Hoje, com todo o dramatismo, falou-se da Grécia. Houve, há pouco, quem dissesse que a saída do Euro nunca deveria ser um acto único mas um processo. Há que ligar o hoje ouvido a outras coisas ditas. E até ditas por poetas, com as palavras justas contra gestos desajustados... Oiçamos!
RESGATEEntre nós e o futuro há arame farpadolevaram o que se via além de nósnão resta mais que a ponta do narizcomo esperar agora o inesperado?Somos do Sul e o saldo somos nóscontra o bezerro de oiro o teu quadradoo poema tem que ser o teu país.Entre nós e amanhã há uma taxa de jurouma empresa de rating Bruxelas Berlimentre hoje e o futuro há outra vez um muroresgate é a palavra que nos diztens de explodir o não dentro do simnão te feches em torres de marfimo poema tem de ser o teu país.Toutinegras virão cantar contigoe os melros que se escondem entre vogaise o morse aflito e rouco da perdiznas sílabas que avisam do perigoe as lanças das consoantes e os sinaispor dentro das palavras que maisdo que palavras são o teu país.Oiço dizer Europa mas Europaé uma nau a chegar ao nunca vistoFlor de la Mar: e o Mundo em tua boca.Navegação: madre das cousas. Istoé Europa. País no mar. E vento à popa.Não este não arrisco logo existode cócoras à espera de uma sopa.Um cheiro de jasmim a brisa nos salgueirosentre nós e o futuro um silêncio nos diz.O saldo somos nós: trinta dinheiros.Pátria minha quem foi que te não quis?Entre nós e o futuro a terra e a raize a Flor de la Mar e os velhos marinheirose o poema onde respira o teu país."
Alegre, sempre com as palavras certas, ainda que escritas há algum tempo!
ResponderEliminarBeijos, Rogério.
ResponderEliminarGrande lição...
O problema é que esta mensagem não chega ao Povo
porque os obstáculos à sua difusão duma forma acessível são imensos.
Temos que voltar aos comícios e sessões de esclarecimento popular.
Maria Eu
ResponderEliminarO poema de Manuel Alegre é recente... O "Bairro ocidental" foi lançado em Maio passado...
"Bairro Ocidental" de Manuel Alegre estava esgotado quando estive no Porto em Maio/Junho, mas uma familiar portuguesa, entretanto já no comprou.
ResponderEliminarO senhor Alegre dá uma no cravo e três na ferraduyra, não lhe confio o meu cavalo.
ResponderEliminarAlegre mente
ResponderEliminarpressentem, os poetas...
ResponderEliminarA voz de um poeta nunca se cala perante as injustiças.
ResponderEliminarBeijinho e bom fim de semana amigo Rogério.
Fê