Hoje, a fresta é uma gradeada janelaE nada lhe entra ou sai por elaComo é que se sai disto?
Rogério Pereira, Setembro de 2012
Hoje, a fresta é uma gradeada janelaE nada lhe entra ou sai por elaComo é que se sai disto?
Rogério Pereira, Setembro de 2012
NÃO FOI FÁCIL IR À FESTA,NÃO FOI MESMO NADA,MAS... LÁ ESTANDODE LÁ SAÍ COM ALMA RENOVADA
E ESTE DIA IRÁ FICAR NA HISTÓRIA!
Num ano marcado por conflitos prolongados, fenómenos climáticos extremos e pobreza crescente, a UNICEF atuou diariamente no terreno, em mais de 190 países e territórios, para proteger e apoiar milhões de crianças, mesmo nas circunstâncias mais difíceis e nos lugares mais remotos.O Relatório Anual UNICEF 2024 revela que, apesar dos desafios sem precedentes, juntos alcançámos resultados transformadores para a infância.
- Ajuda Humanitária – Estivemos em 448 emergências, em 104 países.
- Água e Saneamento – Garantimos acesso a água potável a mais de 33 milhões de pessoas e a saneamento básico a 18 milhões.
- Nutrição – Tratámos 9,3 milhões de crianças contra a subnutrição aguda grave.
- Imunização – Vacinámos 110 milhões de crianças contra o sarampo e entregámos mais de 1,5 mil milhões de dosescontra a poliomielite.
- Educação – Garantimos que 26 milhões de crianças e adolescentes fora da escola voltassem a aprender, mesmo em contextos de crise.
- Proteção Infantil – Apoiámos e protegemos 6,2 milhões de crianças vítimas de violência.
Há 11 anos atrás era assim e... assim continua a ser! O povo continua a levar e o culpado é sempre o outro.
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Paulo Cunha / Agência Lusa |
Volvidos tantos anos e dada a gravidade do incêndio, seria de esperar que o poder político tivesse aprendido a lição, mas a verdade é que o relatório podia ter sido elaborado hoje. Entendendo que megaincêndios são fogos com área superior a mil hectares, a Comissão Técnica informava que até 2000 tinham ocorrido em média 7 megaincêndios por ano que depois aumentaram para 14 por ano entre 2001 e 2010 e 18 por ano entre 2011 e 2016.
De acordo com o relatório, a gravidade dos incêndios deve-se a condições meteorológicas, acumulação de combustível e ocupação desordenada do território. Neste sentido, segundo o apresentado, a área ardida concentrava-se em florestas de pinheiro-bravo e eucalipto, sendo que em Outubro de 2017, 62% dizia respeito a pinheiro-bravo; 23% a eucalipto; e 8% a mato e restantes culturas agrícolas, sendo que a vulnerabilidade era maior em áreas com elevada continuidade florestal e pouca gestão do terreno.
De forma muito sucinta, no plano da caracterização das fatalidades, o relatório indicava que a maioria das vítimas eram residentes locais, muitas com forte ligação ao território (propriedade rural, agricultura familiar) com predominância de idades avançadas, reflectindo vulnerabilidade física e dificuldade de evacuação. Muitas das fatalidades ocorreram em tentativas de fuga dentro do perímetro habitacional ou em acessos, com algumas mortes a ocorrerem em viaturas durante evacuação não coordenada. Neste campo, o relatório indicava ainda que a proximidade das casas à vegetação e a ausência de faixas de proteção foram factores críticos.
Em oito anos, tanto a composição da área ardida como a caracterização das fatalidades mantêm-se iguais, sendo que o mesmo pode ser dito relativamente às determinantes institucionais que, no caso da Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC), registava uma falta de capacidade para lidar com eventos da escala que estavam a enfrentar, especialmente após a redução do dispositivo sazonal; que os alertas meteorológicos não eram traduzidos em medidas preventivas eficazes, como pré-posicionamento robusto de meios; que existia comunicação insuficiente entre níveis estratégicos, tácticos e operacionais; e que havia excesso de centralização nas decisões, o que dificultou respostas rápidas.
