Um quadro não é uma quadra. Mas lembra dezenas, em dezenas de comentários e em quase três milhares de espreitadelas, no top do ranking das visualizações. Ao post do top dei por nome «Santo António, à desgarrada: Leve um meu manjerico. Eu, com as quadras fico» e foram tantas as quadras trocadas, ficando-me (ainda) o odor popular dos versos delas. E foi assim os anos seguintes, um após outro, e outro.
Mas este ano foi diferente. Não coloquei no beiral qualquer vaso. Não quero correr o risco de ficar com um manjerico nem ter a decepção de não ter qualquer quadra. Talvez o tempo justifique a ausência de desgarradas e quadras. Talvez a data deva ser apenas lembrada pelo que vale a pena lembrar dela: O nascimento de Fernando Pessoa; as mortes de Vasco Gonçalves, de Álvaro Cunhal, de Eugénio de Andrade. Coincidências que nos marcam, no dia de Santo António, dado a folguedos.
_____________________________Era assim a minha janela, tal como eu a tinha quando me separei dela... se quiser deixar uma quadra, agradeço, mas não leva nada. Não por raiva ou desespero... sei lá, "eu hoje não me recomendo"!
Bom dia
ResponderEliminarEspero que tenhas recuperado a boa disposição.
Datas que nos enchem de gratas recordações.
Outras vezes apenas nos trazem desenganos.
Noticias tristes e muitas, muitas emoções
Políticos podres repetem-se todos os anos.
Não sei porquê, e que o Santo me perdoe, nunca fui muito ligada a Santo António.
ResponderEliminarPenso que só fui um ano a Lisboa pelo Santo António em 1976, e não fui ver as marchas, fui antes dar uma volta por alguns bairros. Meu Santo de eleição sempre foi o S. João, talvez pelas minhas raízes nortenhas, talvez por influência de meu pai que sempre construía no S. João um enorme balão de ar quente, que lançava na Seca onde vivíamos, ou talvez porque era no S. João que se faziam lá as fogueiras.
Não sei.
O nascimento de Fernando Pessoa é algo bom para festejar. As mortes são apenas físicas. Homens como os citados nunca morrem. A história sempre os lembrará.
Um abraço e anime-se.
Sobre os "trezes" já passados
ResponderEliminarNada tenho a dizer
Dos que ainda não chegaram
É que preciso saber
Há trezes que são vazios
Sem vasinhos às janelas
O santo não faz milagres
Se ausente o verde delas
Não levo um manjerico
Porque o santo está doente
Falta o Álvaro, o Eugénio
Falta tanto a toda a gente
No dia de Santo António
Pode não se recomendar
Mas nos outros que o ano tem
Não há tempo a esbanjar.
Um beijo
Se em vez de casamenteiro
ResponderEliminarSanto António descasasse
Separando Pedro e Paulo
Assim sim, teria classe!!
Beijico
e cá levo o manjerico...
Gosto dos santos populares à mesa das sardinhas
ResponderEliminarAbraço
Mesmo sem eu levar nada
ResponderEliminarVou lhe escrever uma quadra
A "Conversa Avinagrada"
merece ser celebrada.
Um beijinho e boa semana
Fê