Ora leiam:
"A pobreza energética é um verdadeiro flagelo em Portugal. As casas climatizadas são uma grande minoria no país e poucas são as pessoas que não têm de usar casacos, gorros e mantas dentro de casa. No inverno, o frio é de gelar os ossos e, no verão, o calor tórrido torna-se sufocante. Calcula-se que haja entre 660 a 680 mil pessoas em situação de pobreza energética, mas o número pode ser bem maior: dois milhões.
“Se transformarmos os números em experiências vividas, a situação é bem mais dramática”, disse João Pedro Gouveia, investigador na Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa. “Há pessoas com problemas e dificuldades em gastar dinheiro para aquecer o quarto onde dormem os filhos pequenos”, denunciou o investigador em entrevista à Ana Patrícia Silva.
A cultura de desvalorização, a ineficácia das medidas governamentais e a débil comunicação sobre elas são os principais factores que contribuem para que esta situação continue de ano para ano. Os países do Sul da Europa, como Portugal, têm taxas de excesso de mortalidade no inverno consideravelmente superiores a países nórdicos como a Finlândia e a Suécia.
Costuma fazer muito frio em Santa Comba Dão, mas não é por isso que falamos da cidade esta semana. A autarquia decidiu avançar com o Centro Interpretativo e Museu do Estado Novo, apesar da condenação da iniciativa pela Assembleia da República. Porquê um museu sobre o Estado Novo na terra onde Salazar nasceu? A Câmara diz que é para salientar “as virtudes da democracia”, mas Luís Monteiro discorda: é uma homenagem encapotada ao líder de uma ditadura fascista. “O país de Abril tem orgulho dos seus resistentes ao Fascismo”, e é a eles que deve prestar homenagem.
Uma das pessoas que se lembra bem dos tempos do “antigamente é que era bom”, como os defensores de Salazar gostam de dizer, é o historiador Rui Bebiano. Em 1973 protestou contra a guerra colonial, foi preso e interrogado pela PIDE/DGS e incorporado à força nas Forças Armadas. Desertou depois do 25 de Abril de 1974, mas regressou às fileiras para ir para Angola ver a descolonização acontecer em primeira mão. Viveu de perto o início da guerra civil angolana e neste ensaio conta a sua experiência com um olhar tanto de historiador como de testemunha.
Por fim, temos a crónica de Diogo Faro, na qual critica quem relativiza a violência policial contra jornalistas e manifestantes nas ruas de Paris, e a crónica de Vicente Ferreira pelos Ladrões de Bicicletas. O economista realça que o Banco Central Europeu e o Fundo Monetário Internacional concordam que a inflação não se deve aos aumentos salariais, mas às cada vez maiores margens de lucro das empresas. Como podem reagir os trabalhadores?"
Boas leituras e bom fim de semana,
Pensei que fossem sobre assuntos sérios que nos colocam num estado espiritual e emocional equilibrado, bem disposto...
ResponderEliminarTalvez leia mais tarde.
Por aqui
Eliminare por mim
não consigo prosa
que te deixe assim
bem disposta
E… quase de madrugada... exagero!… aqui estou a ler uma boa leitura!
ResponderEliminarAtendendo à hora tardia, amanhã lerei as outras crónicas.
Boa noite/Bom dia!
Boas leituras!
EliminarBom fim-de-semana!
Aqui me tens como exemplo de uma dessas cerca de 680000 mil pessoas que estão em situação de pobreza energética, embora sem filhos pequenos, que as minhas filhas já estão a ficar entradotas e vivem nas suas próprias casas.
ResponderEliminarSério, mas muito pouco saudável, é viver-se a tremer de frio no Inverno e a suar por todos os poros, no Verão, embora eu prefira suar a tremer de frio. É que o calor é vasodilatador e, no Verão, a minha TA anda sempre nos eixos, além de que sei manter-me bem hidratada.
Reli o Setenta e Quatro um pouco em diagonal bem como os outros artigos que já tinha lido. Obrigada por nos trazeres leituras que tocam a vida pessoal e as dificuldades de tantos de nós, Rogério.
Forte abraço!
Este meu espaço, traz toda a escrita
Eliminarque traz implicita
a mensagem do meu lema de ser
um desafio ao acto de cidadania
um constante (e militante) apelo à resistência...
Bom de fim-de-semana
As leituras podem ser como o óleo de fígado de bacalhau. Difíceis de tomar mas fazem bem.
ResponderEliminarObrigada pelas sugestões e bom fim-de-semana!
Lídia
Óleo de fígado de bacalhau? Excelente imagem! É mesmo isso!
Eliminare obrigado
pelo oportuno comentário!
Beijo
Eu tinha que tapar o nariz!
ResponderEliminarAbraço
Quem não tapa?
EliminarAbraço
Obrigado pela indicação, lá irei.
ResponderEliminarVai
Eliminare assina
Bom fim-de-semana com ou sem despertador na hora em vigor 🌻
ResponderEliminarComo sempre
Eliminardespassarado
pus o despertador
este sábado
claro que passei a manhã
ensonado
E eu falhei a toma de um dos antibióticos, às duas da madrugada :(
EliminarÉ preciso estarmos atentos e conscientes da realidade. Só assim podemos ajudar na luta por dias melhores.
ResponderEliminarBeijinhos, Rogério.
A realidade neste país é bem pior do que aquilo que os comentadores dizem. Sabemos isso. Como disse a Sophia: vemos, ouvimos e lemos, não podemos ignorar.
ResponderEliminarTudo de bom, meu Amigo Rogério.
Um beijo.
A realidade nem sempre é o que se lê, nem aquilo que nos querem fazer acreditar.
ResponderEliminarHá notícias que nem notícias são, mas s´e simplesmente especulações.
Ler, vamos, para não nos mantermos em santa ignorância, mas preciso, separar o trigo do joio.
Boa semana com saúde e paz.
:)