Já sobre o Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF), identificavam-se reduzidos meios humanos e financeiros para implementar e fiscalizar medidas de prevenção; planos de ordenamento florestal pouco executados e alguns suspensos por falta de aplicabilidade; e falta de articulação com outras entidades, resultando em medidas preventivas descoordenadas.
No que diz respeito à Guarda Nacional Republicana (GNR) os problemas eram semelhantes, com recursos humanos insuficientes para patrulhamento eficaz num contexto de milhares de ignições, dificuldade em dissuadir comportamentos de risco em dias de perigo extremo e falta de integração com os sistemas de informação e coordenação da ANPC.
Sobre os Corpos de Bombeiros, o relatório identificava a sua vulnerabilidade dada a sua base do sistema de combate composta maioritariamente por voluntários que não responde às exigências dos incêndios extremos, ausência de formação especializada para lidar com fenómenos como piroconvecção e carência de meios técnicos e logísticos, agravada pelo desmobilizar dos meios aéreos (fase Delta).
Além da análise às instituições, o último capítulo do relatório debruçava-se sobre a relação entre ordenamento do território, o uso do solo e a vulnerabilidade ao fogo, apresentando várias propostas. As zonas mais afectadas pelos incêndios foram as áreas onde edificações confinavam com a vegetação, o que foi apontado como o principal problema: a ausência de faixas de gestão de combustível em redor das habitações, construções dispersas em meio florestal, sem planeamento urbano adaptado ao risco, e falta de normas eficazes para reduzir vulnerabilidade das construções. Assim, foi recomendada a gestão activa do combustível (remoção de matos, limpeza de sub-bosque), a alteração das espécies na interface como a promoção de folhosas caducifólias em detrimento de resinosas e eucaliptos; e o reforço dos programas «Aldeias Seguras» e «Aldeias Resilientes».
Sobre a gestão das áreas sob regime florestal, identificava-se que era necessária aumentar progressivamente o corpo técnico do Estado responsável pela gestão e fiscalização, assim como a necessidade de revalorização do papel estatal na gestão florestal, com mais técnicos, recursos e coordenação com privados.
Partindo do princípio que a paisagem florestal portuguesa se caracteriza pela fragmentação da propriedade, com milhões de parcelas pequenas; pelo predomínio do eucalipto e pinheiro-bravo; e baixa presença de áreas agrícolas activas, que poderiam funcionar como zonas de descontinuidade, a Comissão Técnica Independente recomendou o planeamento de mosaicos agroflorestais para criar descontinuidades ao fogo, incentivos à gestão agregada e cooperativa de pequenos proprietários e a criação de infraestruturas verdes de protecção (corredores de folhosas, faixas agrícolas).
Para terminar, o relatório contempla ainda uma análise aos fundos públicos como o Fundo Florestal Permanente, PDR2020 e PO SEUR, saindo a conclusão que existe uma lenta e baixa absorção de fundos destinados à prevenção estrutural, uma distribuição desigual entre regiões. A Comissão Técnica sugeria a simplificação do acesso aos apoios e orientação preferencial para medidas que reduzissem risco estrutural.
Pereira.Pobre Pintor PortuguêsPintava Portas Pretas,Por Pouco Preço.Pimba, Pimba, Porta Pintada!
A investigação quase dava em nada, quando encontrei este artigo, no "Observador" e dele extraio esta passagem
"No fim de contas, dos 1.495 quilómetros quadrados de área debaixo de olho do Governo, só até 3% poderão vir a ser explorados.E é assim porque “há áreas que não são possíveis de fazer trabalhos mais técnicos”, disse um perito (...): “Os geólogos só olham para as cartas geológicas, não olham para o uso do solo, ou seja, não têm em consideração se tem casas ou campos agrícolas, etc., o que significa que esse trabalho de prospeção tem de ter em conta outros critérios, nomeadamente algumas condicionantes, seja de área protegidas, seja o que for que vai apertando a área”.
Ou seja, tudo passa a ser possível se as tais condicionantes arderem...
