Porque um povo é a memória que da sua História guarda e porque é a sua cultura, foi bela e digna a abertura dos jogos.
Revendo hoje, não estranho a omissão da nossa televisão a Chico Buarque de Holanda, cuja música ia acompanhando poderosas imagens com dezenas de figurantes trepando "A Construção".
Logo, ou um pouco depois, o também omitido Drummond de Andrade era declamado, num belo e significativo poema-premonição:
(...)
Uma flor nasceu na rua!
Passem de longe, bondes, ônibus, rio de aço do tráfego.
Uma flor ainda desbotada
ilude a polícia, rompe o asfalto.
Façam completo silêncio, paralisem os negócios,
garanto que uma flor nasceu.
Sua cor não se percebe.
Suas pétalas não se abrem.
Seu nome não está nos livros.
É feia. Mas é realmente uma flor.
Lula da Silva (e o povo) deve estar orgulhoso. Os jogos serão uma sucessão de interregnos para coisas belas. E a luta continua para que o poema se cumpra.Sento-me no chão da capital do país às cinco horas da tarde
e lentamente passo a mão nessa forma insegura.
Do lado das montanhas, nuvens maciças avolumam-se.
Pequenos pontos brancos movem-se no mar, galinhas em pânico.
É feia. Mas é uma flor. Furou o asfalto, o tédio, o nojo e o ódio.
Felizmente ainda há flores a romperem o asfalto e sempre foram essas as minhas preferidas. Feias, ou não, são, para mim, muito mais belas do que as mais requintadas orquídeas...
ResponderEliminarAbraço!
Maria João
São belos
Eliminaros nossos cravos vermelhos
Belas as nossas flores
ResponderEliminarAbraço amigo
Cravos de Abril
Eliminar~~~
ResponderEliminarDesejo que tudo corra bem...
Boa semana.
Bj ~~~~
Desejo partilhado!
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