguém. Ah! E quando perguntou a Putin se tinha interferido nas eleições dos Estados Unidos e este lhe disse que não, Oliver Stone mudou de assunto, indicando, talvez, que tinha aceite a sua resposta como verdadeira. : )
      Muitos entendidos no assunto consideram este documentário com falhas/deficiências muito grandes.
      A minha opinião é a mesma. Se os Estados Unidos e outros aliados não ajudarem a Ucrânia, esta perderá a guerra e Putin poderá perfeitamente concretizar o seu suposto plano que é o de alargar o território russo. Os regimes democráticos (essencialmente os europeus) estão em perigo.

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    3. Exactamente, "o seu SUPOSTO plano", Catarina. Ainda não tive oportunidade de visualizar este vídeo, mas desde 2014 que acompanho o desenrolar dos acontecimentos que levaram a Rússia a invadir a Ucrânia.

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    4. Cara Catarina, a guerra não começou em 2014. O documentário explica, são factos, estão lá no filme. O artigo do António Filipe também explica.
      Concluindo, não há bons de um lado e maus do outro, são ambos maus.

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    5. Digo: a guerra não começou em 24 Fevereiro 2022.

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    6. Em 2014 Putin tomou posse da Crimea. Em 2022 invade a Ucrânia. Diz/dizia ele que ucranianos e russos são o povo. A maioria dos ucranianos não concorda. Querem continuar a ser independentes e têm todo o direito de o ser. Tão simples como isso. Putin invadiu um país soberano. A Ucrânia precisa de ajuda e os Estados Unidos proporcionam essa ajuda.
      Concluindo, concordamos em discordar. : )
      Boa noite. : )

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  4. Li o artigo na íntegra, quebrando a promessa que tinha feito ao meu estafado cérebro e claro está que concordo integralmente com tudo o que foi dito/escrito pelo camarada António Filipe.

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    1. Leo, já somos duas!!
      Também estou farta do Yankee que entusiasmado abre os braços à ditadura polaca, esquecendo o que disse sobre a Polónia 🇵🇱 quando vice-presidente.

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  6. Contributo para a total compreensão da guerra e como ela começa
    "O Protocolo de Minsk ou Tratado de Minsk foi um acordo assinado por representantes da Ucrânia, da Rússia, da República Popular de Donetsk (DNR), e da República Popular de Lugansk (LNR) para pôr fim à guerra no leste da Ucrânia, em 5 de setembro de 2014.[1][2][3] O acordo foi assinado depois de prolongadas conversações em Minsk, a capital da Bielorrússia, sob os auspícios da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE). O acordo, que se seguiu a várias tentativas anteriores no sentido de parar os combates em Donbass, no leste da Ucrânia, implementou um cessar-fogo imediato. No entanto, o acordo fracassou no seu objetivo de cessar grande parte dos combates na Ucrânia oriental"

    Pergunta dirigida à Catarina: "quem furou o acordo não cumprindo com o assinado?"

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    1. A Ucrânia é “o mau da fita” neste conflito, Rogério? Putin e paz não se coadunam.

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