Passando por uma montra, vi esse mosaico e logo no dia em que a levei ao "pica-no-dedo" (análises). Tirando o que está mal, está tudo bem. (embora as queixas e medos tenham crescido...)
Abre os olhos e vê.Sê vigilante
A reacção não passará diante
do teu punho fechado contra o medo
[...]
pois quando o povo acorda é sempre cedo
Cabe agora acrescentar que a coerência, a verdadeira, exige e determina que actos que repetem sejam repetidos respeitando os mesmos princípios e os mesmos elementos. Está confuso? Talvez um exemplo ajude:
Forças políticas fecham acordo em Lisboa: PS, BE, Livre e PAN avançam em coligação para defrontar PSD;
Forças políticas fecham acordo em Loures: BE, Livre e PAN avançam em coligação para defrontar o PS.Aceito o contraditório!
«Antes de prosseguir qualquer argumentação, que me espanta ser ainda necessária, recomendo vivamente (...) a leitura do livro “Jovens e Educação Sexual. Contextos, Saberes e Práticas”. (...) Talvez a leitura deste estudo (...) tivesse sido importante para a tomada de decisão, antes de se vociferar chavões sobre “amarras ideológicas” e de se retirar, de forma quase total, a referência à sexualidade da educação formal dos jovens. (...) A educação sexual tem provas dadas no combate à violência no namoro, à gravidez na adolescência, à prevenção de doenças sexualmente transmissíveis, à homofobia. A violência doméstica continua a fazer vítimas mortais, é normalizada nas famílias e é na escola que se podem quebrar os ciclos de normalização destes comportamentos.
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Vá lá, toca a comprar o livro e veja se está de acordo comigo! |
E depois conta muito onde tenho estado ao longo dos tempos, para fazer o que foi feito:
· Junto da minha comunidade
o No meu bairro, há mais de 50 anos
o No meu bairro, para que a memória não se perca
o No meu bairro, 50 anos depois
o No "Alto da Barra" lançando um livro, perante uma sala cheia
o Na paróquia, não há muito
· Junto de crianças e professores
o Com outro livro, que me fez percorrer 12 escolas
o Com uma peça de teatro que ainda vai ter caminho a percorrer
· Junto de jovens adultos e professores
o Num Dia da Poesia (dos tantos celebrados)
o Dando uma lição que não chegou ao fim
· Junto a movimentos em luta
o Organizando o Movimento Fundição de Oeiras
o Trazendo para aqui a dinâmica de outros movimentos
· Junto dos Micro, Pequenos e Médios Empresários
o Em ações de rua (onde a luta continua)
o Na Assembleia da República (onde também se luta)
Devo parar, depois de ter andado por tudo o que é lado?
"O Nobel da Literatura José Saramago defendeu hoje a necessidade de rectificar com urgência a situação dos "excluídos" na Europa, dando-lhes condições de vida dignas, para evitar, de futuro, novos confrontos como os de Paris.Saramago falava em Lisboa, no Teatro Nacional São Carlos, durante o lançamento de "As Intermitências da Morte", o seu novo romance.O Prémio Nobel da Literatura de 1998 mostrou-se preocupado com a forma como o fenómeno da imigração ilegal está a ser gerido na Europa e lamentou que muitos imigrantes não possam "viver uma vida que valha a pena".Para José Saramago, os protestos do Maio de 68 em Paris acabarão por parecer insignificantes face à gravidade que podem vir a atingir as manifestações dos que se sentem excluídos, dos que vivem à margem, sobretudo "nas periferias das grandes cidades".Perante as cerca de 800 pessoas que se deslocaram ao São Carlos, o escritor revelou também a sua apreensão com o rumo de Portugal, dizendo não ter a certeza se o país - que vive um período de "cinzas" - continuará a existir dentro de meio século."
E porque saí de lá rejuvenescido? Olhem só tanta juventude e tanto sorriso!...
Quem são? Se querem saber, ora espreitem...
Se também sou candidato? Falarei disso, um dia destes! Pode ser?